Black Friday - Congresso 2025
 

O papel das emoções na crise climática, numa perspectiva neurocientífica

O papel das emoções na crise climática, numa perspectiva neurocientífica e organizacional por Daniela Reis da Beija-flor Tecnologias Sociais.

Por Daniela Reis

O papel das emoções na crise climática, numa perspectiva neurocientífica

As mudanças climáticas estão alterando drasticamente os padrões meteorológicos, causando transtornos cada vez mais intensos e frequentes em todo o mundo. Uma pesquisa recente revelou que 8 em cada 10 brasileiros estão preocupados com essa questão. Para alcançar as metas do Acordo de Paris e limitar o aquecimento global, será necessário um esforço significativo, o que pode gerar desânimo e perplexidade em muitos. No entanto, apesar da complexidade da crise climática, há a possibilidade de contribuir para soluções sistêmicas por meio de ações individuais e coletivas. Nesse contexto, as emoções, em especial o medo, desempenham um papel crucial no limiar entre enfrentar ou ignorar o problema, o limite entre o engajamento ou a paralisia diante do desafio. Mas, como transformar a apatia, palavra que em sua origem grega significa insensibilidade, em engajamento e ação, se no ambiente organizacional, as emoções ainda são frequentemente negligenciadas e relegadas a treinamentos e palestras, muitas vezes limitados aos departamentos de recursos humanos e a atividades secundárias que não são consideradas estratégicas para os negócios?

Nesse cenário, as emoções muitas vezes precisam ser ocultadas, disfarçadas e reprimidas, pois as salas de escritórios não são consideradas espaços seguros para expressá-las como parte natural da condição humana. As emoções, no entanto, precisam ser reconhecidas como elementos cruciais que precisam ser compreendidos e trabalhados intencionalmente para gerar melhores decisões em direção ao enfrentamento da crise climática. Fundamentada na neurociência, desenvolvi uma metodologia - COMOVERE - que representa um avanço significativo no engajamento e motivação de pessoas dentro de projetos e organizações. Essa ferramenta não só tem o potencial de melhorar a comunicação interna, mas também fortalecer o alinhamento das pessoas aos objetivos organizacionais, fomentando um ambiente colaborativo, empático, e aumentando a capacidade de adaptação a desafios como a crise climática. Por meio dela, as tomadas de decisão são aprimoradas para as questões do nosso tempo.

A palavra COMOVERE, derivada do latim commovere, significa “mover junto”, afetar, causando profunda emoção. A metodologia COMOVERE consiste em quatro etapas: Acolher (CO), Mobilizar (MO), Antever (VE) e Realizar (RE). Em cada fase, fundamentada no funcionamento do cérebro humano, as dinâmicas envolvem a ativação do sistema de recompensa, liberação de ocitocina, redução do estresse, ativação do córtex pré-frontal e outras reações que promovem conexão e memória. Quando encadeadas, as etapas criam um ambiente propício para emergir a inteligência coletiva, o pensamento criativo e estratégico.

Nesse sentido, a metodologia funciona como uma estratégia para a transição de uma liderança apática para uma liderança que venho chamando de comovente, pois é aquela que, enfatizando a importância da empatia e conexão emocional no ambiente organizacional, é capaz, como o próprio nome sugere, de comover a organização no sentido das mudanças necessárias. Acolhimento e mobilização das emoções e da vontade de agir, antevisão das soluções e engajamento para a ação – é disso que precisamos para nos movermos juntos na direção do enfrentamento da crise climática e da restauração do nosso ambiente


Veja também

Conteúdos que gostaríamos de sugerir para a sua leitura.

Envie os nossos conteúdos por e-mail. Utilize o formulário abaixo e compartilhe os link deste conteúdo com outros profissionais. Aproveite e escreve uma mensagem bacana.

Faça uma busca

Mais lidas da semana

Workplace

Para coordenadora de Workplace da Blip, escritório materializa cultura

Conheça nova sede da empresa, que busca centralizar encontros e valorizar identidade da marca.

Carreira

Crescimento desordenado de FM: quais são as consequências?

Nos últimos 20 anos, formalização da área avançou, mas existe baixo investimento em qualificação profissional. Robson Quinello, especialista em Facility Management, fala sobre precarização e oportunidades do mercado.

Mercado

Entenda todos os benefícios de prédios com certificação LEED

Selo internacional pode fazer uma grande diferença.

UrbanFM

Inversão da pirâmide etária: nossas cidades estão preparadas?

Especialista em Gestão Urbana comenta aumento da longevidade e a queda das taxas de natalidade em artigo.

Sugestões da Redação

Revista InfraFM

Repensar a gestão das instalações de trabalho

Tendências inovadoras e sustentáveis se destacam na pesquisa da Aramark, que traz as transformações no Gerenciamento de Facilities em 2024.

Revista InfraFM

Maior encontro de FM da América Latina: do invisível ao indispensável

InfraFM realizou quatro encontros em evento único, com mais de 5,5 mil participantes.

Revista InfraFM

Insights das palestras do 19º Congresso InfraFM

Acompanhe um resumo das palestras e explore as inovações sustentáveis e estratégias avançadas no campo do Facilities Management.

Revista InfraFM

Inovações que transformam foram cases de sucesso dos expositores

Nas Arenas Soluções para FM, foram apresentados conteúdos com cases de sucesso dos expositores, que destacaram serviços, tecnologias e pessoas.

 
Dúvidas sobre os EVENTOS?
Fale com a nossa equipe pelo WhatsAPP