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Espaços de coworking: tendência ou fracasso?

Pesquisa aponta onde estamos em relação aos espaços de trabalho compartilhado.

Por Mateus Murozaki

Espaços de coworking: tendência ou fracasso?

Foto: Canva.com/Sladic

Nas constantes transformações do mercado, os escritórios e modelos de presença são frequentemente comentados, desde as novas tendências de arquitetura para atrair colaboradores de volta ao ambiente de trabalho até os benefícios de um modelo híbrido.

Nesse contexto, existe a questão dos coworkings: espaços de trabalho coletivos que estão ganhando popularidade devido à praticidade e à falta de compromisso envolvida em trabalhar em um ambiente voltado para a boa performance, mas que está lá para te receber sem a necessidade de cuidados do espaço por parte do visitante.

De acordo com o Censo Coworking 2024, desenvolvido pela Woba, o número de espaços de trabalho flexíveis apresentou, de 2019 a 2022, um crescimento de 17,7% anualmente, como resultado da pandemia e da mudança de mentalidade das empresas em relação ao conceito de escritório. Desde então, por conta da mesma mentalidade, as porcentagens foram além de 20%: 26,5% de 2022 para 2023 e aproximadamente 20% de 2023 para 2024.

Tratam-se de 2.986 escritórios de coworking na época de publicação do censo, com 58,6% deles localizados nas capitais. Em relação aos estados, a região Sudeste se mostra a mais prevalente: São Paulo lidera a lista com 1.121 espaços, Minas Gerais vem em segundo lugar com 307, e o Rio de Janeiro em terceiro com 251.

Existe ainda uma possibilidade de crescimento, não apenas para regiões pouco exploradas, mas também para as capitais. De acordo com o censo, apenas 31,5% dos entrevistados enxergam alta competitividade de espaços em suas cidades. Além disso, 58% dos entrevistados para o censo acreditam que o número de escritórios flexíveis em sua cidade está entre “baixo” e “suficiente”.

Em relação ao tipo de acomodação, os prédios comerciais são os mais populares, representando 70,3% dos espaços de coworking, enquanto 29,7% ficam com os locais independentes (galerias, casas adaptadas para uso comercial, etc.). Os escritórios em ambientes corporativos, em sua grande maioria, contam com uma arquitetura moderna que provê não apenas espaços colaborativos, mas também opções privativas para aqueles que assim preferirem.

Nesses espaços, os clientes buscam itens essenciais que já estão presentes em mais de 85% dos espaços, como ar condicionado, copa com geladeira disponível e café gratuito. Além disso, salas de reuniões (presentes em 95% dos escritórios coworking) e espaços para eventos também são muito procurados.

Enquanto esse mercado cresce, cabe às empresas e trabalhadores aderirem. 39,4% dos entrevistados relataram ter uma ocupação de mais de 60%, enquanto o segundo maior número de relatos é entre 21% e 40% de ocupação, que 21,1% dos entrevistados relataram.

E por mais que a economia oferecida por um espaço de trabalho compartilhado seja um atrativo, não é aí que param os benefícios. Em termos de sustentabilidade, tais espaços são sustentáveis por si só, pois acomodam clientes de inúmeras empresas que, caso tivessem escritórios próprios, estariam individualmente utilizando mais energia, água e outros recursos.

Os escritórios de coworking são um reflexo natural do atual modelo de trabalho: versátil e flexível, atendendo às necessidades de seus habitantes para que estes possam focar única e exclusivamente em suas tarefas. Por conta disso, é um mercado em constante ascensão e que, hoje, já registra um faturamento anual de mais de R$1 bilhão no Brasil.



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