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ESG e consumo colaborativo: como construir um futuro mais sustentável

A transição para a circularidade não é uma opção, mas, sim, uma necessidade. Apesar disso, apenas 7,2% da economia global atual é circular.

Por Adrian Ali

ESG e consumo colaborativo: como construir um futuro mais sustentável

Foto: Canva.com/ Arthon meekodong

Os recursos naturais da Terra estão se esgotando em um ritmo alarmante, mais especificamente: a uma velocidade 1,8 maior do que a velocidade com que o planeta consegue reagir. Até 2050, prevê-se que essa situação escale para até 2,3 vezes acima do sustentável. Além disso, temos que somar os 50 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos gerados anualmente, equivalentes ao peso de todos os aviões comerciais já fabricados.

Apesar disso, ainda há tempo: a adoção de práticas comerciais circulares, como minimizar resíduos, reutilizar e regenerar produtos e promover a produção sustentável, ajudaria a construir um futuro melhor. No entanto, o caminho a percorrer é longo. Apenas 7,2% da economia global atual é circular.

Embora as empresas multinacionais tenham um papel vital a desempenhar, a circularidade pode ser adotada por organizações de todos os tamanhos e setores. Pequenas e médias empresas, por exemplo, estão adotando os modelos circulares por meio do impulsionamento das plataformas compartilhadas e do consumo colaborativo.

Conquistar o consumidor responsável
Está claro que os consumidores estão mais conscientes sobre o meio ambiente. Consequentemente, as empresas que priorizam a circularidade conseguem cumprir as expectativas deles e obter benefícios ambientais e comerciais no longo prazo.

Ainda que, normalmente, exijam um investimento inicial, os programas de circularidade podem ajudar a reduzir os gastos, aumentar a eficiência e, inclusive, identificar novas fontes de receita. Contar com ferramentas de mensuração que indiquem a prevenção de geração de resíduos e a economia de custos pode mostrar-se vantajoso, fomentando ainda mais a confiança e a lealdade do cliente.

Começar (e terminar) levando o meio ambiente em conta
Os produtos circulares são pensados com o meio ambiente em mente, considerando o ciclo de vida desde sua concepção até o final de sua vida útil. Sendo assim, a inovação nas embalagens também está fazendo a diferença. Os materiais 100% feitos com compostos orgânicos e à base de quitina são um desenvolvimento recente, enquanto a impressão 3D em fibra moldada pode produzir embalagens ecológicas em larga escala. Além disso, os avanços na impressão, incluindo a impressão direta nas caixas de transporte e o uso de tintas à base de água, trazem benefícios adicionais.

Diminuir os resíduos e prolongar a vida útil
O consumo de energia é um fator crucial nos dispositivos eletrônicos, mas pode ser confuso para os consumidores. Organizações como Energy Star, TCO e Blue Angel podem ajudar os consumidores a tomar decisões fundamentadas.

Oferecendo garantias estendidas e assegurando que os eletrônicos possam ser consertados, as empresas podem ajudar a reduzir a demanda por novas matérias-primas. As empresas responsáveis têm como objetivo recuperar e reutilizar os produtos quando os clientes não precisam mais deles. Os modelos de serviço podem melhorar as experiências do cliente, ao mesmo tempo em que promovem a circularidade mediante a recuperação administrada pela empresa.

A colaboração: um multiplicador de forças para o impacto em escala
A circularidade é um esforço coletivo, e fabricantes, governos, fornecedores e outras partes envolvidas são cruciais. Ao ampliar as redes de trabalho com organizações não governamentais e instituições de pesquisa, as empresas podem manter seus esforços de circularidade em dia.

Imaginar o futuro
O conceito de economia circular apresenta a visão de um futuro mais regenerativo e sustentável. Se implementado da forma correta, com suprimentos e embalagens responsáveis e com materiais e produtos que sejam usados por mais tempo, pode injetar 4,5 trilhões de dólares na economia global até 2030.

A transição para a circularidade não é uma opção, e sim uma necessidade. Para que ela tenha sucesso, devemos urgentemente mudar de mentalidade, adotar práticas circulares e desenvolver as relações e os marcos de trabalho necessários. As empresas que abrirem esse caminho colherão as maiores recompensas.

O futuro é circular e depende das organizações de todo o mundo para acontecer, independentemente de elas estarem começando ou de já estarem nesse caminho, este é o momento de dar o passo seguinte.
ESG e consumo colaborativo: como construir um futuro mais sustentável


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