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Retrospectiva 7º INFRA Centro-Oeste

Em Brasília/DF palestrantes dão exemplos de gestão flexível, criativa, inovadora, com tendências e soluções técnicas e tecnológicas

Por Léa Lobo

A revista INFRA organizou mais um evento sobre FM: o 7º INFRA Centro-Oeste – Encontro Regional sobre Gerenciamento de Serviços e Infraestrutura de Espaços Prediais e Corporativos, ocorrido em Brasília/DF, nos dias 27 e 28 de novembro. O encontro contou com a presença de 102 profissionais que atuam em Facilities Management, que puderam se atualizar com temáticas que integram o dia a dia da atividade. Os participantes também tiveram a oportunidade de fazer duas visitas técnicas aos empreendimentos: Edifício Portinari e Centro Empresarial CNC, edificações certificadas que estão sendo administradas por seus FMs com o olho do “dono” e do “usuário”, que fazem valer todo o valor investido na certificação e automação, através de uma administração profissional e eficiente.

O encontro teve o patrocínio das empresas John Richard Aluguel de Móveis Office & Home, Otis Brasil (patrocínio prata); e Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional (Abralimp), Allia, Dinâmica Facility, Iris Imóveis Corporativos, Mega Sistemas e Regus (patrocínio bronze), além de contar com o apoio institucional do Conselho Regional de Administração do Distrito Federal (CRA-DF). Acompanhe a seguir um breve resumo das visitas técnicas e os conteúdos apresentados pelos palestrantes:

VISITAS TÉCNICAS

CENTRO EMPRESARIAL CNC

Localizado na região central de Brasília, o CNC possui 04 torres de 18 andares cada além 04 subsolos totalizando uma área construída de 149.000m². O projeto foi concebido pelo escritório de arquitetura Botti Rubin e a construção ficou a cargo do consórcio formado pelas empresas Supera Engenharia e Via Engenharia. Desde a sua concepção o projeto visa a inovação com o máximo aproveitamento dos recursos o que lhe garantiu a certificação LEED Gold.

  Com uma arquitetura moderna, a fachada foi projetada com vidro de alta eficiência que reduz a passagem do calor para dentro dos ambientes otimizando o uso do ar condicionado, com consequente redução no consumo de energia elétrica, ao mesmo tempo que proporciona maior utilização da iluminação natural. Cada torre possui uma cobertura verde que auxilia no conforto térmico.

No térreo existe um amplo espaço de convivência com mix de lojas integradas a um nobre projeto de paisagismo. Nos subsolos existem 2.081 vagas de garagem, além de bicicletário. Também no subsolo está localizado o centro de eventos que é composto de auditório com 394 lugares e 03 salas multiuso. No 4º subsolo fica a Estação de Tratamento de Água de Reuso que capta a água proveniente de lavatórios, chuveiros e drenos de ar condicionado. Esta água é reaproveitada nos vasos sanitários e na irrigação dos jardins. O Centro Empresarial CNC possui autonomia de 100% de geradores de emergência em caso de falta de energia.

No 1º subsolo fica a Central de Operação da Automação Predial onde todos os sistemas existentes no empreendimento são monitorados desde consumo de energia elétrica e água, passando por qualidade do ar, detecção de incêndio, sistema de ar condicionado, elevadores, CFTV, irrigação e controle de acesso de veículos e pedestres. Também neste pavimento está a Central de Resíduos para onde todo lixo gerado no Centro Empresarial é destinado. Conforme explicado pelo Gerente de Facilities Franco Morais, atualmente 100% do lixo gerado no empreendimento não é encaminhado para o lixão de Brasília, ou é destinado para cooperativas de reciclagem ou vai para o aterro sanitário controlado.

A administração do empreendimento é responsabilidade da Iris Imóveis Corporativos que atua na coordenação de todos os prestadores de serviço do condomínio e no gerenciamento de todos os sistemas, sempre com o foco nos três pilares da certificação LEED (econômico, ambiental e social), buscando o bem estar dos usuários e a redução de custos operacionais.

PORTINARI CENTRO CORPORATIVO

O Edifício Portinari Centro Corporativo está localizado na região central de Brasília e foi projetado com vistas à obtenção do selo de sustentabilidade LEED GOLD, certificação internacional concedida pela U.S. Green Building Concil que, pelos diversos requisitos cumpridos para certificação, lhe garante um enorme diferencial em termos de economia energética na operação, respeito ao meio ambiente e bem-estar dos usuários. 

Dentre os diversos itens que proporcionarão maior economia na operação do edifício, destacam-se o sistema de automação predial, a instalação de luminárias em LED em 100% do empreendimento, a implantação de placas fotovoltaicas para geração de energia elétrica, uma central de captação de água para reuso e o sistema de descarga a vácuo. A título comparativo, em relação a um edifício não certificado a previsão de economia de energia elétrica é de 36% e a previsão de economia no consumo de água é de aproximadamente 48%.

Com área total construída 17.000m2, o Portinari é destinado ao uso corporativo e conta com pavimentos dotados de vãos livres com máxima flexibilidade, 04 subsolos de garagem para 295 veículos, rede de cabeamento estruturado, forro modular e sistema de ar condicionado do tipo VRF built-in. Para maior conforto térmico e acústico a fachada do prédio é revestida com vidro duplo insulado e brise de vidro serigrafado. Dois grupos geradores de 750Kva garantirão o funcionamento integral dos sistemas do edifício numa eventual falha no fornecimento da energia elétrica da concessionária.

Todos estes sistemas instalados habilitaram o Portinari Centro Corporativo a requerer a migração da pré-certificação LEED GOLD para a certificação definitiva LEED PLATINUM, tornando-se o 11º edifício com essa certificação no Brasil.

PALESTRAS

FACILITY MANAGER NO COMANDO

Léa Lobo deu as boas-vindas aos congressistas e falou sobre a importância do tema do evento “Facility manager no comando”, que objetiva destacar que em todo o Brasil tem uma quantidade imensurável de edificações, que precisam de gestores que consigam dar lucro aos seus proprietários e investidores, através de uma gestão up to date com os dias atuais. Lembrou que os donos de uma edificação almejam que o valor monetário do empreendimento renda tanto ou mais que o mesmo montante aplicado em uma instituição financeira. Por isso, a importância do FM estar no comando da sua área e administrar adequadamente seu site para que o negócio seja rentável e para proporcionar bem-estar aos ocupantes. Lobo lembrou ainda que os profissionais da área precisam ficar atentos, conhecer a estratégia da empresa e as novas tecnologias, entender para onde o mercado está indo e fazer planejamento. E ressaltou que a definição de estratégia é o padrão global de decisões e ações que posicionam a organização em seu ambiente e que têm o objetivo de atingir seus objetivos de longo prazo. E, por isso, os FMs precisam conhecê-la para atuar em sintonia com o negócio das organizações.

Léa Lobo, Diretora de Redação da Revista INFRA

PRODUTIVIDADE DE FM

Moacyr A. da Graça iniciou dizendo que para organizar o FM atualmente, o mercado divide os serviços em hard (para o prédio físico) e soft (serviços), e alguns somam atividades como gestão de contratos, fluxo financeiro, gestão do espaço de trabalho, gestão comportamental (o que o usuário quer) etc. Entretanto, muitos gestores de FM não levam em conta pontos, como:

• Comportamental: usuários/trabalho.

• Serviços: orgânicos/terceirizados.

• Performance: Facility Performance Management.

• Estratégica: Value Added Management. 

• Tecnologia: transformação digital.

“Estamos trabalhando para a normatização de FM (1ª. reunião 30/11/17), para falarmos uma mesma língua, caso contrário cada um faz as coisas ao seu jeito. Hoje temos muitas variáveis, como: Contexto VUCA – Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo, diversidade organizacional, visões heterogêneas sobre o papel do Gestor de Facilidades nas organizações, aumento do nível de exigência da demanda de serviços (escopo) de GF, aumento da responsabilidade e da visibilidade de GF, aumento das exigências regulatórias e compliance, demanda por ação rápida (resiliência) e segurança, pressão da globalização, transformação constante do ambiente de trabalho, gestão de mudança é uma atividade permanente, necessidade de medição de performance”, exemplifica Graça.

Moacyr A. da Graça, Coordenador do MBA/USP – Gerenciamento de Facilidades

TERCEIRIZAÇÃO, AGORA É LEI!

Nesta apresentação, José de Alencar abordou os aspectos de insegurança jurídica anteriores à promulgação da Lei n. 13.429/17 e os novos caminhos que se abrirão, com segurança, para o mercado geral. Lembrou que somos contaminados por várias mídias dizendo que se a lei entrasse em vigor estaríamos “precarizando a mão de obra”, mas o que o mercado precisa compreender é que o que precariza a mão de obra é a conduta de alguns profissionais que não são lícitos. “A insegurança jurídica é quando você contrata sem critérios. A lei dá critério, proteção ao trabalho e segurança jurídica”, alerta Alencar. 

Listou os pontos positivos da terceirização, como: dupla garantia para o trabalhador; benefícios iguais; tercerização de qualquer atividade (objeto determinado – vide objeto do contrato de prestação de serviços, e empresa especializada – vide contrato social); não exclui nem reduz direitos trabalhistas; zelo pelas condições de segurança, higiene e salubridade; todas as empresas poderão contratar serviços terceirizados; administração pública direta, autárquica e fundacional da União, Estados, do Distrito Federal e Municípios; serve para empresas públicas, privadas ou sociedades de economia mista.

Ponderou ainda que um dos grandes questionamentos atuais é se é possível terceirizar a atividade-fim, que pode ser respondida de forma clara, por exemplo, com base no artigo 4º-A: “Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com sua execução” (alterado pela Lei n. 13.467/17, Reforma Trabalhista). Conclui dizendo que a lei não obriga as empresas a terceirizarem seus serviços, porém, aquela que desejar adotar essa estratégia, pode e deve ter o seu direito legal e constitucional preservado.

José de Alencar, Diretor Superintendente do SEAC-RJ e Diretor Executivo da AEPS-RJ

GESTÃO DE FM PARA ENCANTAR CLIENTES

Wagner Ramos nos passou uma visão geral de shopping centers no Brasil, com 558 unidades espalhadas pelo Brasil. Em 2017, foram inaugurados 20 novos shoppings centers, que para ele são espaços que possibilitam o relacionamento das pessoas com emoções: “Shopping center é uma cidade que vive 24 horas por dia e sete dias da semana de forma ininterrupta. Não somos mais um centro de compras, mas um centro de encontros, nosso desafio é encantar os clientes”, foi com essa ideia que Ramos iniciou a palestra.

Disse que dedicam um grande tempo para planejamento para a eficiência da gestão dos processos e do dia a dia, do que é viável transportar da experiência dos outros shoppings do grupo de uma cidade para a outra, considerando que respondem por arquitetura e engenharia, manutenção, segurança, limpeza e conservação, paisagismo, sustentabilidade, estacionamento, entre outros serviços.

Além disso, reforçou que tem dedicado a gestão para os controles diversos, como a legislação local demanda, suas licenças, outorgas e certificações, que precisam estar implantadas dentro dos shoppings e que muitas vezes demandam um grande aporte financeiro. Pontuou os óbices que atrapalham o planejamento anual do shopping, como a alteração de preços de insumos (água, energia), e as modificações da legislação urbana, com relação a gestão de resíduos e preço de estacionamento, bem como a oneração de impostos de todas as naturezas. “Precisamos fazer uma gestão dessas implicações. Cito a energia, onde optamos pelo uso do mercado livre, de LEDs e de outras ações que nos ajudaram a reduzir o alto consumo no shopping”, exemplificou Ramos.

Wagner Ramos, Gerente Operacional do Boulevard Shopping Brasília (Grupo Aliansce Shopping Centers)

CUIDADOS COM A CLIMATIZAÇÃO EM EDIFICAÇÕES INSTITUCIONAIS

“Quanto tempo podemos passar sem comer? Estudos indicam que podemos ficar até 50 dias sem comer, sete dias sem água e até 18 minutos e 32 segundos (atleta Karol Meyer), sem respirar. Por isso, a importância do ar condicionado no ambiente de trabalho”, inicia Paranhos. Temos que lembrar que além da temperatura temos a unidade relativa do ar e isso impacta diretamente os parâmetros da climatização dos ambientes, diferente da climatização para ambientes de CPD, por exemplo. Precisamos compatibilizar os ambientes de forma adequada, a exemplo dos espaços hospitalares, farmacêuticos, alimentícios, cada um tem sua necessidade específica de climatização. “Não dá para usar um mesmo sistema de uma área de um escritório que tem três pessoas e transformá-la em uma sala de reunião para dez pessoas, isso porque a demanda do ar é totalmente diferente”, pontua. Outro item importante é o sistema de controle e automação que pode proporcionar uma climatização compatível com a realidade e com os parâmetros e demandas pré-definidos do espaço a ser climatizado, diferente de ser ajustado manualmente.

A manutenção (preventiva, corretiva e preditiva) são imprescindíveis e objetivam manter o bom funcionamento do sistema e também verificar se este está trazendo os benefícios inicialmente parametrizados. “A correta manutenção evita a parada de equipamentos, aumenta sua vida útil, controla a qualidade do ar de interiores, entre outros pontos intrínsecos ao sistema. Além disso, beneficia a eficiência energética quando estamos preocupados com a adequação dos melhores pontos de funcionamento, coeficiente de performance, setpoints ideais, fontes alternativas de energia. Às vezes, uma troca de um chiller antigo, pode trazer um excelente custo/benefício de eficiência energética”. Apresentou cases eficientes, a exemplo do edifício PO700, que foi uma das obras contempladas pelo prêmio SMACNA 2016, por sua eficiência em climatização e energética. Na sequência, pontuou exemplos e benefícios que a certificação (exemplo, LEED) pode trazer para as edificações, como a diminuição da carga térmica de um edifício, com a adoção de um telhado branco ou outra ação como o uso de sistema fotovoltaico.

Marcos Alexandre Paranhos de Paula e Silva, Diretor-Sócio da Almeida França Serviços

LOCAÇÃO COMO UMA TENDÊNCIA GLOBAL

“No início de novembro a Uber americana comprou vinte mil veículos autônomos... Assim como Uber, Microsoft, Google, empresas que apresentam crescimento exponencial ao longo dos anos, alertando que esse resultado diferenciado advém do uso de novas tecnologias, do foco no core business, do outsourcing, de ter menos ativos, da flexibilidade e, claro, de pensar global. No exemplo de outsourcing, reforça que é a inteligência da atribuição de uma determinada atividade para uma empresa terceira, que possui a expertise na realização dos serviços, com garantia de qualidade, melhora de produtividade e redução de custos.

“Quando você loca um imóvel, sua empresa não imobiliza o capital, podendo investir no negócio e tal locação ainda é dedutível do IR. Quando loca computadores da sua empresa, você terá equipamentos sempre novos, atualizados e de acordo com sua necessidade. Se terceiriza seu parque de impressão, tem a manutenção, atendimento especializado e imediato. Se faz locação da frota, tem a utilização sob demanda, sem a necessidade de estoque desses ativos. Se faz locação de mobiliário, além dos benefícios já citados, ainda garante maior flexibilidade, permitindo movimentações da empresa: readequações de layout”, exemplifica. Para finalizar, lembra que a flexibilidade e a locação são atributos indispensáveis para o crescimento dos negócios, pois permitem que as empresas tenham uma maior rentabilidade.

John Richard, CEO da John Richard Locação de Móveis

UM OLHAR MAIS SISTÊMICO PARA A LIMPEZA PROFISSIONAL

Limpeza é sinônimo de saúde e bem-estar. As instalações limpas não geram apenas custos, mas também lucros. No entanto as perguntas continuam: “O que é limpeza?”; “Estou fazendo direito?”; “Está bom ou ruim?”; “Está caro ou barato?”. Sandro Haim relata que colaboradores doentes custam caro, que faltas não planejadas causam problemas no trabalho e que um pequeno e correto investimento em limpeza gera retornos expressivos para as companhias. A limpeza pode dar resultado, desde que tenhamos respostas para as perguntas: “Como limpar?”; “A que custo?”; “E com quais recursos?”. O desafio está na execução dos processos corretos, mantendo o ritmo e sempre inovando com controle, uso de tecnologias adequadas a cada espaço e necessidades das companhias. Enfim, a limpeza não é só o ato de limpar, mas a percepção e o resultado que um ambiente limpo causa nas pessoas, tornando-as mais felizes e saudáveis.

“Só conseguimos controlar o que medimos. Só conseguimos medir aquilo que tem parâmetro”, defende. Além disso, Haim apresentou dois vídeos ilustrativos de como limpar um espaço de supermercados em um modelo tradicional e em um modelo mecanizado, evidenciando que com o uso de equipamentos, produtos, ferramentas e acessórios; somado à especialização da limpeza profissional é possível manter a consistência dos serviços, contribuir com a saúde dos colaboradores nos ambientes corretamente higienizados, proporcionando também resultados positivos para o bolso e para a imagem das organizações. Haim finaliza informando que a Abralimp começou um estudo denominado “Tempos padrão de limpeza” com o objetivo de contribuir com a melhoria do mercado. O estudo está sendo conduzido pelo Instituto Mauá de Tecnologia.

Sandro Haim, Presidente da Abralimp e Membro do Conselho da ISSA para a América Latina

INOVAR SIGNIFICA MORRER

“Inovar significa morrer, pois inovar é fazer diferente da forma que fazíamos antes”, inicia Juliano Cró que deu vários exemplos sobre o que é inovar, entre eles: “A invenção torna-se inovação quando possui algum potencial para ser utilizada no mercado e, portanto, comercializada. A inovação, grosso modo, é a invenção que encontrou uma utilidade prática e demanda de mercado (produto/serviço comercializável)”. Deu destaque para a inovação em serviços, onde os drivers são: novas relações de consumo sustentável, novas relações de trabalho, novos usos de serviços de tecnologia e novos serviços personalizados entregues em larga escala. Cró trouxe um exemplo de inovação de produto de limpeza, trata-se do SmartClean, lançado em 2016: “O melhor produto de limpeza do mundo”, composto por ultramoléculas que agem de maneira inteligente nos locais sujos sem agredir a superfície.

Considerando o cenário atual do mercado de limpeza profissional no Brasil, Cró elenca alguns drivers que serão, segundo a avaliação dele, os pontos de controle de inovação a serem seguidos:

• limpeza por produtividade medida e transparente;

• uso transparente e com corresponsabilidade de ferramentas de gestão e de workflow;

• uso transparente e com corresponsabilidade de dados gerenciais;

• cadeia produtiva sustentável (produtos com Selo Verde, por exemplo);

• respeito às relações interpessoais com seus colaboradores;

• código de conduta e compliance permeado pela estrutura da empresa;

• segurança empresarial;

• soluções em limpeza (mecanizadas/roborizadas).

E foi em cima dessas premissas que apresentou um case inovador de prestação de serviços no edifício Centro Empresarial Varig, um cliente que mantém há mais de 18 anos no portfólio da empresa.

Juliano Cró, Diretor Comercial privado no Grupo Boa Vista (Dinâmica Facility e Esparta Segurança)

TENDÊNCIAS OU SOLUÇÕES TÉCNICAS NA ARQUITETURA CORPORATIVA?

“Tendência é aquilo que leva alguém a seguir determinado caminho, escolha, comportamento, moda, cores, materiais, estilo.... Tendência, como uma solução técnica, serve para resolver uma equação, reduzir um custo, um conceito que muda o senso comum e resolve uma demanda específica”, inicia Sérgio Borges. Apresentou um exemplo de layout fechado cuja média de ocupação era de 14 a 15 metros por usuário. E um outro similar, mas em layout aberto, com uma média de 6,26 metros por usuário. Já no terceiro layout misto, a média do usuário passou a ser de 7,33 metros por usuários. Conclui-se que os ambientes abertos e mistos, os open spaces, apresentam uma solução técnica melhor. Se observado também o custo do metro quadrado no real estate, as soluções de open space são mais utilizadas pelo mercado nos dias de hoje. E hoje, os fornecedores de produtos para os espaços de trabalho estão criando soluções que incorporem a solução do open space, a exemplo de soluções acústicas, plataformas de trabalho, entre outros. A ergonomia, por exemplo, em função da saúde dos funcionários, também tem apresentado soluções técnicas diferenciadas, a exemplo de se trabalhar em pé. Inclusive, as estações com mesas reguláveis na altura permitem que os funcionários trabalhem em pé e percam 50% a mais de calorias queimadas, significando mais saúde, mais criatividade, aumento de foco e mais produtividade. Além das mesas reguláveis, soma-se também as mesas de reunião dentro do mesmo conceito, para que as pessoas se reúnam em pé. Apesar de todas essas soluções técnicas e/ou tendências, as empresas continuam buscando soluções para reduzir custos operacionais, que passam pelos home office, free address, coworking, hoteling, já que a análise de ocupação tem mostrado que muitas estações de trabalho ficam vazias durante o expediente de trabalho.

Sérgio Borges, Diretor Comercial da SKBorges Arquitetura Corporativa

DEPOIMENTOS

José Luiz, Coordenador da Região Centro-Oeste da Mark Building

Essa é a quinta vez que eu participo do Congresso INFRA aqui em Brasília representando a Mark Building. As atividades que desempenhamos na empresa no nosso dia a dia é atender o cliente e os usuários com base no conceito apresentado no congresso, com a preocupação de que o prédio funcione bem, e que traga conforto e tranquilidade para todos. Tendo isso em vista, gostei muito da palestra sobre gerenciamento de facilidades, do Professor Doutor Moacyr da Graça, que pontuou que todas as empresas que se propõe a prestar o serviço de facility, tentam com muito esforço transmitir para os clientes que não se deve contratar serviços por preço. Que toda a tecnologia utilizada, o cuidado com treinamento das equipes e todo investimento feito pela empresa terceirizada tem um custo. Porém, é difícil atender o desejo dos contratantes quando se contrata por preço, que para obter um serviço diferenciado, é preciso fundamentalmente contratar por qualidade do serviço prestado.

Leila Sobral, Building Manager da Tishman Speyer

Eu participei dos dois dias do evento. Sobre as visitas técnicas, achei muito legal ver que os conceitos de sustentabilidade já estão sendo incorporados em vários empreendimentos aqui em Brasília, que tem um atraso em relação a tudo o que vem sendo aplicado nos empreendimentos em São Paulo. Sobre as palestras, achei muito interessante o tema apresentado pelo Professor Doutor Moacyr da Graça, que falou sobre a evolução de conteúdo da área e a importância do profissional ligado ao gerenciamento de facilidades. Outras palestras que merecem destaque abordaram sobre locação de mobiliário apresentada por John Paz; e a palestra sobre tendência da arquitetura corporativa apresentada por Sérgio Borges, que destacou a questão da ergonomia, flexibilidade, acústica, entre outros. Acho que neste evento, uma palestra complementou a outra e o resultado foi único.

Gustavo Paz Simonaci, Coordenador de Serviços Gerais da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero)

Na Infraero nós fazemos a gestão dos serviços terceirizados dos escritórios de Brasília, da sede da empresa, da diretoria e da presidência. Participar do Congresso INFRA foi uma oportunidade incrível, pois abriu vários horizontes, e me permitiu observar várias oportunidades de melhorias dos nossos processos. Nas visitas técnicas foi muito importante poder verificar as novidades que o mercado tem a oferecer, foi interessante ver um prédio já em fase final de acabamento e analisar a sua parte estrutural, e outro empreendimento que já está pronto e preparado para receber novos clientes, com outras três torres funcionando. 

A área de facilities tem sido um conceito novo para nós, e as palestras apresentadas foram fantásticas, trouxeram muitas novidades que podemos melhorar em nossos processos. Com certeza, após conhecer este cenário, nós da Infraero vamos buscar estar presentes outras vezes nos eventos da INFRA.

Miguel Caetano Martins, Chefe da Assessoria Técnica de Logística da Procuradoria-Geral do Trabalho

Não dá para mensurar de qual palestra gostei mais, porque cada tema é importante e o tempo pareceu pouco para o palestrante transmitir todo o conhecimento que tem. De modo geral, gostei muito do evento e me surpreendi com a questão do espaço, apresentado primeiramente pelo Professor Doutor Moacyr da Graça, e depois reiterado pelo Sérgio Borges. Toda organização pública é muito engessada, pois se esbarra em uma legislação muito antiga, que precisa ser modernizada. Quando eu ouço falar que não se usa mais mesa em L, fico impressionado, pois faz um ano e meio que mudamos de escritório e compramos diversas mesas novas, todas em L. Penso que poderíamos ter comprado mesas no formato de plataforma como disseram os palestrantes, mas percebo que muita coisa precisa melhorar. E quando você vem em um evento como esse, percebe o quanto estamos atrasados e o quanto ainda temos de modernizar.

Guadalupe Del Corso, Engenheira Civil da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh)

Trabalho em uma empresa pública que faz a gestão dos Hospitais Universitários Federais. Minha atuação é na gestão da infraestrutura da sede e a fiscalização dos serviços da área de facilities. Então, contratamos serviços terceirizados, e como ocupamos um prédio alugado e temos um condomínio, a fiscalização desses serviços é feita por nós. Essa é a minha relação com a área de facilities. Por isso, todas as palestras foram importantes para mim, mas o que me chamou mais atenção foram as palestras sobre arquitetura corporativa, locação de mobiliário e sobre ar condicionado, que também é pauta do nosso dia a dia. Na verdade, tudo o que foi visto no evento é possível aplicar diariamente no meu trabalho, por isso achei bem interessante. Para uma próxima edição acrescentaria uma palestra sobre manutenção predial, que é um tema que também acho muito importante para a área.

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