Por Léa Lobo

A segurança perimetral tem se tornado uma prioridade crescente em um mundo onde a proteção de instalações sensíveis e áreas empresariais é crucial. Neste cenário, as soluções tecnológicas têm desempenhado um papel transformador, substituindo práticas tradicionais por abordagens mais modernas e eficientes. Um exemplo notável dessa revolução é o uso de drones para vigilância e monitoramento, conforme detalhado por Marcelo Musselli, diretor de operações na Aeroscan e especialista em segurança perimetral.

Com um foco 100% voltado para a segurança, a abordagem de Musselli se diferencia por não se limitar às técnicas convencionais. Sua empresa, que atua tanto em áreas públicas quanto privadas, utiliza drones para garantir a proteção de perímetros extensos e complexos. Essa tecnologia não apenas reforça a segurança, mas também otimiza os processos, reduzindo custos e riscos associados às práticas tradicionais.

Um dos projetos conduzidos por Musselli é um parque empresarial, localizado na marginal do Tietê. Neste parque empresarial, que abriga mais de 40 empresas, as rondas de segurança, antes realizadas por motocicletas, foram substituídas por drones. Esses equipamentos são integrados à central de monitoramento do cliente, onde operadores capacitados controlam as operações diárias de vigilância. Além de monitorar a área, os drones são equipados com alto-falantes que permitem a comunicação em tempo real e a emissão de alarmes sonoros, alertando sobre qualquer atividade suspeita.

A adoção dos drones trouxe uma otimização significativa de custos. Em comparação com os postos de vigilância tradicionais, que exigem a presença de várias pessoas em turnos de 24 horas, os drones operam com uma fração do custo e com maior eficácia. Mais importante ainda, eles removem o ser humano da linha de frente em situações de risco, como rondas noturnas em áreas potencialmente perigosas, onde já ocorreram confrontos.

Além das vantagens econômicas, a tecnologia dos drones também se destaca pela capacidade de prever incidentes antes que eles aconteçam. Musselli explica que a segurança não deve ser apenas reativa, mas também preventiva. Com os drones, é possível monitorar movimentos suspeitos a longa distância, permitindo que as equipes de segurança tomem medidas preventivas antes que uma ameaça se concretize.

Apesar de todas as vantagens, a operação de drones ainda enfrenta desafios, especialmente em ambientes urbanos com muitos obstáculos. Em prédios altos, por exemplo, a interferência de sinal pode ser um problema. No entanto, Musselli e sua equipe estão constantemente testando novas tecnologias para superar essas barreiras e expandir o uso dos drones, não apenas para segurança, mas também para inspeções e manutenção preventiva.

Para Musselli, a tecnologia não veio para substituir o ser humano, mas para complementá-lo. Em um contexto onde a mão de obra qualificada é escassa, os drones preenchem lacunas críticas, garantindo que as operações de segurança sejam mais eficientes e seguras. A missão, como ele destaca, é clara: proteger vidas, antecipar riscos e evitar tragédias antes que aconteçam.

Assim, a segurança perimetral entra em uma nova era, onde a inovação tecnológica se alia à expertise humana para criar soluções mais seguras e eficazes. Com a evolução contínua dessa tecnologia, o futuro da segurança promete ser cada vez mais robusto e integrado, proporcionando maior proteção para todos.