Por Mateus Murozaki

Empresas que oferecem soluções de limpeza voltadas para a venda de utensílios acabam caindo em um questionamento importante: o quão resistente deve ser seu material?

A resposta pode parecer óbvia, afinal, quanto mais resistente melhor, correto? Porém, nesse caso deve-se olhar por uma outra ótica. Saindo do âmbito de limpeza, vamos pensar em um caso que ocorreu na metade desse ano: o da Instant Brands Inc., empresa canadense com foco na produção de utensílios de cozinha.

O maior produto da empresa foi, de longe, o Instant Pot, um eletrodoméstico que consegue preparar comidas automaticamente de diversas maneiras e que foi um grande sucesso durante a pandemia. Em junho desse ano, porém, a Instant Brands decretou falência após diversos trimestres com vendas cada vez mais baixas.

Enquanto diversos fatores contribuem para esse declínio, muitos analistas de mercado apontam para uma ironia cruel: o Instant Pot era tão bom que era praticamente uma compra única. Até hoje se vê legiões de fãs do produto compartilhando suas receitas e espalhando amor pelo utensílio e, para essas pessoas, a falência da Instant Brand não representa uma grande perda, visto que seu produto é tão bom que ainda deve durar algum tempo.

Pois essa é a questão: enquanto produtos frágeis prejudicam a imagem da empresa e podem acabar com um negócio devido à má fama, produtos duradouros podem causar prejuízo a longo prazo devido à menores taxas de trocas e falha em converter o consumidor aos outros produtos que a empresa oferece. O caso do Instant Pot é ainda mais agravante pois, de certa forma, o eletrodoméstico ia contra outros produtos da Instant Brands, como sua seleção de cooktops considerada uma falha.

Recentemente, a TTS do Brasil realizou a manutenção de 20 carrinhos de uma empresa não-especificada. Alguns deles foram adquiridos há 13 anos. Essa é uma das soluções que a fabricante de equipamentos de limpeza encontrou para essa situação: oferecer manutenção completa e pronta para seus clientes de todos os seus materiais.

“O grande diferencial da TTS está muito ligado à qualidade dos nossos equipamentos, que são extremamente duráveis, e às possibilidades de fazer manutenção... Nós temos 100% de peças de manutenção! comenta Tatiane Honeize, consultora comercial da TTS.

Essa abordagem vai de encontro ao objetivo da empresa, que é fazer com que seus parceiros compreendam a importância da limpeza sustentável, sem gastar ou trocar equipamentos sem necessidade. Honeize salienta que os utensílios devem ser “economicamente viáveis, socialmente justos e ambientalmente corretos”.

De acordo com a profissional, um dos objetivos da empresa é diferenciar o conceito de “higiene” do conceito de “lavagem” para acabar com o consumo desnecessário de água. Honeize aponta que otimizar o uso da água não é apenas uma questão ambiental, mas também afeta a eficiência, visto que, quando se usa água em uma limpeza não necessária, a produtividade da operação de limpeza cai.

“Eu acho que o profissional de limpeza, no Brasil é desvalorizado”, diz a consultora comercial. O trabalho desses profissionais é essencial em todo e qualquer local, porém não é devidamente valorizado e  a TTS tenta driblar isso fazendo capacitação de seus profissionais, assim como apontamentos para os clientes explicando, com dados, o quão benéfico é apostar no bem-estar desses colaboradores.