Ana Paula Cassago
 

Fundos imobiliários estão se tornando motor da certificação

[Real State] Certificação traz lucro a investidores e tem grande espaço para crescer, principalmente fora do eixo São Paulo-Rio

Em 2025, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), a população mundial será de 8,6 bilhões de pessoas, com a previsão de cerca de 3 bilhões nas áreas urbanas. As pressões mundiais sobre a preservação dos recursos naturais aumentam a cada ano, com base nas mudanças climáticas. Vivemos o grande desafio de conscientizar as gerações atuais e as seguintes para a importância de agirmos de forma sustentável em todos os aspectos de nossas vidas.

As edificações que habitamos e frequentamos precisam estar adequadas a esses novos padrões de sustentabilidade desde seu projeto, passando pela sua construção e terminando na gestão de sua operação com a participação de seus usuários. As certificações LEED e WELL possuem papel mais que importante neste processo.

Um green building em operação possui um conjunto de práticas que buscam eficiência no ciclo de vida da edificação, incluindo o aumento da eficiência energética por meio de redução de consumo e implantação de fontes de energia limpa como, por exemplo, as células fotovoltaicas; a gestão da água com foco na redução e seu reuso nas operações prediais; gestão de resíduos; e a utilização de insumos e produtos relacionados à sustentabilidade. A manutenção preventiva se torna primordial na gestão sustentável de edificações, visando também a redução dos custos operacionais. Para que este processo obtenha sucesso, profissionais capacitados para a gestão eficiente das operações prediais é fator comprovadamente relevante para que seus parâmetros sustentáveis previstos nos projetos permaneçam e/ou sejam aprimorados durante sua vida útil.

As escolhas adequadas das estratégias compatíveis com o uso, o baixo custo de construção e gestão da operação são determinantes para o sucesso e satisfação de investidores, proprietários e ocupantes, elevando e determinando um novo patamar de qualidade do empreendimento sustentável. Os inquilinos se modernizaram e os investidores se tornaram muito exigentes. Os fundos mobiliários, que hoje são 50% do mercado, basicamente investem em prédios certificados. A certificação tem enorme espaço para crescer, principalmente para além do eixo São Paulo-Rio. O investidor está buscando o lucro ao longo dos anos, por isso a importância da construção certificada,  que garante os melhores padrões de construção. Então, a operação de excelência que acaba gerando lucro com o passar dos anos. Isso está encaixado num contexto muito maior.

O bem-estar e a satisfação dos usuários das edificações são fatores decisivos na ocupação de um empreendimento, seja ele de que tipo for (residencial, corporativo, comercial, logístico e lazer). Porém, o processo de sustentabilidade também começa e termina com todos os indivíduos ocupantes das edificações, não apenas aqueles encarregados de implementar tais iniciativas. A conscientização dos usuários quanto aos benefícios gerados nos ambientes em função dos processos sustentáveis implantados na edificação e sua colaboração com os mesmos é também um dos pilares do processo. Afinal, um futuro sustentável pertence a todos.

Em resumo, o business case para a construção e operação de edifícios sustentáveis nunca foi tão forte, pois cada vez mais investidores, proprietários e ocupantes buscam estratégias ecologicamente corretas que otimizam custos operacionais mais baixos e agregam valor às propriedades.

*​Adriano Sartori, da CBRE

Fotos: Divulgação



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