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13 anos de educação para profissional de Facility Management no Brasil

Fatima Sousa reflete sobre os 13 anos de FS EDUCA.

Por Mateus Murozaki

13 anos de educação em Facilities no Brasil

Há 13 anos, o reconhecimento da profissão de Facility Manager era pequeno. Havia, claro, pessoas responsáveis pelas operações dentro de suas empresas, mas eram poucos os que sabiam exatamente o que fazia um FM. Nesse contexto, seria uma grande aposta investir no mercado de educação para gestores de operação.

Apesar disso, foi exatamente o que fez Fátima Sousa, fundadora e CEO da FS EDUCA, que completou 13 anos em março. Há mais de uma década, a instituição desempenha um papel pivotal ao levar o mercado de Facilities Management para frente, formando profissionais diferenciados em cursos de diversas áreas e provendo mão de obra qualificada com certificados de grande reconhecimento.

Para celebrar a ocasião, tivemos uma conversa com Fátima para discutir o aniversário de 13 anos da FS, bem como a evolução da profissão ao longo do tempo. Leia abaixo:

De onde veio a ideia de investir no mercado de educação para Facility Manager há 13 anos?

Eu já tinha uma experiência muito grande nessa área, pois sempre treinava as minhas equipes. Na época em que eu era gestora de Facilities, não havia empresas que oferecessem treinamento. Naquela época, não se chamava nem gestão de Facilities, nem Facility Management, chamavam de “administração patrimonial”, “administração predial”, coisas nesse sentido.

Eu sempre gostei de compartilhar conhecimento. Um dia, uma amiga minha que fazia um trabalho voluntário com jovens carentes comentou comigo: “Fátima, você sempre diz que falta mão de obra qualificada, por que você não cria um curso para esses jovens carentes com quem eu faço um trabalho voluntário?”.

Aí eu falei para ela: “vamos fazer o seguinte, vamos criar um curso para os profissionais e a gente dá uma bolsa para esses jovens carentes que queiram entrar no mercado de gestão de Facilities”. Aí ela topou e iniciamos a empresa.

Começamos com um curso oferecendo o “Facility Management Operacional”, abordando temas essenciais para quem está entrando na área ou para quem nunca se atualizou. Durante esses 13 anos, fomos adequando a grade de acordo com as tendências de mercado.

Considerando o cenário na época, você diria que a criação da FS EDUCA foi uma aposta?

Sim. Eu era executiva de uma empresa na época e tentei conciliar as duas coisas durante seis meses. Comecei a fazer contato com a minha rede. Então eu falava “olha, gente, agora eu estou com curso aqui também”. Depois de um tempo, vi que não ia dar certo manter as duas coisas, ou eu me dedicava a uma ou me dedicava a outra para fazer muito bem feito.

E aí eu falei ”quer saber? Eu vou me dedicar a este sonho e seja o que Deus quiser”. Não havia empresa que tivesse curso formalizado, focado na área de Facility Management. Então eu acabei pedindo demissão da empresa com dois meses de antecedência. Eu avisei que estava saindo e acabei então dando mais foco para a estabilização da empresa.

Como foram os primeiros anos da empresa?

Muito difíceis e continuam sendo. Eu sempre falo para minha equipe que a gente tem que levantar as mãos para o céu e agradecer. Porque 13 anos de empresa na área de educação nesse país é muita coisa. A Infra sabe muito bem o que é isso, porque está comemorando 25 anos de empresa. No Brasil, ser empresário não é fácil. Precisa ter muita determinação e persistência.

Graças a Deus, a gente já tem um reconhecimento no mercado e são vários alunos que nos indicam, o nosso maior processo de indicação. Então, temos muitos clientes fiéis, clientes que começaram lá atrás fazendo curso conosco e sempre na hora de reciclar nos preferem. Temos tanto turmas regulares, que são para as pessoas físicas que vem fazer o curso, como a gente também oferece as soluções corporativas, in company.

Nós temos clientes que nos acompanham desde o início da empresa, justamente pelo trabalho bem feito que realizamos. E não sou eu sozinha, tenho toda uma equipe de back-office e um corpo docente de quase 30 profissionais, todos executivos reconhecidos no mercado, tanto aqui no Brasil quanto no exterior. Assim, conseguimos ministrar aulas em espanhol, inglês e francês, além de português. Temos alunos até em Moçambique e Portugal.

Acabamos até tendo alunos dos Estados Unidos, brasileiros que estão lá e querem voltar para o Brasil, então querem saber como podem se atualizar nessa área de Facility Management. Já temos um reconhecimento no mercado e isso ajuda. Mas no início, confesso que não foi fácil.

Ao longo desses 13 anos, quais foram os momentos em que você se sentiu mais orgulhosa da FS EDUCA?

É justamente nessas horas, quando vemos os alunos que foram promovidos, que estão com uma carreira de sucesso no mercado… No dia do aniversário, recebemos vários depoimentos legais de pessoas que fizeram nossos cursos e viram que suas vidas foram transformadas.

Saímos um pouco dessa esfera educacional. Graças à nossa pegada social, somos, por exemplo, mantenedores da Associação Pestalozzi de Osasco. Então, quando eles fazem festas lá e precisam de voluntários, vão alunos e professores. Também participamos do Mc Dia Feliz há cinco anos, apadrinhamos uma loja do McDonald’s aqui na Vital Brasil, então os alunos e professores também vão como voluntários.

Estas ações criam essa comunidade de uma forma que é para todos contribuírem para o bem e isso é o que é gratificante para nós, sabe? Levamos muitos tombos e às vezes você vê umas coisas e fala “nossa, dá vontade de desistir”, mas aí, vendo essas pessoas, esses depoimentos, a transformação que provocamos na vida delas, vemos que a nossa missão é seguir em frente.

Quais você considera como as maiores mudanças no mercado de FM nos últimos 13 anos?

Eu acredito que foi uma mudança tornando a posição muito mais estratégica, e graças a quê? Ao empenho da Léa, na Infra, da Abrafac e de nós aqui também.

Então, graças a algumas instituições que foram fortalecendo o mercado com conhecimento, com comunicação, divulgação da área, o que eu vejo é que foi uma transformação, porque antes o profissional de FM ficava realmente lá no subsolo, a área era considerada como só despesa.

Agora, não. Eu sempre digo aos alunos: “gente, vocês têm que pensar em como podem gerar receita, vocês contribuem para o negócio da empresa”. Muitas áreas de FM já estão ligadas ao CEO, ou ligadas a posições mais estratégicas, já fazem parte do negócio da empresa.

Imagine em um centro cirúrgico, em um hospital, se ocorre um pico de energia ali na hora de uma cirurgia? O que pode acontecer? É uma vida. Isto, às vezes, é uma responsabilidade do Facility Manager.

É isto que eu acho sensacional, porque antes se falava que a área de FM só gerava custo, mas, na verdade, não. É a área que cuida das instalações para que o negócio possa continuar.

Por fim, qual a sensação de completar 13 anos com a FS EDUCA?

Olha… passa muito rápido, sabe? Você percebe quando você fala “13 anos” quanto tempo passou, quanta água rolou e é uma sensação de realização pessoal mesmo, de falar “poxa vida, conseguimos, né?” De uma empresa que nasceu de um sonho, agora é referência no mundo.

Eu tinha uma carreira executiva muito bem consolidada no mercado, então eu já era reconhecida pelo meu trabalho. E depois eu resolvi empreender, justamente na área de educação. Hoje eu também sou reconhecida nessa área. Então é uma realização pessoal muito grande. E é como eu te falei, é gratificante ver o quanto a vinda dos alunos aqui para a comunidade FS EDUCA transforma suas vidas. Isto é incrível!

Fátima estará presente na 11ª Expo InfraFM juntamente com a equipe da FS EDUCA para expor novidades da instituição. Que tal se inscrever para conversar com esse pilar do mercado de FM no Brasil?

É gratuito e muito rápido, clique aqui e saiba mais!


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