11ª Expo InfraFM
 

Fórum Internacional de Facility Management contou com a presença de palestrantes

Promovendo total sinergia entre a indústria de limpeza profissional, por ser uma das áreas que integram o setor, o Fórum Internacional de Facility Management, realizado simultaneamente à Feira Higiexpo 2022, aconteceu nos dias 09 a 11 de agosto, contando com a presença de palestrantes das Américas, da Europa, da África e da Oceania. Realizado pela Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional (Abralimp), o fórum teve como objetivo promover conhecimento qualificado, abrir espaço para networking com profissionais do Brasil.

Segundo Ricardo Nogueira, presidente da Abralimp, “Os profissionais de Facility Management possuem um papel cada vez mais estratégico, valorizado e reconhecido dentro das organizações, levando economia para os processos empresariais e agregando valor ao core business. Nos últimos anos, foram essenciais para levar processos eficazes de higiene e limpeza com empresas especializadas para dentro das organizações, sempre prezando pela saúde e bem-estar. Temos orgulho de poder proporcionar neste fórum um ambiente amigável, onde clientes e fornecedores se unem para discutir as melhores soluções, tendências e desafios para o setor”.

Com cerimônia de abertura realizada por Ricardo Crepaldi, professor Dr. Moacyr Eduardo Alves da Graça, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI/USP), ambos curadores e moderadores do Fórum Internacional, e por Nathalia Tiemi Ueno, vice-presidente executiva da Abralimp, “o Fórum Internacional foi uma oportunidade de receber um conteúdo como jamais houve no Brasil”, afirmou Graça, em que “o grande ponto foi trazer profissionais internacionais para demonstrar a importância do International Facility Management Association (IFMA) dentro do board das Américas, e a sua força no Brasil”, completou.

Para dar início às palestras Paul Doherty, fundador e CEO do The Digit Group, Inc., uma empresa líder em design, construção, operação e soluções de Smart Cities, com sede em Memphis, Tennessee, nos Estados Unidos, falou sobre Facility Management, Cidades Inteligentes e América do Sul: Armadilhas, Oportunidades e um Caminho a Seguir. 

“A nossa empresa trabalha com megatendências utilizando o BIM. Através do Revit, software BIM de arquitetura, urbanismo, engenharia e design. Iniciamos há mais de 20 anos uma grande mudança no mundo e no modo de trabalhar. Mas quando se trata da gestão de processos, gestão de ativos, modelagem de dados, é o pessoal de FM que que vai gerenciar tudo isso.

E para onde nós vamos quando o universo digital e o físico se fundem? O grande problema que enfrentamos globalmente é a falta de mão de obra.

Existem problemas que poderiam ser resolvidos ainda na fase do projeto e no metaverso. O real status digital vai ser mais importante do que o próprio prédio em si.

Acreditamos que não vamos mais trabalhar com imóveis estáticos. A ideia é que o FM do futuro trabalhe com cinética digital, onde o edifício e o digital se conectam, pois segundo a metáfora do metaverso, é como se o mundo real se transformasse em um mundo 3D, para que os prédios sejam todos conectados. Desta forma, o prédio nunca fecha, passa a funcionar 24h, e ao invés de você se deslocar para ir à uma consulta médica em um hospital, o hospital vem até você.

Mas, ao redesenharmos as nossas cidades, é preciso levar em consideração qual a necessidade da região, que pode ser transporte ou educação, e quais as soluções disponíveis. É preciso entender o que fazer com os dados ao invés de comprar a tecnologia mais avançada do momento. É preciso criar uma escala de necessidades para ter uma consciência social desde o início do projeto”, conclui o especialista.

Dando continuidade ao Fórum, Collins Osayamwen, presidente da Association of Facilities Management Practitioners da Nigéria, embaixador da EuroFM no país africano e sócio-gerente/consultor sênior da SheltercareFM Consult compartilhou sobre O desenvolvimento do FM na África.

“Muitas pessoas têm percepções diferentes da África, mas nós também temos instalações fantásticas, como Akoncity, que é um projeto de uma cidade futurista que está sendo construída no Senegal. 

Porém, nós da área de FM ficamos presos em uma era operacional, que se o equipamento quebrou, a gente conserta. E a tecnologia chegou para influenciar completamente como nós gerenciamos as nossas instalações.

Nós começamos a ser reconhecidos pelo governo, que começou a prestar atenção na importância e no papel do FM. A maior parte das construções antigas estavam sendo deixadas degradar, pois não havia plano de manutenção preventivo e os prédios eram abandonados.

Mas aos poucos as pessoas passaram a notar a diferença das propriedades que nós gerenciamos, possibilitando uma mudança na abordagem de manutenção tradicional para o FM estratégico.

Além disso, a colaboração crescente entre os players globais de FM ocidentais e as empresas locais de FM, trouxe soluções globais com entrega local. A presença de associações internacionais, como o IFMA, também contribuiu muito para o crescimento do FM na África. 

Outro fator que influencia o crescimento é a construção de projetos de megacidades em todo o continente com estruturas e edifícios complexos, como Eko Atlantic, por exemplo. Projeto de uma cidade inteligente feito em parceria com a Nigéria, está sendo desenvolvido por financiamento particular para conter as piores tempestades e o avanço dos mares dos próximos mil anos.

Ao questionarmos se estamos preparados para gerenciar esse desafio gigantesco? Se o nosso conhecimento atual nos preparou para esse futuro? Entendemos que o nosso futuro não será nos próximos 20 anos, mas que ele acontece hoje. Que apesar de uma adoção lenta das novas tecnologias, estamos desenvolvendo conhecimentos e competências especiais para manter os empreendimentos em bom estado.”

Michel Theriault, diretor da FM Insight Consulting Ltd, coordenador Acadêmico do Programa de Certificado de Facility & Property Management da Ryerson University em Toronto, no Canadá, e vencedor do prêmio “IFMA Distinguished Author” pelo livro “Managing Facilities & Real Estate”, falou sobre O futuro do Facilities – Você está pronto?

Michel questiona, “Por que o futuro de FM é tão importante? A tarefa é gerenciar o que as empresas nos dão versus o que temos para fazer. Porém, estamos combatendo incêndios, se o profissional de FM não tirar um tempo para planejar, ele jamais vai sair desta esteira e jamais vai deixar de combater incêndios. 

Nós somos o segundo maior custo em qualquer organização e apoiamos o ativo número, que são as pessoas que estão na empresa. Nós precisamos garantir que essas pessoas tenham sucesso na organização. Porém, elas não sabem da importância do FM, elas só veem o custo. Então nós temos que mudar o nosso jeito de trabalhar para que as pessoas saibam que nós somos estratégicos e que adicionamos valor as organizações.

É preciso conectar as estratégias empresariais com as estratégias de FM. Mas não dá para fazer um trabalho profissional sem dinheiro. Nós precisamos de recursos, de talentos, de pessoas em FM, então precisamos que os executivos nos ouçam.

E como construir um futuro sustentável? É preciso que a gestão de FM continue crescendo para que nós possamos fazer um trabalho melhor para as empresas com a rapidez que ela precisa.

O Futuro do FM depende da reinvenção do negócio administrado pelo Facility Manager para a gestão dos seus negócios, finanças, estratégia, comunicação, liderança e até mesmo habilidades políticas corporativas. É preciso olhar para o futuro, levantar todas as informações, aprender a fazer apresentações atraentes e escrever relatórios que tenham a capacidade de influenciar as pessoas. Além disso, o FM precisa desenvolver negócios eficazes que sejam capazes de entender o seu público, falar a língua deles, demonstrar custos como ciclo de vida, e não ficar apenas nos bastidores. 

É preciso fazer as coisas de maneira diferente para obter resultados melhores, essa é a principal mensagem que deixo para vocês”, conclui o palestrante.

Duncan Waddell, diretor na FM Intelligence Pty Ltd e presidente do ISO Technical Committee 267 – Facility Management compartilhou sobre A base para a estabilidade do negócio, direção clara e sucesso em um mundo desafiador para FM – norma ISO 41000.

Segundo o palestrante, “A ISO 41000 para padrões internacionais de FM foi desenvolvida pelo comitê técnico ISO/TC 267 para que o profissional de FM e a sua equipe consigam desenvolver o melhor trabalho, e proporcionar a melhor experiência de moradia, de trabalho, entre outros, para o usuário.

O meu trabalho com os meus clientes em todo o mundo é ajudá-los a entender o que eles querem e a trabalhar com a experiência do ser humano em um prédio. Para isso, precisamos olhar os dados e analisar o que está acontecendo, para assim, influenciar o resultado. 

Não existe um arcabouço pronto para dar suporte ao gerente de FM. Mas nós devemos fazer antecipadamente ou deixar quebrar? O que observamos é que o FM, em média, não está qualificado adequadamente, por isso, existem questões que precisam ser bem estruturadas. 

A área de compras e logística, por exemplo, são muito importantes hoje em dia. Com a escassez de semicondutores no mundo todo, isso ocasiona um problema na fabricação de fechadura de portas na Austrália. Agora também temos problemas sérios de logística. Por isso, devemos pensar como oferecer suporte para o gerenciamento de FM, e esses são alguns pontos levantados pelo comitê ISO/TC 267.

Existem 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU que queremos alcançar até 2030. Nós, como comitê, participamos em 10 normas que dão suporte aos padrões de sustentabilidade. 

Além disso, quanto vale o mercado de FM no mundo? Nós estamos falando de $1.7 trilhões USD em um total de 7.8 bilhões de pessoas no mundo. Nós somos responsáveis por ajudar as pessoas do mundo todo, com uma força de trabalho em FM de 624 milhões em todo o mundo.

Com a implementação da ISO, significa que o FM pode trabalhar em diversos empreendimentos, pois a norma permite o profissional levar o seu trabalho para onde ele quiser. O desafio para a prática de FM, neste caso, é manter uma consistência com base numa referência global. Para isso, temos guias de melhores práticas, diplomas de FM, bacharelados, entre outros. Inclusive, a série ISO 41000 ajuda a explicar aos outros o que o FM faz, e porque ele o faz.

Nós não fazemos certificação de prédio, nos certificamos a gerência de FM, e a norma não fala a respeito de um prédio certificado, mas como vocês operam essas organizações. Ela está muito clara sobre o que o profissional precisa demonstrar para ser certificado”.

Por sua vez, Brian Atkin, membro do Grupo de Estratégia de FM e Comitê Técnico da British Standards Institution, integrante do ISO Technical Committee on FM, comentou durante a sua apresentação sobre a Estratégia de Facility Management.

“O FM estratégico dá suporte e apoio para a organização e para o operador de uma instalação, segundo as estratégias de negócios. Mas não é possível fazer isso sem entender os objetivos

da empresa.

Para promover o bem-estar, é preciso ter a certeza que as instalações são seguras em um nível estratégico de curto, médio e longo prazo, e que elas não deixem os usuários doentes. A norma brasileira da ABNT NBR ISO 41014 – Facility Management, publicada em outubro de 2021, retrata a nossa intenção de transformar as normas internacionais em normas nacionais.

E onde a estratégia se encaixa nisso tudo? Ela vem para alinhar o gerenciamento das instalações com a política da empresa, estabelecendo uma abordagem geral para o gerenciamento das instalações, incluindo requisitos dos usuários, definições de serviços, opções de entrega de serviços, manutenção de ativos físicos e gerenciamento de desempenho.

Existem três níveis de gerenciamento. O nível operacional, o tático, e o estratégico. A ideia, com a estratégia de FM, é que a gestão e a operação cheguem à alta gerência, oferecendo a eles um planejamento estratégico que eles precisam ouvir, e não apenas o que eles querem ouvir.

O pessoal de FM precisa ter uma mentalidade de negócios. Precisa sair do escritório, sair da base, e ir até o topo, com a capacidade de defender a sua estratégia. É preciso verificar o que foi feito, e em seguida, indicar onde a melhoria pode ser necessária. 

O FM deve ser capaz de entender quais são os ativos da empresa, o que está sendo utilizado, subutilizado ou inutilizado, quais são as restrições do negócio, que podem se manifestar de várias formas, como limitações de espaços; em qual o modelo de negócio a organização está trabalhando, quais as ameaças e oportunidades. 

E por fim, indicar como o sucesso pode ser medido através dos medidores e KPI´s, e como a estrutura da organização vai mudar no futuro”, completou especialista.

Com o tema, Melhorando sua política de Facility Management com a ISO, Helgard Pienaar, que atua como Solutions Engineer e Business Development da Pragma Global, apresentou uma pesquisa de campo e questionou “A organização de FM entende as necessidades e objetivos da sua organização demandante claramente? Se eles não entendem o que eles querem, temos uma enorme oportunidade de melhoria nesse processo, e é exatamente nisso que precisamos mudar. Precisamos ter certeza de que os nossos clientes nos enxergam como parte importante para alcançar os objetivos do negócio.

A política da empresa tem a ver com o que você representa. Ela não pode ser um documento guardado dentro de uma gaveta.

Para organização demandante atrair os melhores talentos, é preciso oferecer o melhor ambiente que proporcione bem-estar, com tecnologia ponta, um ambiente produtivo, que otimize a utilização do espaço com o sistema de gerenciamento de espaço.

Alinhado com a estratégia, é preciso certificar-se de que a política e a estratégia do FM se apoiam mutuamente para manter a instalação segura e saudável a todos os usuários, promovendo uma abordagem de trabalho proativa. Para isso, é fundamental entender quais as necessidades da organização para desenvolver as estratégias, definir os pilares para depois implementá-los. 

Dentre os benefícios do desenvolvimento da política de FM, destacou estabelecer objetivos de FM; o apoio à gestão de risco; o compromisso com a melhoria contínua do sistema FM; comprometimento da alta direção para a operação do sistema de FM;  probabilidade reduzida de uma desconexão entre a estratégia de FM e os requisitos operacionais de FM; maior eficiência na prestação de serviços do FM em geral e na prestação de serviços de instalações em particular; compromisso com a proteção de pessoas, propriedades e meio ambiente; e o  fortalecimento das políticas relacionadas à organização demandante”. 

E complementou “você pode se auto certificar ou fazer através dos selos. Mas a ISO 41014 dá total suporte ao FM para alcançar os objetivos da organização”.

Sarel Lavy, Professor no Departamento de Ciências da Construção na Universidade A&M do Texas, é PhD em Engenharia Civil e Ambiental pelo Instituto Israelense de Tecnologia (Technion) trouxe para o debate o tema, Status do FM nos USA.

Abordando a atuação do FM em diversos tipos de empreendimentos, Sarel comentou, por exemplo, que “Na área da saúde, os EUA possuem hospitais privados e alguns sistemas pequenos de saúde pública. No geral, são gastos 12 mil dólares em saúde por pessoa por ano no país. Em termos de características de trabalho do FM nesse setor, existem normas específicas que devem ser cumpridas para que, por exemplo, a família do paciente saiba que ele será bem atendido, que a temperatura do local vai estar boa, que os serviços de limpeza serão priorizados, e que não vai haver contaminação cruzada.

Já na gestão de prédios dedicados à educação, é estimado que existam 55 milhões de estudantes no nível primário e secundário, mais de 20 milhões nas universidades e uma média de 10 milhões entre funcionários e corpo docente. Desta forma, os prédios com idade aproximada de 44 anos, são usados o ano inteiro por mais de 90 milhões de pessoas. Eles são prédios velhos que precisam ser modernizados.

Para o FM, uma das principais preocupação no país é garantir a segurança dos usuários. Desta forma, diversos procedimentos de segurança são implementados para identificar quem está entrando nesses prédios e o que essas pessoas vão fazer lá.

Por sua vez, no segmento de hotéis, quando o usuário não está contente com os serviços e as amenidades, ele não volta. Nos EUA, os hotéis fazem muita campanha para que o hóspede perceba que está em um hotel sustentável, oferecendo diversos benefícios, por exemplo, se ele não colocar as tolhas para lavar em dois dias seguidos, pode ganhar o café da manhã gratuito. Essa é uma forma do FM tentar despertar o interesse do usuário para a área.

O FM existe para garantir e assegurar de que as pessoas que trabalham, moram, estudam ou visitam as suas instalações tenham as suas necessidades atendidas. Na geração do FM de hoje, as pessoas ainda caem por engano na área. Mas estão surgindo programas acadêmicos em que as pessoas podem ir para a faculdade para estudar como ser um gerente de FM. 

Por fim, cinco fatores importantes para a gestão de FM, são: a tecnologia que continua crescendo. Isso tem a ver com o impacto que ela tem e terá ainda no futuro. Em segundo lugar, a sustentabilidade e as mudanças causadas no meio ambiente; em terceiro, garantir que seja possível projetar e construir prédios verdes que se mantenham sustentáveis. Em quarto, os riscos que nós vamos projetar para o futuro; e por fim, investimento em educação”

Ted Ritter, diretor da LMI360, presidente global da Comunidade de Tecnologia IFMA e coautor do “The Facility Manager’s Guide to Information Technology”, falou sobre Tecnologia & FM.

Ao questionar sobre como as pessoas estão usando a tecnologia no mercado de trabalho e como elas dão suporte ao mercado imobiliário em FM, Ted afirmou, “A tecnologia tem mudado a cada 90 dias. Acontece que as pessoas tendem a ser conservadoras e não estão preparadas para usá-la. A maior parte da tecnologia, inclusive, é voltada para a comunidade de IoT. 

Para implementar as novas tecnologias, é preciso desenvolver um Business Case eficaz e analisar quais as tecnologias estão disponíveis no momento para apoiar o FM e qual a necessidade de uma nova tecnologia no longo prazo. 

Além disso, ao trazer a automação de melhores práticas, quem será impactado? Qual o real custo para fazer isso? Qual o tempo de implementação do projeto? Será preciso um provedor de tecnologia? Será preciso um parceiro na parte de operação? Qual a expectativa de vida desse software? Esse provedor ainda vai estar no mercado daqui a cinco anos? Quanto tempo vai levar para eu recuperar o investimento?

Responder essas e outras questões vai sinalizar como a tecnologia vai impactar o negócio de maneira coletiva. E essa é a única forma de fazer a tecnologia chegar aos usuários”, conclui. 

O especialista também informou, “Nós temos um guia de FM em Tecnologia da Informação (The Facility Manager´s Guide to Information Technology Series), com informações específicas em termos de boas práticas. Mas percebemos que não tínhamos um guia para a comunidade audiovisual. Por isso, escrevemos o Facility Manager´s Guide to Audio Visual Technology, que será lançado no IFMA World Workplace, em setembro deste ano”.

No encerramento das palestras, Suvi Nenonen, desenvolvedora de Workplace, tanto na prática quanto na pesquisa, especialista sênior em Working and Learning Environments na Universidade de Helsinque, compartilhou o tema Trabalho, hora e local – Nova imagem do escritório, e falou sobre o trabalho remoto na Finlândia.

“Antes da pandemia em 2019, apenas 14,1% dos finlandeses trabalhavam remotamente, sendo que durante a pandemia em 2020, esse número aumentou para um em cada quatro trabalhadores remotamente, e agora, em 2022, 25% dos funcionários finlandeses trabalham regularmente ou ocasionalmente de casa.

Em estudos realizados sobre ambiente de trabalho produtivo, identificamos que existe o lugar físico, o social e o digital. O espaço social, por exemplo, não é uma cafeteria, mas o que está acontecendo entre as pessoas durante a interação delas. Já o digital, como o metaverso e o realidade virtual aumentada, é parte do desenvolvimento do lugar de trabalho. Vale constar que o ambiente de trabalho físico, o social e o digital em diferentes culturas, têm diferentes formas de se organizar. 

Quanto as fases de transição do ambiente de trabalho fixo, para o flexível, até o modelo de trabalho híbrido, notamos que as preocupações das equipes estão relacionadas ao tempo de trabalho e a organização do escritório. 

Para uma melhor gestão do FM, o ambiente de trabalho flexível deve ser implementado segundo os vários tipos de perfis de usuários. Uma amostra identificou os seguintes perfis: Trabalhando em casa; aqui e ali, em casa, na casa de campo, na estrada; participando ocasionalmente de eventos da comunidade; no campus quando necessário; semanalmente no campus em horários flexíveis; no campus de acordo com o horário planejado, por exemplo, uma semana no campus, outra semana em casa; Novo membro da organização; trabalhando principalmente no campus.

Acontece que existem muitos tipos de trabalho em casa e talvez existam várias pessoas trabalhando na mesma casa, por isso, nesses vários perfis que trabalham tanto em espaços fixos como em flexíveis, é importante ter uma boa estrutura e que ela seja segura.

Além disso, nos escritórios, é preciso entender qual o tipo de fluxo das pessoas que trabalham ali. Nos escritórios do tipo grid, o modelo beneficia mais facilmente os encontros não planejados e uma maior capacidade de inovação, enquanto organizações em escritórios projetados com loops podem ter menos encontros não planejados.

Em todo modo, quando e se as organizações retornarem aos seus escritórios físicos, é importante avaliar o grau da estrutura de rede espacial dos locais de trabalho que reúne as pessoas de maneiras não planejadas”, conclui Suvi.


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