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"O que aconteceria se fizéssemos de outra forma?"

Por Djalma Quintino Malta Filho*

Quando o assunto é inovação, a onda do momento é entrar na onda. A grande sacada é entrar em um movimento que, vá ao encontro da necessidade das pessoas, é fazer algo inovador que nos beneficiará financeira e socialmente.

Retroagindo. A percepção é que o movimento de hoje da inovação, junto com a web, a Internet das Coisas (do inglês, Internet of Things – IoT), Inteligência Artificial (IA) etc., está sendo superior ao movimento pela qualidade da década de 1990.

Em todo lugar e em cada conversa, o assunto é inovação.

É Tecnologia. 

É disrupção. 

São ameaças e oportunidades.

E o mercado de facilities não se diferencia dos demais. 

Existem corridas e os mais variados interesses em algo novo, tangível ou não para que possamos melhorar nossos processos e nossa produtividade, lembrando que quando surgiram os primeiros robôs na indústria automotiva, homens e máquinas não podiam trabalhar juntos. Hoje isso é possível e avanços consideráveis aconteceram. Homens e máquinas estão juntos, são inseparáveis e uma das prioridades é a segurança no trabalho.

É claro que sempre haverá certa dependência do ser humano na execução de determinadas atividades. Para o setor de facilities, acredito em envolvimento dos profissionais com responsabilidade social, sustentabilidade e uma capacitação constante para este futuro tão presente.

Existem importantes ações em todo o Brasil, através das entidades empresarias, federações, universidades e institutos com a corrente e a cultura das pesquisas, sonhando com o produto ou serviço que possa nos beneficiar ou nos surpreender de alguma forma.

É um tema que incomoda, incita, provoca e desperta todo o pensamento em busca de algo realmente novo.

Em tudo que se faz, se espera uma inflexão para a inovação.

Quem pensa que não sabe o que é “inovar”, deve se envolver e deixar ser envolvido pela paixão que provoca o interesse em ser diferente, melhor e mais valorizado.

Trilhando os caminhos desta corrida contra o tempo, pude entender que toda a velocidade só foi possível com convergências e conexões. Aliás, esses adjetivos foram os mais citados durante o Congresso Brasileiro de Inovação da Industria realizado recentemente em SP.

Muitos produtos novos, como a invenção de apps, tiveram conexões com produtos do passado, a exemplo do “novo taxi” - o Uber é uma prova disso.

Podemos citar inúmeros produtos e soluções que só foram possíveis porque já existia um outro. E é assim a corrida de hoje para muitas startups que proliferam desejando ser uma grande empresa, enquanto grandes empresas querem ser startups, para poder entender a transformação digital.

Aconteceu o 22º Congresso of the World Federation of Building Service Contractors (WFBSC) e a feira CMS Berlin, entre 18 e 20 de setembro de 2017, com o tema Cleaning in a digital word. Evento focado nas atividades de facilities, com muitas novidades nas áreas de limpeza e manutenção. Citamos algumas aqui:

• Pudemos conhecer todo o movimento e a cultura do berço da indústria 4.0.

• Por lá, podemos ver varredeiras e lavadoras sem operadores a bordo, fazendo os seus serviços com um mapeamento e programação determinado para o ambiente escolhido.

• Pudemos ver tendências para um futuro próximo, como a utilização de drones para limpeza de fachadas.

• Compartilhamento on-line de informações sobre prédios inteligentes com toda a sua estrutura, pessoas e equipamentos.

• A demanda de empresa de software evoluindo em quantidade e qualidade de ofertas.

• Máquinas dando mais qualidade de vida para as pessoas, com sensores indicando a fadiga na operação, evitando riscos de acidentes, etc.

O que mais impressiona, seja no Brasil ou fora, é o movimento de busca pela inovação, produtividade e qualidade de vida, que tem sido o norte das ações. A diferença é que em países mais desenvolvidos, a conexão está bem mais que aqui presente no modelo cultural.

Se me perguntarem o que será do nosso segmento... Não há nenhuma fórmula. Podemos ser surpreendidos a qualquer momento. Por isso, sugiro observar o que vem na direção do seu mercado. Pode ser parceria, pode ser oportunidade, mas pode ser uma ameaça.

Eu optei pela inquietação na minha empresa e no meu modelo de gestão. 

Optamos por pensar fora da caixa, para visualizar se teremos futuro da forma que executamos às atividades e se os clientes esperam algo diferenciado. Apostamos que sim. Vamos correr.

O time tem de ficar atento aos dogmas. As crenças podem ser empecilhos para conseguirmos enxergar o novo, e isso é perigoso.

Será lançado no próximo dia 23 de novembro de 2017, o programa Inova Serra/ES. Um canal de oportunidades para tratarmos da inovação com os empresários deste município. Mais uma iniciativa como tantas pelo Brasil, que surge de uma demanda social com o princípio de entrega por meio das convergências e conexões. Tentaremos envolver todo o universo produtivo, a área educacional, centros de pesquisas etc.

Compartilho essa visão simplificada do que tenho visto e participado, acreditando que as boas práticas corporativas se darão através da consciência e da cultura das organizações com o ambiente inovador, que poderão ser bem-sucedidas ou deixar de existir.

Segundo a empresária e escritora Anja Förster em sua palestra durante o Congress WFBSC, a solução é fazer com que os executivos pensem: “O que aconteceria se fizéssemos de outra forma?”.

*Djalma Quintino Malta Filho é CEO da Dikma Facilities.

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