3º Fórum InfraFM Indústrias
 

Construtechs levam inovação e tecnologia a obras

Startups foram selecionadas pelo Okara Hub, centro com foco em engenharia, desenvolvimento imobiliário, construção civil e cidades inteligentes

Notícia publicada em 17 de janeiro de 2019

O setor da construção civil é um dos mais representativos na economia mundial, mas ainda apresenta muitos gargalos em termos de produtividade. Para se ter uma ideia, segundo o relatório do McKinsey Global Institute - Reinventing construction: A route to higher productivity, esse mercado tem oportunidade para aumentar em US$ 1,6 trilhão o seu valor agregado. A Engeform, empresa de engenharia, desenvolvimento imobiliário e energia renovável que há 42 anos vem construindo um legado no Brasil, enxerga esse potencial de crescimento e inovação e, por isso, foi a principal idealizadora do Okara Hub, um espaço colaborativo fora da organização, com foco em geração de novos negócios e fomento do mercado.

A empresa acredita que não é a tecnologia, propriamente, que traz a inovação, mas as pessoas que estão por trás dela. E a proposta de se criar um hub vai ao encontro desta ideia, pois ele é um modelo de negócio disruptivo, que permite a troca de experiências e informações, está na fronteira do conhecimento, quebra paradigmas, contribui com a mudança de cultura e transforma o olhar para a inovação a médio e longo prazo.

O investimento no OKARA Hub foi concretizado em parceria com outras quatro empresas: Athié Wohnrath, Grupo GPS, MPD Construtora e Incorporadora e Temon. Ele está sediado no Coworking São Paulo, um espaço de coworking da Engeform Desenvolvimento Imobiliário, no edifício Torre Sul (São Paulo), também construído pela Engeform Engenharia, e nasceu para fomentar a inovação na engenharia, construção civil, cidades inteligentes e mercado imobiliário, por meio da tração de construtechs. Na primeira fase de captação, mais de 102 startups se inscreveram e, ao final, 13 foram selecionadas.

Utilizando os conceitos de Equity Free e Open Innovation, essas empresas ganharam um espaço para se estabelecerem, participam de atividades - mentorias, palestras e workshops -, além da possibilidade de realizar projetos pilotos com as mantenedoras do hub. A depender do sucesso dessa etapa, elas terão oportunidade de escalar sua atuação dentro de cada organização e firmar um contrato mais longo ou mesmo parcerias com as empresas envolvidas no Okara Hub. 

"O investimento em inovação é requisito para qualquer organização que queira continuar crescendo de forma sustentável. A parceria com outras empresas do setor para a seleção de construtechs com potencial para contribuir com os nossos negócios foi fundamental. Hoje, já estamos colhendo os primeiros frutos dessa iniciativa. Com algumas startups selecionadas, começamos a trabalhar, por exemplo, em soluções para melhorar a gestão dos empreendimentos, além de automatizar o controle dos canteiros de obras e de metas de produtividade", destaca André Abucham, diretor-superintendente da Engeform. "Com isso, caminhamos para atuarmos cada vez mais com processos inteligentes, que reduzem o desperdício, aumentam a produtividade e agregam valor à marca", completa o superintendente.

A Engeform já está implantando projetos-piloto de 11 startups, por um período de quatro meses. Veja abaixo os exemplos dos trabalhos em desenvolvimento pela Connect Data, Controller e Construcode.

A Connect Data, fundada por Gabriel Pires, atua justamente na proposta de automação dos canteiros de obras. Com o objetivo de reduzir em 10% os custos gerais de perda de materiais e consumo desnecessário, o projeto, que utiliza o conceito tecnológico de "plug and play" ("ligar e usar"), contempla a inclusão de sensores - uma espécie de placa resistente de plástico similar a um código de barras -  em pontos estratégicos da obra e em materiais.  

A solução proporciona aos empreendimentos o recebimento periódico de dados analíticos sobre todos os materiais que entram e saem da obra, além da movimentação dos colaboradores.

Já a Controller, criada por Felipe Canuso, desenvolveu um aplicativo que facilita o gerenciamento do dia a dia do empreendimento. Nele, o gestor pode incluir todos os dados relacionados à produção, mão de obra, equipamentos utilizados, horários dos turnos, clima e qualquer outra observação sobre as tarefas diárias. Com isso, é possível ter a visão exata de quantos profissionais, materiais e outros recursos serão necessários para a realização de cada uma das tarefas da construção. A plataforma permite ainda o envio de fotos e gera, automaticamente, o RDO - Relatório Diário de Obra, o que acarreta em economia de tempo e ganho de produtividade.   

Construcode, por sua vez, fundada por Diego Mendes, atua na oferta de soluções para melhorar o controle da obra e das metas de produtividade. Nesta frente, ela criou um aplicativo para a inclusão e atualização dos projetos da empresa.

Para a construção de uma parede, por exemplo, são necessários vários projetos, como os de hidráulica, elétrica, arquitetura, acabamento, paginação, entre outros, que mudam constantemente de acordo com os cálculos dos projetistas. Nesse processo, um eventual atraso de informação pode ocasionar um erro na construção e, portanto, exigir que a obra seja refeita, gerando muitos prejuízos.

Com o aplicativo, que traz análises de dados e sistematização do canteiro de obra, é possível reduzir a duplicidade e a desatualização dos projetos. A plataforma mapeia a planta do empreendimento por meio de etiquetas de atalho, uma tecnologia similar ao QR Code, que podem ser impressas e plastificadas. Com esse recurso, os gestores têm visibilidade de áreas críticas, conseguem antecipar medidas para evitar erros e podem utilizar todas as informações para análises estratégicas ao longo de toda a construção.

As startups do 1º batch são: Contraktor, Wistor, VOCA, Play2Sell, Levitar Drones, Intuitive, Ekonowater, Gero Obras, dLieve e Cote Aqui. 

Para o 2º batch, que começaram o programa agora no dia 16 de janeiro, estão: Cloudstock, iTeleport, Web Project, Safeverse, Aterra, Keep Clear, GescorpGo e Mora.

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