Por Léa Lobo
As marcas da Kimberly-Clark - Huggies, Intimus e Plenitud são algumas delas - estão entre as mais conhecidas do mundo. Com um amplo portfólio de produtos essenciais para o dia a dia, a empresa desempenha um papel relevante ao realizar seu propósito de “um melhor cuidado para um mundo melhor”, impactando positivamente milhões de pessoas ao redor do globo.
Para que isso aconteça, a companhia vê como estratégica sua cultura organizacional, que valoriza o desenvolvimento profissional dos colaboradores e favorece um ambiente de trabalho onde todos se sintam incluídos e inspirados a dar o seu melhor. Dessa forma, os líderes de todas as áreas têm um papel fundamental na realização dos planos estratégicos de crescimento da companhia. Entre eles, está Marcelo Girardi, diretor de Facility Management, responsável pelo funcionamento essencial de muitas instalações da Kimberly-Clark.
Marcelo ingressou na companhia em 2018 com a missão de criar e liderar a área de Facility Management na América Latina. O desafio era claro: atuando em diferentes segmentos de mercado e com operações em vários países, a empresa necessitava de uma abordagem centralizada e estratégica para gerenciar suas instalações.
"Em 2019 e 2020, mesmo durante a pandemia, implementamos com sucesso a área de Facility Management para atender não só o Brasil, mas também outros países da América Latina, como Peru, Chile, Argentina, Colômbia, Costa Rica, entre outros”, afirma Marcelo.
Com mais de 25 anos de experiência em gestão de Compras e Facility Management e atuação em empresas de renome, como Ericsson, Atlas Copco e CBRE, Marcelo conhece bem as complexidades envolvidas na gestão de instalações industriais, em comparação aos ambientes corporativos tradicionais. "A gestão de Facilities em uma fábrica é muito diferente, em várias dimensões, de um ambiente de escritório. Há diversos sistemas críticos para a operação e existe um cuidado muito maior com questões de saúde e segurança. Qualquer eventual falha, por menor que seja, pode impactar diretamente na produção. Um problema em um transformador, no transporte dos colaboradores ou mesmo com a alimentação pode parar uma operação fabril", pontua.
Ser um gestor de Facilities Management com atuação global é uma tarefa realmente desafiadora. Marcelo lida diariamente com uma série de desafios únicos, incluindo: diversidade cultural, regulamentações locais, barreiras linguísticas, logística e cadeia de suprimentos, gestão remota de equipes, riscos geopolíticos e instabilidade econômica, custos e orçamentos, tecnologia e sistemas de informação, conformidade com padrões de qualidade e sustentabilidade, além de organizar sua agenda para atender demandas em diferentes fusos horários.
Ademais dos aspectos técnicos, Marcelo destaca a importância do gerenciamento de mudanças e do entendimento das necessidades locais ao selecionar fornecedores e parceiros de gestão. Mesmo sendo uma companhia global, a Kimberly-Clark busca entender as particularidades de cada mercado e em alguns casos, opta por contratar gerenciadores regionais, considerando aspectos culturais que favorecem o trabalho e os resultados. “Hoje, na América Latina, contamos com 12 fábricas e temos uma mescla entre um contrato regional e alguns contratos locais. Já na Ásia, são 13 plantas, e lá, além de fornecedores locais, contamos também com gerenciadores globais de instalações em alguns países”, exemplifica.
“Nosso escopo de Facilities engloba soft services, como limpeza, jardinagem, restaurante e transporte de funcionários, mas também somos responsáveis, em alguns casos, pela manutenção das unidades, cuja complexidade difere de acordo com as particularidades de cada operação. Nesse aspecto estão inclusos manutenção predial, elétrica, hidráulica, ar-condicionado, e equipamentos como compressores, chillers, e outros sistemas conectados ao processo produtivo. Na fábrica, é preciso entender profundamente como estas estruturas se relacionam com as demais e como impactam a produção”, comenta.
O custo é um fator importantíssimo para os gestores de Facilities, e esse caso não é diferente. “Nesse sentido, o nosso papel é mostrar para a liderança da operação o quanto nossa área impacta no funcionamento da unidade. Para isso, criamos algumas métricas, que evidenciam o valor de Facilities dentro do custo de produção”, detalha.
Outro ponto destacado por Marcelo é a relação com fornecedores: “Assim como em todas as outras áreas da companhia, atuamos próximos e ouvindo as particularidades de nossos stakeholders. Avaliamos as demandas de cada unidade e decidimos, a partir disto, qual será o modelo operacional e comercial a ser adotado”.
O executivo conta que uma série de fatores, entre eles idioma e cultura, influenciam nessa decisão: “Quando optamos por um determinado fornecedor, nossa gestão próxima e conhecimento compartilhado das necessidades de cada mercado certamente nos auxiliam a criar um plano de atuação detalhado. Com isso, podemos estabelecer juntos os parâmetros de produtividade, métricas e KPIs, criando uma entrega personalizada”.
Atualmente, Marcelo está finalizando um mestrado em Administração, pesquisando como multinacionais brasileiras gerenciam suas áreas de suporte ao negócio. Sua expertise e visão foram compartilhadas em uma palestra no Congresso Latino-americano da Academy of International Business, evento que foi realizado em março, na Jamaica. O executivo também trará um spoiler deste tema em sua participação como palestrante no 3º Fórum InfraFM Indústria & Sites Remotos, que acontecerá em junho, no Brasil.
Marcelo Girardi é um exemplo da dedicação e do profissionalismo necessários para liderar a gestão de Facilities em empresas de atuação global. Seu compromisso com a excelência e sua paixão por impulsionar a inovação na Kimberly-Clark inspiram colegas e parceiros em todo o mundo.