Mercado Livre de Energia já representa 39% do consumo nacional

Abertura regulatória e foco em eficiência aceleram a migração do setor empresarial para um modelo mais estratégico e sustentável

Por Redação

Mercado Livre de Energia já representa 39% do consumo nacional

Foto: Canva.com/ luizsouzarj


O Mercado Livre de Energia já abastece 68% das empresas conectadas em alta tensão no Brasil, consolidando-se como modelo dominante e em rápida expansão. Segundo o mais recente balanço da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), divulgado em 2024, o ambiente de contratação livre atingiu maior nível histórico: 39% de toda a energia consumida no país já é negociada fora do mercado regulado.

​De acordo com Uberto Sprung Neto, CEO da Spirit Energia, “a migração para o mercado livre tem sido impulsionada por três pilares: competitividade, economia e responsabilidade ambiental”. A empresa é especializada em transição e gestão contratual nesse ambiente.

O principal atrativo é a possibilidade de economia: dependendo do perfil de consumo e da negociação contratual, os custos com energia podem ser reduzidos em até 20%. Além disso, há liberdade para contratar exclusivamente fontes renováveis, como solar, eólica e biomassa — algo alinhado às exigências crescentes de sustentabilidade corporativa.

A abertura total do mercado para consumidores de alta tensão, em 2024, ampliou o acesso para indústrias de médio porte, redes de varejo e escritórios. Atualmente, qualquer consumidor conectado à rede em média ou alta tensão, com faturas mensais a partir de R$10 mil, pode migrar para o mercado livre.

Mesmo nesse ambiente, a entrega da energia e a manutenção da rede continuam sendo responsabilidade da distribuidora local. Já os contratos são negociados diretamente com fornecedores, oferecendo liberdade para buscar condições mais vantajosas. O retorno ao mercado regulado é possível, mas limitado: a distribuidora pode levar até cinco anos para aceitar um consumidor de volta, exigindo cautela e planejamento antes da migração.

O estudo da CCEE também destaca que setores como saneamento (+47,9%), comércio (+21,7%) e serviços (+20,1%) foram os que mais ampliaram seu consumo no mercado livre em 2024. A tendência é de continuidade dessa expansão, com a perspectiva de inclusão de consumidores residenciais já em 2028.


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