Sorteios 11ª Expo
 

O desafio da gestão de resíduos no Brasil

Com a operação dos lixões longe do fim, empresas buscam alternativas para diminuir a quantidade de resíduos enviada aos aterros sanitários

No Brasil, o Marco Legal do Saneamento Básico (Lei n° 14.026/2020) que também trata sobre a gestão de resíduos sólidos, adiou o prazo do fim dos lixões a céu aberto para este ano, em cidades com mais de 100 mil habitantes, e para 2024, no caso de cidades com menos de 50 mil habitantes.

Acontece que o problema está longe de ter um fim, pois quase seis mil municípios brasileiros depositam o seu lixo de forma inadequada, em aproximadamente três mil lixões que ainda estão em operação e continuam poluindo o ar, as águas, o solo, e atraindo vetores que espalham doenças.

Inclusive os dados do panorama anual elaborado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) não são muito animadores. O relatório informa que o ritmo de fechamento dos lixões de 2018 até 2020 foi tão lento que a meta de eliminação desses espaços levaria 40 anos, e que o objetivo só seria alcançado em 2063.

Ainda assim, algumas alternativas são levantadas, como o Projeto de Lei (PL) 924/2022, que institui o Programa Nacional de Recuperação Energética de Resíduos (PNRE), propondo medidas para estimular os municípios brasileiros a licitarem usinas que utilizam o lixo urbano para gerar energia elétrica. Esse assunto, você pode acompanhar aqui mesmo no portal InfraFM, no conteúdo Projeto de Lei propõe a criação de programa nacional para geração de energia a partir do lixo.

Empresas privadas também buscam alternativas para a gestão e o tratamento dos resíduos, visando estabelecer um relacionamento sustentável com o meio ambiente. Acompanhe a seguir o case de sucesso do Grupo BIG.

Grupo BIG expande projeto de gestão de resíduos orgânicos

Como forma de incentivar os consumidores a reciclar o lixo, o grupo BIG, dono das lojas BIG, Sam's Club e Maxxi Atacado, em parceria com a empresa de tecnologia BioconverterT, instalou em 28 unidades da rede, equipamentos que transformam os restos de orgânicos em um líquido rico em nutrientes.

Projeto-piloto que teve início em agosto do ano passado no BIG Osasco, em São Paulo, possibilitou que a unidade deixasse de enviar em um período de 6 meses, 56 mil toneladas de lixo orgânico ao aterro sanitário, reduzindo a emissão de 50 toneladas de gás carbônico na atmosfera; o que equivale ao plantio de mais de 830 árvores.

"O tratamento e a destinação correta dos resíduos gerados é fundamental para a preservação do meio ambiente e para solucionar um dos maiores problemas ambientais da atualidade: a quantidade de lixo gerado que é enviada aos aterros sanitários", afirma Maíra Rossi, diretora de imobiliária e sustentabilidade do Grupo BIG. "Com a solução, vamos reduzir consideravelmente a quantidade matéria orgânica que era destinada aos aterros sanitários, diminuindo também o número de viagens e, consequentemente, a nossa pegada de carbono", completa.

Em fase de expansão, o projeto vai contemplar lojas de todo o país, além de um centro de distribuição localizado em Pernambuco. Com a iniciativa, a empresa chega à marca de 55 unidades de negócio integradas ao projeto, com a máquina já instalada em lojas da Bahia (11) e São Paulo (17), incluindo cidades como Campinas, Ribeirão Preto, Sorocaba, Jacareí, entre outras.

Foto: Divulgação

Envie os nossos conteúdos por e-mail. Utilize o formulário abaixo e compartilhe os link deste conteúdo com outros profissionais. Aproveite e escreve uma mensagem bacana.

Faça uma busca


Visitas Técnicas esgotando

Mais lidas da semana

Operações

Do auxiliar de limpeza ao presidente: segurança é responsabilidade de todos

Para especialista, prevenção de incêndios é urgente e negligência pode ser explicada através dos três pilares da manutenção.

Outside Work

Livro para expandir horizontes do conhecimento e da imaginação em FM

E os malefícios da dedicação às redes sociais para a saúde

UrbanFM

O que mudou na gestão do Parque Ibirapuera?

Camila Praim, coordenadora de operações, fala sobre experiência na gestão do parque durante processo de concessão e de desterceirização.

Workplace

Qual o futuro dos escritórios?

Pesquisa indica pontos que serão tendência ao longo de 2024.

Sugestões da Redação

Revista InfraFM

Da engenharia à gestão sustentável

Acompanhe nossa conversa com Irimar Palombo sobre inovação, desafios em sua carreira, que tem contribuído para a transformação dos espaços e construção do futuro no escopo do Facility Management.

Revista InfraFM

Gestão de Facilities em ambientes remotos e industriais

Uma visão abrangente sobre experiências, segurança e sustentabilidade nas operações de grandes empresas.

Revista InfraFM

O escritório como espaço acústico para atender ao modelo híbrido de trabalho.

Artigo da Arqta. Dra. Claudia Andrade e do Eng. Acústico Bruno Amabile.

Revista InfraFM

Gestão de Facilities e a ciência por trás dos data centers

A ciência por trás dos data centers, artigo de Henrique Bissochi e Edmar Cioletti, ambos da Tools Digital Services, uma empresa do Grupo Santander.

 
Dúvidas sobre os EVENTOS?
Fale com a nossa equipe pelo WhatsAPP