17ª SEBRASER aproxima fornecedores dos arquitetos

Evento ocorreu na 15ª Edição da Fesqua e contou com palestras e workshops impressionantes.

Por Léa Lobo

17ª SEBRASER aproxima fornecedores dos arquitetos

Footo: Divulgação

A 17ª edição do SEBRASER (Seminário Brasileiro de Serralheria) foi uma das atrações da 15ª Fesqua, que contou com palestras, workshops e debates sobre inovações, técnicas e tendências, o objetivo do seminário era de aproximar os profissionais da indústria vidreira de esquadrias e, ainda, criar uma conexão maior com os arquitetos. Para Alexandre Araujo, CEO do Canal do Serralheiro e coordenador técnico do SEBRASER, foi fundamental que os profissionais da área aproveitassem o espaço para se manterem com uma visão ampliada e estratégica sobre os desafios e oportunidades do segmento.

Acompanhe algumas destas palestras:

Audrey Dias aborda desafios e soluções em fachadas de vidro 

17ª SEBRASER aproxima fornecedores dos arquitetos

Foto: Divulgação

Audrey Dias, renomada arquiteta com MBA em Gestão de Negócios e diretora da Aluparts, destacou os desafios e as inovações no mercado de fachadas de vidro e alumínio, durante sua palestra no evento promovido pela Sebraser. Com mais de 34 anos de experiência à frente de uma empresa focada na recuperação e manutenção de fachadas, Audrey compartilhou sua vasta expertise no uso de materiais como selantes de silicone e as melhores práticas para garantir a durabilidade e o desempenho das construções.

Audrey iniciou sua apresentação questionando o público sobre o tempo de vida de um edifício: "Quantos anos uma construção é feita para durar? Cem, duzentos anos? Então, por que não tratamos os materiais com a devida importância?". A arquiteta ressaltou que, embora o alumínio, o vidro e o aço sejam materiais reconhecidamente duráveis, muitas construções sofrem com infiltrações e problemas de estanqueidade devido à má aplicação dos selantes – fundamentais para a vedação contra ar e água.

"Os selantes de silicone são parte essencial do desempenho de uma fachada", afirmou. Segundo Audrey, as falhas na aplicação ou a escolha inadequada dos materiais costumam ser os principais motivos de patologias nas edificações. Ela também trouxe exemplos práticos de obras, como o prédio da Procuradoria Geral da República em Brasília, onde sua empresa foi responsável pela recuperação da fachada.

Um dos pontos altos da palestra foi a discussão sobre os selantes de silicone. Audrey explicou que a durabilidade e o desempenho de uma fachada dependem tanto da escolha do selante quanto da correta aplicação do produto. "Não adianta escolher o melhor material se ele não for instalado corretamente", pontuou. Ela detalhou as falhas mais comuns, como a adesiva e a coesiva, que ocorrem por falta de profundidade ou proporção inadequada entre largura e espessura da junta.

Em sua fala, Audrey destacou a importância de seguir as boas práticas descritas nos manuais dos fabricantes. "Infelizmente, nas nossas inspeções técnicas, é comum encontrar aplicações malfeitas que comprometem a estanqueidade e a segurança do edifício", disse.

O evento também marcou o lançamento oficial do selante 991 da Dow, uma nova solução desenvolvida para reduzir a sujidade e manchas das fachadas de vidro e alumínio. Audrey, que representa a Dow, explicou que este novo selante foi projetado para evitar o acúmulo de sujeira, um problema estético frequente em fachadas expostas à poluição urbana.

"O selante 991 traz uma evolução significativa, unindo durabilidade e preocupação estética, sem comprometer a performance do material", afirmou. Audrey apresentou exemplos de obras onde o selante foi testado, destacando sua alta resistência e capacidade de manter a fachada limpa por mais tempo.

Encerrando sua apresentação, Audrey enfatizou a importância de suspender atividades de vedação durante condições climáticas desfavoráveis, como em dias chuvosos, para garantir a qualidade do serviço. "Vedação malfeita é prejuízo garantido", alertou, reforçando a necessidade de uma aplicação cuidadosa e dentro das normas técnicas.

Estratégias de precificação e gestão de custos no mercado competitivo

17ª SEBRASER aproxima fornecedores dos arquitetos

Cláudio Mansur, especialista em gestão financeira e estratégias empresariais, abordou a importância da precificação correta e a gestão de custos para garantir a sobrevivência e o crescimento de empresas, especialmente em setores altamente competitivos como a serralheria e construção civil. A palestra trouxe uma visão prática sobre como empresários devem ajustar suas estratégias para alcançar margens sustentáveis e otimizar os resultados.

Mansur abriu sua palestra destacando um dos principais motivos de falência das empresas: a precificação inadequada. "Vender com margem incompatível com sua capacidade de custo ou volume de venda é um erro fatal", afirmou. Ele explicou que muitas empresas acabam entrando em uma "guerra de preços" para atrair clientes, mas não avaliam corretamente se os preços cobrados cobrem os custos e geram lucro suficiente. "Se você vende muito, mas não gera lucro, está apenas se aproximando da falência mais rapidamente", alertou.

Ele enfatizou que, antes de determinar o preço de venda, é fundamental que os empresários conheçam profundamente seus custos fixos e variáveis. "Você precisa entender cada detalhe dos seus custos: impostos, comissões, matéria-prima, despesas operacionais. Tudo isso precisa ser considerado antes de definir o preço final."

Ao abordar os custos variáveis, Mansur destacou que eles podem mudar de acordo com o volume de produção ou venda. "Se você gasta mais em materiais ou mão de obra conforme aumenta a produção, precisa considerar isso na hora de precificar. Não adianta vender mais se seus custos variáveis também aumentarem sem controle", disse.

Ele também mencionou a importância de estar atento aos custos fixos, como aluguel, salários e despesas administrativas, que não mudam com o aumento da produção, mas precisam ser cobertos pelas vendas. "Os custos fixos podem se tornar uma armadilha se não forem bem gerenciados. Você precisa ter um controle rígido sobre eles e garantir que suas vendas os cubram."

Um ponto crucial discutido por Mansur foi o risco de vender produtos ou serviços com margens muito baixas. Ele citou exemplos de empresários que, para competir no mercado, reduzem drasticamente suas margens de lucro. "Vender com uma margem muito pequena é um caminho perigoso. Você pode até atrair mais clientes no curto prazo, mas, no longo prazo, isso pode destruir sua capacidade de reinvestir no negócio e de manter a qualidade", explicou.

Mansur ainda destacou que margens reduzidas comprometem a capacidade da empresa de lidar com imprevistos. "Se você trabalha com uma margem muito pequena, qualquer aumento nos custos de matéria-prima, transporte ou mão de obra pode desequilibrar seu negócio", afirmou.

Mansur enfatizou a importância de conhecer o real valor do produto ou serviço oferecido. "Se você não conhece o valor que oferece ao mercado, dificilmente conseguirá definir um preço justo", disse. Ele ressaltou que a qualidade do serviço, o atendimento diferenciado e a expertise técnica devem ser considerados na precificação. "Não tenha medo de cobrar o preço que seu serviço vale. Se você entrega qualidade e tem uma boa reputação, o cliente vai pagar por isso."

Ele também lembrou que, em muitos casos, a tentativa de competir apenas pelo preço acaba desvalorizando o serviço prestado. "Quando você só compete por preço, acaba desconsiderando outros fatores importantes, como a fidelização de clientes e o valor agregado que sua empresa oferece."

Cláudio Mansur encerrou sua palestra falando sobre a importância do planejamento estratégico e da preparação para enfrentar tempos de crise. "As empresas precisam estar preparadas para cenários pessimistas, realistas e otimistas. Não basta ser otimista. Você precisa ter planos para todos os cenários possíveis", disse. Ele aconselhou os empresários a sempre terem um "colchão financeiro" para lidar com imprevistos e a nunca subestimar o impacto de crises econômicas no negócio. "Você precisa ter uma visão clara de suas finanças e sempre estar um passo à frente. Planejamento é a chave para o sucesso."

A eficiência energética e estética dos sistemas de brises

17ª SEBRASER aproxima fornecedores dos arquitetos

Txai Oliveira apresentou uma palestra técnica e esclarecedora sobre os diferentes tipos de brises e sua aplicação na arquitetura moderna, destacando como esses sistemas contribuem para a eficiência energética, proteção das edificações e também para a estética dos projetos.

Oliveira iniciou a apresentação explicando as três principais categorias de brises: fixos, móveis e os sistemas metálicos. Ele destacou que cada tipo de brise possui características específicas que atendem a diferentes demandas de projetos arquitetônicos.

Os brises fixos são painéis instalados de forma permanente, sem movimentação, mas que oferecem proteção eficaz contra a radiação solar direta, diminuindo o ganho de calor dentro das edificações. Já os brises móveis têm a vantagem de poderem ser ajustados manual ou eletronicamente, conforme as necessidades climáticas ou de iluminação do ambiente. Eles são ideais para grandes fachadas onde há maior variação de exposição ao sol. "A motorização permite otimizar o uso dos brises móveis, garantindo que grandes fachadas sejam geridas de forma eficaz e automática", afirmou Txai.

Por fim, o brise metálico se diferencia por seu aspecto robusto e flexível, podendo ser personalizado com furos e perfurações que permitem a passagem de luz, sem comprometer a proteção térmica e a ventilação. "Além disso, os brises metálicos podem ser utilizados como um elemento arquitetônico expressivo, sendo possível a personalização com imagens através das perfurações, o que agrega um valor estético diferenciado aos projetos", explicou o palestrante.

Um dos principais benefícios destacados é a contribuição dos brises para a eficiência energética das edificações. "Ao proteger a fachada do prédio da incidência direta de raios solares, os brises ajudam a reduzir o ganho de calor interno, o que diminui a necessidade de uso de ar-condicionado, resultando em uma economia significativa de energia", ressaltou o palestrante.

Além disso, a proteção contra agentes climáticos, como vento e chuva, prolonga a vida útil das fachadas e minimiza a necessidade de manutenções corretivas. "A durabilidade dos materiais e a facilidade de manutenção também fazem do brise uma opção vantajosa. Ele requer pouca manutenção e é fácil de limpar, o que reduz os custos operacionais a longo prazo", complementou.

Outro ponto de destaque foi o impacto visual que os brises oferecem às construções. "Os brises não são apenas funcionais; eles também são elementos arquitetônicos importantes, que conferem personalidade e modernidade às edificações", explicou Txai. Ele destacou que, nos últimos anos, os brises passaram a ser valorizados não apenas por sua funcionalidade, mas também por sua capacidade de compor a estética dos projetos arquitetônicos.

Oliveira detalhou o processo de instalação dos brises, enfatizando que o sucesso desse procedimento está diretamente ligado ao cuidado com a estrutura de suporte. "A estrutura que sustenta o brise deve ser perfeitamente alinhada e nivelada. Qualquer desvio pode comprometer a funcionalidade e a aparência do sistema", alertou.

Ele também destacou que os brises metálicos possuem uma vantagem estrutural por serem leves e não exigirem grandes suportes, o que facilita a instalação e reduz os custos. "Outro ponto a favor é o uso de materiais de alta durabilidade, como o alumínio e o aço, que garantem que os brises resistam bem ao tempo e às variações climáticas", disse.

Txai mencionou ainda a importância de escolher adequadamente os elementos de fixação, como parafusos e suportes. "Embora muitas vezes negligenciados, os parafusos e sistemas de fixação desempenham um papel crucial na durabilidade e segurança dos brises", afirmou.

Oliveira também aproveitou para falar sobre as vantagens de utilizar os produtos da Sumetais, empresa especializada em soluções metálicas para construção. "A Sulmetais oferece um suporte técnico especializado para projetistas e instaladores, facilitando o processo de especificação e garantindo que os materiais sejam entregues sob medida, com qualidade e dentro dos padrões exigidos", afirmou.

Ele destacou que a empresa possui um setor de projetos dedicado, o que facilita a comunicação entre os diferentes profissionais envolvidos na obra, como arquitetos, construtores e instaladores. "Isso assegura que todos os detalhes sejam considerados desde o início, evitando retrabalhos e garantindo um resultado final de alta qualidade", disse.

Ao concluir sua palestra, Txai Oliveira ressaltou que os brises representam uma solução completa para quem busca eficiência energética, estética e funcionalidade em seus projetos. "Seja para proteger contra o sol, reduzir o uso de ar-condicionado ou simplesmente agregar valor estético ao projeto, os brises são uma excelente escolha", disse.

Ele ainda incentivou os presentes a conhecerem os produtos da Sumetais, que estavam em exposição no evento, e a tirarem suas dúvidas com os especialistas da empresa. "O mercado de brises está em constante crescimento, e quem domina essa tecnologia certamente terá uma vantagem competitiva significativa", finalizou.


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