Notícia publicada em 6 de junho de 2019
Por David Braga
Em um ambiente competitivo vivenciado pela maioria dos setores, seja pelo histórico de crise macroeconômica, mudança de perfil do consumidor, comoditização de muitos produtos ou até mesmo pelo impacto da tecnologia, as marcas se tornam cada vez mais a expressão de uma experiência no dia a dia do consumidor. Neste contexto de diferenciação e experiência, os serviços prestados estão muitas vezes diretamente ligados às pessoas que os executam. Logo, o papel da liderança se torna primordial para a perenidade das empresas na condução de times multidisciplinares, multigerações e até mesmo multiculturais.
Fato é que o setor de infraestrutura no Brasil exige modernização, aportes financeiros e incentivos governamentais, além de um consistente plano de privatizações para ganharmos eficiência, especialmente nas áreas de transporte, mobilidade urbana, energia, saneamento e telecomunicações. Tal atualização movimenta e impacta toda cadeia produtiva de variadas empresas e tecnologias.
Diante deste cenário adverso, complexo e de transformação, o líder precisa reunir algumas competências e habilidades em sua gestão:
1) Criar Sinergias e Senso de Prioridade: Ter senso de prioridade e passá-lo aos seus liderados destacando ao time o que é importante realizar cria uma cultura de se apropriar e envolver tantas quantas áreas da empresa forem necessárias para o melhor atendimento ao cliente, além de ser uma estratégia de suma importância para a corporação. Em meio à concorrência, o comprador/consumidor pode escolher um pool de possíveis fornecedores/parceiros. Instituir sinergias entre áreas da organização traz redução de custos e de prazos de entrega, além de aumentar as chances de um melhor atendimento;
2) Difundir a Cultura da Organização: Muito mais do que delegar atividades e acompanhar resultados, o líder deve se preocupar com o bem-estar e com a satisfação da sua equipe, além de transmitir os valores da empresa para que consigam trabalhar com os objetivos da organização. Apenas os profissionais que têm maior aderência à cultura (missão, visão e valores), terão maior chance de entregar seus resultados;
3) Conhecer sua Equipe: A individualidade de cada colaborador também é um ponto-chave para uma gestão de sucesso, e um bom líder deve trabalhar nesta questão sempre que possível. Para tanto, é primordial analisar sua equipe com instrumentos avaliativos (assessment) para entender as potencialidades e o que pode ser melhorado de cada um. Desta forma, é possível direcionar os talentos para atividades mais apropriadas e entender suas motivações, adotando modelos de gestão diferenciados para cada um. Essa estratégia permite promover um plano de desenvolvimento individual e coletivo, orquestrando desta forma todo o time para o alcance dos resultados corporativos;
4) Promover a Diversidade: Em tempos em que o líder precisa gerenciar pessoas de diferentes gerações (idades), times multidisciplinares, e até mesmo em alguns momentos, culturas distintas, se faz necessário estimular este ambiente de troca de ideias aproveitando o melhor de cada um. É preciso ter a capacidade de mobilizar a equipe para executar seus planos e obter resultados. Não se esqueça de, constantemente, promover feedbacks de performance. Isso ajuda o grupo a entender os ajustes que são necessários para um melhor clima organizacional e maior possibilidade de obtenção de resultados;
5) Incentivar a prática do autoconhecimento: É fundamental que tanto o líder, quanto os liderados, conheçam profundamente a si mesmos. E isso pode ser feito via processo qualificado e profundo de coaching, para conhecer seus gaps e fortalezas, promovendo melhorias necessárias. Isso apoiará, inclusive, para direcionamentos de formações que irão suportar o desenvolvimento individual de cada um;
6) Adoção de Tecnologia: Um líder deve conhecer e se aprofundar quanto ao uso da tecnologia, seja para a melhoria de sua gestão, ou na aplicação das diversas linguagens no campo das redes sociais e das várias mídias. É importante disseminar o que é necessário incentivando um ambiente propício para novas abordagens e implementações de tecnologias que impactam o business.
Por outro lado, o líder precisa estar atento a 5 principais ações do que também NÃO é prudente fazer:
1) Não critique em público. Faça isso one-to-one;
2) Não perca o equilíbrio emocional. Um bom líder precisa trazer harmonia na gestão, mesmo diante do estresse;
3) Não estipule metas inatingíveis. É preciso deixar os colaboradores na zona de streching, mas nunca na zona de pânico;
4) Não trate seus colaboradores como peças que podem ser substituídas. Lembre-se que é através das pessoas que se obtém qualquer resultado;
5) Não ignore a vida pessoal (nem sua, nem tão pouco dos seus colaboradores). Lembre-se que é preciso equilíbrio entre o profissional e o pessoal, e cada vez mais, as pessoas buscam esse balanceamento.
David Braga é Presidente, Board Advisor e Headhunter da Prime Talent (empresa de busca e seleção de executivos de média e alta gestão, que atua em todos os setores da economia na América Latina, com escritórios em São Paulo e Belo Horizonte). Ao longo de sua carreira, já avaliou mais de 5 mil executivos de alta gestão, selecionando para clientes LatAm. Possui formação de Conselheiro de Administração pela Fundação Dom Cabral, Certificação de Executive Coach pela International Association of Coaching e é practitioner em Micro Expressões e Programação Neurolinguística. O executivo tem vivência internacional em Trinidad and Tobago, Londres, África e Estados Unidos
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