Por: Léa Lobo
O iFood que é a maior FoodTech da América Latina é uma empresa brasileira de tecnologia referência em delivery online, cujo negócio é conectar o mundo da alimentação a milhões de consumidores, apoiando a digitalização da sociedade. O grande sonho da companhia é liderar a digitalização do universo da alimentação e contribuir para que o ecossistema – clientes, estabelecimentos e parceiros entregadores – se beneficiem com as oportunidades geradas pela nova economia.
A operação do iFood tem um impacto importante na economia brasileira. A empresa movimenta R$ 31,8 bilhões no país, uma quantia que corresponde a 0,43% do PIB (Produto Interno Bruto), aponta uma pesquisa realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) com dados de 2020. Isso significa que, se o iFood fosse uma cidade, estaria em 30oo lugar na lista dos maiores PIBs daquele ano entre os 5.570 municípios brasileiros, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Seria um pouco maior do que Belém (PA) e um pouco menor do que São Luís (MA), cujos PIBs são de R$ 30,8 bilhões e R$ 33 bilhões, respectivamente.
No estado de São Paulo, o montante que o iFood movimenta se aproxima do PIB de uma das cidades mais ricas da região, Ribeirão Preto (R$ 35,2 bilhões). Já quando comparado à cidade de Osasco (SP), onde fica a sede do iFood, o valor que a marca movimenta equivale a 41,7% do PIB do município, o sétimo maior do país.
E como toda companhia de porte, o Ifood possui a área de Facility Management, que é responsável por cuidar do bem estar bem de seus colaboradores, os Food Lovers (FL). Para conhecer um pouco dessa operação, acompanhe nossa entrevista com o Marcos Morgado, que é o Head de Facility Management dessa foodtech.
Quem é o Marcos Morgado?
Pai da Alice e do recém-chegado João Felipe, gosto de correr e de mountain bike. Sou Engenheiro Eletricista, especializado em Segurança do Trabalho, com MBA em Gestão Empresarial pela FGV e MBA em Gestão Ambiental pela UFPR. Possuo mais de 18 anos de experiência em indústrias dos setores sucroalcooleiro, transporte ferroviário de cargas, alimentos e siderurgia. Estou no iFood há quase 2 anos, responsável pela área de People Operações (Facilities, EHS, Projetos de Infra, iTech (TI) e Centro de Excelência - Folha e Administração de Pessoal).
Quais eram os seus desafios quando iniciou sua jornada profissional no Ifood?
Estávamos em meio à pandemia, com muitas perguntas e poucas respostas. Qual será o futuro dos escritórios? Como iremos operar? Qual a melhor decisão sobre os ativos? Quais as melhores alternativas com os parceiros de A&B, manutenção etc.? Em seguida, com o retorno gradual dos escritórios algumas respostas começaram surgir, mas ainda ficam algumas dúvidas, como por exemplo: Quais são os melhores indicadores para tomada de decisão? Quais as alternativas para os espaços subutilizados? Adicional às dúvidas e desafios de FM, havia também as dúvidas e adaptação com a Cultura organizacional, considerando que o iFood é uma empresa ambidestra, ágil, com foco em resultado e com a experiência e cuidado com os FL (Food Lovers) acima de qualquer decisão. Os FL são nossos colaboradores que se dedicam diariamente em busca do nosso propósito: Alimentar o Futuro do Mundo.
Como está formatada a área de FM?
Hoje estamos mais “maduros”, temos os papéis e responsabilidades mais bem definidos. Temos um responsável por Oz (sede) Bruno Lapinskas uma líder para gerenciar os demais espaços a Amanda Henrique e a Bruna Pereira que cuida de Mobilidade e A&B junto com a Adriana Fernandes, coordenados pelo Willian Koh. A busca por eficiência é rotina presente no time de FM, estamos sempre buscando alternativas para evitar e/ou reduzir desperdícios e melhorar a experiência dos FLs.
A sede do Ifood, é fruto de um retrofit que transformou um prédio da década de 1950 em um espaço que traduz o espírito jovem e inovador da companhia. Continuam com as modernizações?
O Prédio está em constante evolução. Uma das novidades é que instalamos uma horta no rooftop com capacidade produtiva de 2 toneladas de hortaliças por mês. Também ampliamos a sala para acolher gestantes, montamos um estúdio de TV para melhorar nossa comunicação e eventos institucionais, além dos incansáveis testes em tecnologias de salas de reuniões e espaços para conectar o time presencial com o remoto.
Fale um pouco de como é operar as salas “apetitosas”, os expositores com cervejas, as áreas de descompressão etc.?
Acredito que operar no iFood é sempre um desafio, temos a barra de qualidade bem alta e, por isso, precisamos estar atentos em cada detalhe. No cerne da questão, o que importa não é ter o item mais sofisticado e caro, mas sim conseguir antecipar as necessidades dos FoodLovers.
Como está sendo operar FM, considerando a transformação do modelo de trabalho para híbrido?
Chamamos nosso “modelo operacional carinhosamente de IFOS (Sistema Operacional iFood), somos remote first, mas também acreditamos que os momentos e trocas presenciais são muito ricos. O grande desafio é encontrar tecnologia para que as reuniões de trabalho com híbridas sejam igualmente produtivas para o público presencial ou remoto. Estamos aprendendo a cada dia, mas a parceria com o time de cultura e comunicação é essencial. O comportamento da liderança também faz toda a diferença e aqui sabemos que podemos contar com a contribuição de todos os FoodLovers.
Atualmente, quais são os maiores desafios de gestão?
Manter o foco no que muda o ponteiro e não se distrair são os desafios. Definir KPI´s, rotinas, planos de ação e ajustar a rota sempre que necessário faz parte do nosso “jeito” de ser. Olhando para FM, entendo que um dos maiores desafios é encontrar o equilíbrio entre eficiência e experiência. Encontrar a medida certa de cada serviço prestado e dimensionar adequadamente os recursos é o que faz diferença nas entregas básicas brilhantes do time de Facilities.