Ana Paula Cassago
 

Ambiente político é o fator mais prejudicial à economia

Ambiente político é o fator mais prejudicial à economia pelo IBGC.

Ambiente político é o fator mais prejudicial à economia

Foto: Canva.com/ atlasstudio

 

A primeira edição da pesquisa Perspectiva dos administradores - economia, ambiente de negócios e governança, realizada pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), de abril, revela que, na visão dos administradores consultados, o fator prejudicial ao desempenho empresarial e econômico no Brasil é o contexto político, apontado por 72,6% dos respondentes. Seguem-se: tributação (60,6%), corrupção (45,2%), qualificação da mão de obra (25,9%) e infraestrutura (25,6%).

 A amostra do levantamento foi composta por 383 executivos, dos quais 191 (49,9%) são diretores C-level, 122 (31,8%), conselheiros de administração, 52 (13,6%), conselheiros consultivos e 18 (4,7%), conselheiros fiscais.

Dentre os respondentes, 33,7% têm avaliação “neutra” da conjuntura econômica atual do Brasil, enquanto 32,4% a entendem como “boa” e 27,9% a classificam como “ruim”. Para as empresas de menor porte da amostra (faturamento bruto anual de até R$ 20 milhões), a predominância é da avaliação “ruim” (43%). No horizonte dos próximos 12 meses, a perspectiva é “boa” para 38,9% e “neutra” para 29,8%. Entretanto, 25,3% acreditam que o desempenho da economia brasileira será “ruim”. Os administradores das empresas de menor porte são os menos otimistas: 36,7% pensam que será “ruim” e 5,1%, “muito ruim”.

A maioria dos respondentes (52,7%) têm uma perspectiva positiva quanto à capacidade de suas organizações de se adaptarem a choques externos ou mudanças. A maioria (60,1%) também está otimista com relação ao desempenho financeiro de suas empresas no próximo ano.

As principais mudanças estratégicas para 2025 incluem investimento em novas tecnologias (58,8%), alterações no plano de negócios (44,4%) e corte de custos (44,1%). No que diz respeito ao detalhamento dos investimentos pretendidos, os mais apontados foram em novas tecnologias para auxiliar o processo decisório (53,5%), pesquisa e desenvolvimento (52,2%) e bens de capital (41,3%).

Dos 383 administradores, 176 (46%) afirmam haver intenção de melhorar a governança corporativa nos próximos 12 meses e 161 (42%) consideraram “muito provável”. Tais respondentes, somados, totalizam 88% da amostra. Em contrapartida, 16 entrevistados (4,2%) indicaram ser improvável, principalmente pela falta de percepção das organizações em que atuam sobre os benefícios proporcionados por essa prática.

Os aspectos da governança mais passíveis de aprimoramento, conforme 48,4% dos respondentes, são o compliance, a integridade e a responsabilidade corporativa. Em seguida, está a transparência, apontada por 43,6% . Os principais desafios, de 37,6% dos administradores, referem-se à incerteza sobre seu custo-benefício. Outros 36,3% argumentam existir entendimento entre os grupos de influência de suas empresas de que a prática já sem encontra em um nível adequado, sem necessidade de aprimoramento.

Os principais temas de interesse do conselho de administração em 2024 são os seguintes: inovação (apontado por 64,2% dos respondentes); estratégia financeira (63,5%); avanço da inteligência artificial (59,8%); segurança de dados (55,6%); e gestão de riscos corporativos (53,3%). Os assuntos que serão menos discutidos são o ativismo societário (18,3%), impactos de conflitos geopolíticos (14,4%) e diversidade e inclusão (13,3%). 

Finalmente, a pesquisa apontou os fatores que mais influenciam a disposição dos executivos em atuar como conselheiro ou diretor: conhecimento e interesse no setor (apontado por 69,5% dos respondentes) e a reputação da empresa (58,2%).


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