Por Léa Lobo

Foto: Divulgação | Esteban Risso, CEO da Gobos Brasil |
Em um mundo onde o ruído se tornou onipresente — buzinas, obras, ligações em viva-voz, teclados nervosos — encontrar um lugar onde o som não atrapalha, mas colabora, é quase um luxo. Mas para Esteban Risso, CEO da Gobos do Brasil, o som nunca foi o vilão. O problema é o mau uso dele.
Fundada há quase 25 anos, a Gobos começou pequena, literalmente: “foi uma garagem que virou duas”, conta Esteban, com aquele brilho no olhar típico de quem ama o que faz. Criada por ele, seu pai, irmãs e cunhado, a empresa nasceu da fabricação de gobos — pequenos discos que projetam imagens através da luz em equipamentos de iluminação profissional. Deu tão certo que, logo no primeiro ano, estavam exportando para China, Itália e EUA. “A gente fez o caminho inverso. Ia pra China vender”, relembra, feliz.
Mas o que começa com luz, pode — e deve — evoluir para o som. O know-how em iluminação se expandiu para a sonorização profissional: shows, teatros, templos. Projetos de grande porte como o Rock in Rio ou o Templo de Salomão contaram com a engenharia e o ouvido apurado da Gobos. “Você pode ter um espaço maravilhoso, mas se ninguém entende o que é dito lá dentro, ele fracassou acusticamente.”
Do som que se ouve ao som que se esconde
Ao entrar no universo da acústica, a Gobos não seguiu o caminho tradicional dos revestimentos e painéis. Ela trouxe tecnologia de ponta com o mascaramento sonoro, uma solução ainda pouco conhecida no Brasil, mas extremamente eficaz.
Imagine um escritório onde você fala e ninguém ao redor compreende o conteúdo da sua conversa, mesmo com a porta aberta. Isso não é mágica, é ciência: o mascaramento sonoro emite um som técnico de fundo, imperceptível, que interfere nas frequências da fala humana, garantindo privacidade e reduzindo distrações. Resultado? Mais produtividade e menos boatos.
“A falta de privacidade sonora é a reclamação número um nos escritórios”, destaca Esteban, citando estudos da Universidade de Sydney. Segundo ele, um colaborador perde em média 86 minutos de produtividade por dia com interrupções auditivas — um impacto financeiro gigante quando projetado no ano.

Foto: Divulgação | No Experience Gobos os clientes conseguem ter a melhor experiência de áudio, som, iluminação e cenários |
Cabines de silêncio — e de inovação
Durante a pandemia, veio o “click”: e se o mascaramento sonoro evoluísse para algo ainda mais eficaz? Surgiram as cabines acústicas da Gobos. Nada de móveis com isolamento que não isola de verade. Aqui, engenharia pura: isolamento de 42 decibéis, número que supera inclusive os padrões europeus mais exigentes.
“Enquanto outros focam no visual, a gente se preocupa com o que o ouvido capta”, provoca Esteban. As cabines são perfeitas para ambientes corporativos, principalmente para salas de reunião e áreas de concentração. E apesar de também servirem para home office, o mercado residencial ainda engatinha na compreensão do valor do silêncio de verdade.
EducaSound, o som que ensina e inclui
Na educação, o problema se agrava: professores que se esgoelam, alunos que não ouvem, diagnósticos errados de TDAH que, na verdade, são falhas de infraestrutura auditiva. “Meu filho quase foi diagnosticado com déficit de atenção. Mas ele só estava na última fileira da sala.”
Foi aí que nasceu o EducaSound: um sistema onde o professor usa um microfone pendurado no pescoço e sua voz é distribuída uniformemente por caixas de som estrategicamente instaladas. O resultado? Todos os alunos ouvem como se estivessem na primeira fileira. A atenção melhora, a disciplina também. E os afastamentos de professores por problemas vocais caem drasticamente.
Tudo 100% nacional e com laboratório próprio
Além de fabricar tudo no Brasil, a Gobos criou recentemente sua própria câmara reverberante, seguindo normas europeias. Isso permite testar com precisão a absorção dos materiais acústicos. O objetivo agora é lançar sua própria linha de painéis acústicos com base em dados técnicos sólidos.

Foto: Canva.com/Felicity Tai
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O que a Gobos leva para a Expo InfraFM?
Na 12ª Expo InfraFM, a Gobos apresentará seus modelos de cabine acústica e soluções de mascaramento sonoro. “Queremos mostrar que essa dor — da privacidade, da produtividade, da poluição sonora — tem solução técnica, acessível e 100% nacional.” Clique aqui e faça já seu credenciamento.
Por fim, a Gobos do Brasil não quer apenas vender silêncio. Ela quer educar o mercado, mudar paradigmas e trazer consciência acústica para empresas, escolas e hospitais. Porque, como diz Esteban, “quando a palavra não é compreendida, tudo se perde.”