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NTO, o novo edifício do Grupo Fleury

Entenda quais foram os desafios das equipes de Expansão, Projetos & Facilities para entregar este edifício único. O novo Núcleo Técnico Operacional (NTO) em São Paulo dobra de tamanho, triplica capacidade produtiva e se torna o maior da América Latina para exames especializados.

Por Léa Lobo

NTO, o novo edifício do Grupo Fleury

Foto: Divulgação


Com 97 anos, o Grupo Fleury é uma das maiores e mais respeitadas organizações de medicina e saúde do Brasil, referência para a comunidade médica e público geral por sua qualidade técnica, médica, de atendimento e gestão. Com mais de 20 mil funcionários e 4 mil médicos, detém as melhores práticas ESG e contribui para a sustentabilidade do sistema de saúde. Com sede em São Paulo (SP), o Grupo Fleury está presente também em outros doze estados e no Distrito Federal, com mais de 500 Unidades de atendimento. 

Com essa história quase secular, o Grupo Fleury inaugurou o seu Novo Núcleo Técnico Operacional (NTO) com foco em inovação, diferenciação e produtividade, dando suporte para o crescimento projetado para os próximos 20 anos. Localizado na Av. Morumbi, número 8860, Zona Sul de São Paulo, a companhia investiu R$ 100 milhões em seu novo site, o maior da América Latina no processamento de exames especializados. 

A duplicação da área instalada do novo NTO de 4.600 m2 para 8.500 m2 permite triplicar a capacidade produtiva, chegando a até 500 mil testes processados por dia. Para se ter uma ideia, em 2022, foram aproximadamente 5,5 milhões de fichas abertas e 46,7 milhões de exames de análises clínicas processados no NTO do Jabaquara. As novas instalações passam a ter capacidade de produção de 120 milhões de testes por ano.

“Permanecemos por mais de 20 anos na antiga sede localizada no bairro do Jabaquara, mas devido ao crescimento da companhia nos últimos anos, sua capacidade de produção chegou ao limite. Procurávamos um local que pudesse atender às necessidades de um novo NTO e com potencial para a expansão que pretendemos alcançar nos próximos anos. A escolha do endereço da nova sede teve como fatores determinantes a localização em região que garantisse a retenção de talentos – médicos e técnicos de alta especialização –, bem como a logística privilegiada, próxima de nossas unidades, hospitais e aeroporto. Adicionalmente, será um espaço para também avançarmos ainda mais no âmbito dos exames especializados”, ressalta Jeane Tsutsui, presidente do Grupo Fleury.

A prevalência da equidade social para grupos vulneráveis, opções de alimentação saudável, segurança dos ocupantes e o aumento da atividade física foram os fatores sociais considerados como os mais importantes para os colaboradores. “Nós, genuinamente, acreditamos na sustentabilidade como um fator crítico de sucesso. Sendo assim, esse projeto não poderia ser diferente dos demais. Todo o planejamento e execução contemplou os conceitos de eficiência ambiental e bem-estar dos colaboradores. Assim, o edifício foi projetado com foco na eficiência energética, hidráulica e sustentabilidade”, explica a presidente do Grupo Fleury.

NTO, o novo edifício do Grupo Fleury

Foto: Divulgação

Como nasceu e quais foram os desafios para orquestrar este grandioso projeto?

O projeto contou com a total dedicação das equipes das diretorias de Operações Técnicas e de Expansão, Engenharia Clínica e Facilities do Grupo Fleury. A equipe formada por Gustavo Stuani Guimarães, diretor de Operações Técnicas em Análises Clínicas, e Clovis Porto, diretor de Expansão, Engenharia Clínica e Facilities; juntamente com sua equipe composta por Marici Horta, gerente de Expansão; Levy Patriani, gerente sênior de Facilities; Rodrigo Vieira, gerente de Engenharia; Alex Giraldi, gerente de Facilities, Thales dos Santos Romão, gerente de Engenharia Clínica, Vinicius Darccin, consultor de Engenharia; e Juliana Fiori, especialista em Arquitetura, começaram a delinear o novo projeto, que nasceu em 2016 sob a gestão do até então diretor de Expansão na época, André Mioto. Clóvis Porto completa que o executivo Gustavo Stuani Guimarães, diretor de Operações Técnicas, foi o cliente interno durante toda a jornada dos trabalhos da equipe da Expansão, Engenharia Clínica e Facilities

Tudo começou em 2016, devido ao contínuo crescimento do Grupo e aquisições por vir, havia a necessidade de incluir no orçamento um projeto para ampliação e/ou mudança para um novo espaço, já que para crescer a área técnica, de operações e espaços para áreas que atendem os negócios do Grupo Fleury, a companhia precisaria de um upgrade relevante, que mantivesse as operações up to date com o crescimento que se avistava.

Observando as aquisições e expansão orgânica que estavam planejadas para ocorrer, foi contratada uma consultoria internacional, que juntamente com a equipe da Expansão, fez por quase um ano todos os estudos como dados de produção, crescimento, projeção e plano estratégico para os próximos 5 anos. Assim, concluíram que teriam dois movimentos: um primeiro movimento de expansão do site do Jabaquara com uma reforma intermediaria, iniciada em 2017. E a segunda etapa seria uma nova sede. “A reforma intermediária era importante para ganhar tempo. Isto porque era sabido que um projeto de novo site seria de grande magnitude e levaria no mínimo 5 anos, pois existia uma projeção que em 2022 chegaríamos ao limite de ocupação do Jabaquara, quando precisaríamos de um site novo e pronto para fazer a transferência”, pontua Clóvis Porto.

Para fazer o estudo de viabilidade do negócio, foram a mercado para identificar qual seria o endereço do novo site e analisaram mais de 50 amostras, não apenas na região, mas incluindo opções no interior paulista. Nas modalidades de locação de prédio existente, construção de um novo prédio etc. Depois de muitas visitas e análises, chegaram em três opções, considerando que é muito difícil encontrar uma edificação que atendesse ao negócio com instalações muito particulares como as que acomodavam o Grupo Fleury, por ser uma operação muito específica.

Assim, depois de várias análises, decidiram pela opção mais viável técnica e econômica, que foi fazer um BTS de 20 anos com a BSP, braço imobiliário do Bradesco, para construírem o edifício (shell), que inclui a superestrutura, parte externa e envoltória, as paredes externas, cobertura, janelas, portas e outras características que protegem o interior do edifício contra os elementos externos, focando na instalação de elementos de vedação e isolamento. Já a parte de interiores (core) ficou a cargo do próprio Fleury, iniciando pela criação e implantação dos projetos de arquitetura e complementares, com um pé direito considerável e robustez na infraestrutura, que contou com os parceiros Perkins & Will (projeto de interiores), MHA (projetos complementares) e IT´S Informov (obra de interiores) que, juntamente com a equipe do Grupo Fleury deu andamento à obra, que além dos 12 andares e 04 subsolos tem um átrio no térreo que terá uma unidade premium de atendimento da marca Fleury Medicina e Saúde.

Clóvis Porto pontua que a equipe estudou bastante e fez várias viagens pelo mundo, como China, Japão, Europa, Reino Unido e EUA para conhecer laboratórios de referência, observando desde infraestrutura, equipamentos, tecnologias inovadoras, modo de operação, entre outros. “O próprio Gustavo Stuani foi visitar vários outros laboratórios pelo mundo que eram referências, como áreas específicas, equipamentos, modo de operação e tudo mais. Afinal, estava com o projeto que vai além de um prédio comum, mas sim um edifício com laboratórios específicos”.

O projeto foi pensado para comportar o Laboratório Central (Bioquímica, Infectologia e Endocrinologia), Hematologia, Imuno Hematologia, Hemostasia, Bioquímica Especial, Urianálise, Pré-Técnico, Distribuição, Lab to Lab (terceirização de amostras), Microbiologia, Parasitologia, Preparo e Desenvolvimento de Meios e Reagentes, Anatomia Patológica, Citogenética, Citometria de Fluxo, Microscopia de Hematologia e Mielograma, Biologia Molecular e Genômica, Cromatografia e Espectrometria de Massas, Imunologia, Produção e Desenvolvimento de kits e Pesquisa & Desenvolvimento.

 NTO, o novo edifício do Grupo Fleury

Foto: Divulgação


Um dos laboratórios é de Nível de Segurança Biológica 3 (BSL-3), projetado e equipado para lidar com agentes biológicos de risco moderado, que podem causar doenças em seres humanos, mas para as quais existem medidas de prevenção, tratamento e controle disponíveis. Um laboratório BSL-3 é projetado para fornecer um ambiente seguro para os trabalhadores, reduzindo o risco de exposição a agentes biológicos perigosos. Possui sistemas de contenção, como cabines de segurança biológica e trajes de proteção, para minimizar a exposição aos patógenos e garantir a segurança do pessoal. Possui controles rigorosos para prevenir a disseminação acidental de agentes biológicos. Esses controles incluem sistemas de ventilação adequados, portas de acesso controlado, fluxos de ar unidirecionais, filtros de ar de alta eficiência e sistemas de descontaminação, reduzindo assim o risco de fuga de agentes patogênicos do laboratório.

Entre os laboratórios, um outro grande diferencial foi a implantação de uma nova linha de automação em parque diagnóstico, a Roche Cobas Conection Modules (CCM). A solução de automação CCM simplifica os processos com alto grau de qualidade, pois permite a conexão com analisadores e sistemas pré-analíticos e pós-analíticos da família Cobas sem intervenção humana, aumentando a produtividade. Os módulos de entrada e saída desta linha automatizada foram os primeiros da marca de equipamentos para medicina laboratorial instalados na América Latina e o fluxo de circulação das amostras foi desenhado exclusivamente para o novo NTO do Grupo Fleury.

“O desafio então era fazer o estudo técnico e operacional de cada um desses laboratórios. Nesse período, tivemos uma consultoria chamada LTS que, junto com a equipe do Projeto, fez o cálculo de volume versus tradução em número de equipamentos. Estudamos também, o caminho de todas as amostras para saber qual seria o melhor e mais eficiente processo para ser implantado no fluxo interno de cada laboratório, considerando equipamentos existentes e os novos que foram adquiridos. Todos os processos foram estudados pela equipe e depois do cálculo e do estudo dos fluxos de cada laboratório que começamos a desenvolver os layouts internos”, pontua Marici. E completa: “todos os andares foram feitos para comportarem a área técnica, então, todos os andares têm pé direito bem alto. É um prédio que foi projetado para 20 anos de possibilidades de crescimento do business, das atividades relacionadas ao negócio. O bom é que a equipe, com a retórica individual e profissional de cada um, trouxe todo o conhecimento dos erros e acertos da experiência com infraestrutura e Facilities, acumulados em anos de carreira”. 

O NTO é um site com alta redundância a automatização. Clóvis Porto pontua que o prédio tem operação complexa e custo elevado pelo perfil e porte, sendo fundamental uma gestão impecável e eficiente. “Um dos projetos mais desafiadores da nossa história, especialmente na parte de automação. Costumamos, às vezes, comparar com um hospital, reservadas as devidas particularidades, pois temos vários tipos de situações aqui que não ocorrem no outro ambiente, por exemplo. Nós temos vários laboratórios distintos dentro do próprio “laboratório”. São 11 tipos de gases, inclusive hidrogênio. Sem falar nos geradores, chillers e as câmaras frias espalhadas pelo prédio inteiro. É como se fosse uma indústria de produção de exame”, compara ele. 

NTO, o novo edifício do Grupo Fleury

Foto: Divulgação


Levy Patriani ressalta que quando se consegue pensar em todas as demandas da operação no dia a dia, desde a concepção do projeto, facilita muito a operação, principalmente quando pensamos em energia, climatização, gases, tratamento de água e até o fluxo de carros no estacionamento que levam e trazem os exames, seja dos que chegam via aérea ou por transporte terrestre. “São coisas fundamentais para a nossa operação, pois tudo tem monitoramento e isso é em um ponto que dá ao nosso prédio a característica de ser a prova de caos. Assim, se cair toda a energia ou tiver um problema geral, não perdemos as amostras, porque tudo é controlado num sistema integrado e complexo. Temos inclusive a possibilidade de instalar um gerador externo para contingências de forma extremamente rápida para garantir ainda mais a segurança do cliente”, resume ele.

E Marici Horta completa dizendo que conceberam um prédio eficiente energeticamente, com vidro semi-refletivo, brises que fazem uma proteção da incidência direta do sol, climatização de conforto e laboratorial eficientes. Além de todo o sistema de automação, que por si só, faz o gerenciamento da edificação como um todo. Ainda nas questões ESG, aquecimento com placas solares no teto do prédio, iluminação LED, sensores de presença, biofilia, ETE (tratamento de esgoto), captação de água de chuva, reuso de água, gerenciamento de resíduos, infraestrutura para carros elétricos e tratamento de resíduos bioinfectantes. 

“Como durante toda a integração desses projetos foi aportada a nossa preocupação de ESG, agora, em função de todos esses qualitativos, estamos protocolando o projeto do NTO para receber a certificação LEED CI que aborda os temas de eficiência energética de interiores e o Fitwell que foca na qualidade de bem-estar ocupantes da edificação”.

Thales Romão complementa que outro grande diferencial sustentável foi a implantação do Lab Automation. “Com ele, haverá diminuição de 17,8% de tubos coletados dos clientes, economia de mais de 2,6 milhões de tubos anualmente e redução de 26 toneladas de resíduos gerados ao ano, proporcionando uma economia de R$ 1,6 milhão em aquisição de tubos”.

Vinicius Darccin complementa sobre o desafio da implantação da ETE frente a todo o esgoto químico que é gerado pelos laboratórios e tratado dentro dos prédios. “Hoje, por exemplo, na maioria dos laboratórios, inclusive os nossos, você tem sempre um galãozinho do lado do equipamento de bioquímica. Aqui no NTO não tem esse impacto para o colaborador, pois o rejeito vai direto para o tubo de esgoto industrial, que cai na ETE do subsolo e é tratado e anulado”, pontua Vinicius Darccin.

Rodrigo Vieira pontua, ainda, que os desafios de gerenciar uma obra deste porte devem ser levados em consideração. “Tínhamos o auxílio de uma gerenciadora de obra e atingimos o pico de 400 funcionários por dia. Os números são grandiosos: 1.600TR de refrigeração, 5MVA de potência elétrica instalada e 1.200KVA de nobreak. Os sistemas também são mais complexos que o habitual. Por exemplo, nosso sprinkler possui sistema pre-action; as salas dos laboratórios possuem controle de temperatura, umidade, CO2 e cascata de pressão, sendo várias delas classificadas (ISO); e o sistema de automação predial (BMS) possui mais de 2.500 pontos de controle. 

É importante destacar que todos os projetos foram construídos na plataforma BIM, o que facilita a compatibilização dos projetos. Com a adoção da metodologia Building Information Modeling (BIM) tiveram uma série de benefícios. “O BIM permite que todas as partes envolvidas no projeto (arquitetos, engenheiros, construtores, proprietários etc.) trabalhem em um ambiente centralizado, compartilhando informações e colaborando de forma mais eficiente. Isso ajuda a evitar erros, conflitos e retrabalho, melhorando a coordenação e a comunicação entre as equipes”, pontuou Levy Patriani. E complementa: “Quando você tem todos esses projetos automatizados numa plataforma para a operação e manutenção do prédio é fantástico!”.

NTO, o novo edifício do Grupo Fleury

Da esquerda para direita: Alex Giraldi, gerente de Facilities; Vinicius Darccin, consultor de Engenharia; Thales dos Santos Romão, gerente de Engenharia Clínica; Clovis Porto, diretor de Expansão; Juliana Fiori, especialista em Arquitetura; Marici Horta, gerente de Expansão; Levy Patriani, gerente sênior de Facilities; e Rodrigo Vieira, gerente de Engenharia. 


Delegar todo o projeto sem parar a operação da unidade jabaquara

Clóvis Porto pontua que sair de um prédio em que estavam há 20 anos e mudar para um prédio novo foi outro grande desafio. “Sair de um prédio onde todos já estão ambientados para um prédio novo, sem parar a operação, foi um marco muito importante para nossa equipe. Sem dúvida foi a “cereja do bolo”. Quem estava do lado de fora, o cliente que estava fazendo um exame numa determinada unidade, ninguém foi impactado pela mudança”, diz aliviado.

Marici Horta relembra que foi um ano de planejamento da mudança. Tudo foi mapeado, os equipamentos, o tempo de desligamento, ligação, calibração e teste de cada um deles e a premissa foi que levariam 50% e deixariam 50% funcionando para virar a noite. Assim, quando esses equipamentos estivessem movidos, testados e calibrados, desligariam os outros e rodariam 50% no NTO. “Com isso, conseguimos minimizar riscos. Então, a meta inicial de não atrasar nenhum exame para o cliente, nós conseguimos cumprir. Foram cerca de 500 caminhões de mudança e, nas áreas muito especializadas, desligamos na sexta-feira, mudamos no sábado, calibramos no domingo, testamos e religamos na segunda. Para isso, antecipamos as emissões de exame e desenhamos todo o processo de cada setor e cada equipamento. Fizemos um treinamento para as equipes dos setores e o plano de mudança durou um ano. Não tivemos problemas de alta complexidade, fizemos um plano de riscos e todo mundo sabia com quem falar, como falar, como ajudar. Nomeamos os líderes de frente e cada um sabia exatamente o que precisava ser feito. Foi um treinamento conjunto muito bacana. Impressionante”, destacou com orgulho.

“Em 1º de dezembro de 2022 foi processado o primeiro exame no NTO e no dia 19 de janeiro de 2023 encerramos a transferência do Jabaquara para o NTO. Podemos dizer que foram 45 dias de mudança, considerando o Natal e Ano Novo com Copa do Mundo inclusive. Fizemos a transferência sem atrasar os exames. Para mim, o mais emblemático do projeto foi exatamente isso, conseguir fazer algo tão grandioso em 9 meses, uma transferência em 45 dias, sem perder o cronograma. Isso foi possível graças a todas as etapas do planejamento, a interação e engajamento de todos os colaboradores. Hoje, já somos quase 800 colaboradores trabalhando na edificação”, destaca Marici.

Vinicius relembra que mudou de residência para um apartamento em frente a obra. “Em nove meses brincávamos que não trabalhávamos para o Fleury ou para os gerenciadores da obra. Nós trabalhávamos para o projeto, o que contagiou todos os participantes da obra e os colaboradores. Convergimos todos para o mesmo objetivo”.

Outro destaque vai para um prédio concebido com foco nas pessoas. “Para esse projeto, a diretoria de RH contou com uma consultoria em change management que desempenhou um papel crucial para ajudar a planejar, implementar e gerenciar mudanças de maneira eficaz. A equipe de RH do Grupo Fleury, juntamente com a arquiteta Senior Managing Partner, a phD Izabel de Barros, da FRB Consulting, ofereceu uma abordagem estratégica, experiência especializada e suporte prático, permitindo minimizar riscos, maximizar os benefícios e alcançar resultados positivos durante os processos de mudança.

“Falando no bem-estar dos colaboradores, foi utilizada uma simbologia de cores, como uma ferramenta poderosa para representar os valores e a cultura do Grupo e reforçar a identidade visual. Assim, a equipe da Perkins & Will, usou a criatividade para encontrar maneiras únicas de aplicá-la na nova estrutura de cores da edificação, fazendo uma analogia da história do Grupo Fleury, com uma árvore. Foram usadas cores com tons terrosos para os andares mais baixos comparando as raízes da arvore e simbolizando a solidez e robustez da companhia. Nos andares intermediários (copa das árvores) usou-se cor verde para destacar o desenvolvimento, diversificação e o olhar sustentável dos negócios. E nos andares altos, a cor azul para demonstrar a visão e crescimento futuro”, destacou Marici Horta.

Por fim, o líder do projeto, Clóvis Porto, destaca que olhando sobre o viés profissional e o aspecto de negócio, fazer parte desde a concepção e todo ciclo de vida do projeto é um momento profissional único. “Estamos falando de 25 anos. Foram 5 anos de concepção e construção e 20 anos de utilização futura do edifício. Muitas vezes durante um projeto dessa magnitude você vai se deparando com desafios que superam o seu conhecimento e transcendem qualquer possibilidade de planejamento prévio. Um exemplo disso foi a própria pandemia que aconteceu durante a construção do edifício. São nesses momentos que os “cabelos brancos” são fundamentais! Com maturidade, em conjunto com uma equipe surpreendente e parceiros estratégicos, contornamos todas as adversidades e, aqui estamos, nós da equipe, envaidecidos com o que entregamos”, finaliza o sponsor do projeto.


REMONTANDO A OBRA DE MILLÔR FERNANDES DA SEDE ANTIGA PARA O NOVO EDIFÍCIO 

NTO, o novo edifício do Grupo Fleury

Foto: Divulgação

Há 100 anos nascia Millôr Fernandes (1923-2012), um prolífico artista brasileiro que se destacou como desenhista, dramaturgo, jornalista, escritor, humorista e poeta. Com mais de 120 livros publicados, ele deixou uma marca significativa no país, com seus trabalhos em revistas e jornais. Em 2000, Millôr foi escolhido para criar uma obra que refletisse a filosofia do Grupo Fleury, uma empresa com uma longa história. Com a mudança da sede, o Grupo Fleury decidiu homenagear o legado de Millôr com uma remontagem da obra original.

O mural original, intitulado ‘Queda e Ascensão’, era uma pintura de 6x7 metros feita com tinta acrílica. Millôr criou a obra em um formato menor, e os artistas Renato Brancatelli, Damara Bianconi e Susie Hervatin a reproduziram na parede da empresa em agosto de 2000. A aquarela retrata uma paisagem de São Paulo, com prédios, árvores e 40 personagens, incluindo pássaros vestidos como pessoas e homens e mulheres voando nus.

Para criar a versão do mural, o Grupo Fleury trabalhou com o arquiteto Fernando Vidal, do escritório Perkins&Will, e a equipe de criação da Dea Design. Eles utilizaram câmeras fotográficas de alta resolução para capturar cada detalhe da obra original, e um profissional especializado cuidou da fotografia, tratamento e digitalização da imagem para reproduzi-la da forma mais fiel possível. O processo de pós-produção foi essencial para alcançar uma semelhança quase perfeita em termos de luz e sombra.

As imagens foram divididas em módulos de diferentes tamanhos e profundidades, feitos de caixas de alumínio com pintura eletrostática. No total, são 24 módulos, com espessuras variando de 1 a 6,5 cm. Essa nova materialidade reflete o conceito de desfragmentação e reconstrução da imagem, permitindo que cada cena seja apreciada individualmente, além de compor a obra como um todo. O novo mural está localizado no segundo andar do novo prédio do Grupo Fleury, em frente à área de convivência.


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