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O que mudou na gestão do Parque Ibirapuera?

Camila Praim, coordenadora de operações, fala sobre experiência na gestão do parque durante processo de concessão e de desterceirização.

Por Natalia Gonçalves

O que mudou na gestão do Parque Ibirapuera? - Camila Praim

Com mais de 10 anos de experiência na administração de parques, Camila Praim assumiu a supervisão do Parque Ibirapuera durante a mudança de gestão. Na época, começo de 2020, a crise econômica pós-pandemia e a resistência da sociedade à mudança eram vistas como pontos de atenção para nova administração.

Antes pertencente à prefeitura de São Paulo, a administração do Parque Ibirapuera foi concedida à Urbia Parques em dezembro de 2019, que assumiu definitivamente em outubro de 2020. Assim, envolvida com a transição de gestão, Camila decidiu publicar uma análise sobre o novo modelo. No ano passado, o resultado do estudo foi reconhecido pelo 18º Prêmio ABRAFAC Melhores do Ano.

Durante a pesquisa, Praim realizou entrevistas com gestores do contrato de concessão, do poder concedente e do conselho gestor. Através da análise SWOT, ferramenta utilizada para reconhecer as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças do objeto de estudo, identificou a preocupação dos entrevistados com questões culturais, educacionais, históricas e socioambientais em relação ao futuro do parque.

“Mesmo com todas as obrigações contratuais e atividades desenvolvidas, algumas pessoas tinham dúvidas sobre como seriam desenvolvidas essas atividades e qual seria a interação com os temas abordados. Acredito que as questões foram sendo superadas conforme as atividades foram sendo desenvolvidas, aumentando a participação da população”, afirma Praim.

Desta forma, a resistência à nova gestão, identificada como ameaça no artigo, era algo esperado pela gestora: “por ser um processo novo, a concessão gerou dúvidas e ansiedade. Normalmente, as pessoas têm muita dificuldade em lidar com mudanças, principalmente quando se trata de um lugar com vínculos afetivos”.

Atualmente, o maior desafio da gestão está relacionado às características do Parque Ibirapuera, e não com a concessão de administração. “Como um parque metropolitano, ele recebe gente do mundo todo. Se você vai em parque de bairro, normalmente costuma ver as mesmas pessoas, porque elas moram no entorno, então as demandas e tratativas são mais simples, por assim dizer. O Ibirapuera não é assim”, destaca Praim.

Apenas no primeiro semestre de 2023, por exemplo, o Parque Ibirapuera recebeu mais de sete milhões de visitantes. Devido a extensão do parque e o número de visitações, a comunicação visual é sempre um ponto de atenção da administração, para garantir um bom passeio e fácil localização das atrações.

No final do ano passado, Praim assumiu a coordenação da operação e, no mesmo período, o parque iniciou o processo de desterceirização dos serviços. Para a gestora, apesar de um desafio, a mudança traz como benefícios:

- Aumento da qualidade de entrega;
- Maior controle dos processos;
- Treinamento contínuo;
- Direcionamento das equipes dentro da cultura da empresa.

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