Ana Paula Cassago
 

Mercado brasileiro na visão do novo CEO da América do Sul da Cushman & Wakefield

O mercado brasileiro na visão do especialista em negócios imobiliários Herman Faigenbaum, como novo CEO da América do Sul da Cushman & Wakefield.

Por: Léa Lobo

Mercado brasileiro na visão do novo CEO da América do Sul da Cushman & Wakefield

Foto: Divulgação

Depois de 28 anos, dos quais 20 anos como CEO da América do Sul, Celina Antunes anunciou o processo de mudança na liderança da Cushman & Wakefield. A executiva tomou a decisão de deixar a empresa em busca de novos objetivos pessoais e profissionais, já que há algum tempo ela vinha programando a saída da companhia e para tanto preparou o seu sucessor: Herman Faigenbaum.

Herman Faigenbaum (arquiteto, UBA e MBA, UTDT) é um executivo especialista em gestão imobiliária. Tem 17 anos de experiência na Cushman & Wakefield, primeiro como gerente geral da Argentina e nos últimos 5 anos também assumiu a liderança do Chile, Peru e Colômbia. Desde março de 2023, ele é o CEO da América do Sul da Cushman & Wakefield (NYSE: CWK), que é uma empresa global de serviços imobiliários corporativos, fundada em Nova York em 1917, que fornece uma ampla gama de serviços imobiliários comerciais para corporações e investidores. Está entre as principais empresas de serviços imobiliários e conta com mais de 50.000 funcionários e mais de 400 escritórios em 60 países ao redor do mundo.

Faigenbaum iniciou sua carreira trabalhando como arquiteto e incorporador imobiliário, e continuou a expandir seu perfil profissional trabalhando em Investimentos Imobiliários e em organizações de primeira linha, como: Harvard University (EUA), Movicom BellSouth e Trammel Crow Company (EUA). Na área acadêmica, Faigenbaum é Diretor Acadêmico do programa de Gestão Imobiliária da Torcuato Di Tella University. Anteriormente, esteve envolvido com a Boston University, MIT e a University of California-Berkeley, entre outras instituições.

Na visão do executivo, apesar de termos passado pelo período de pandemia, em 2022 o Brasil se mostrou resiliente. “O PIB fechou o ano com crescimento acumulado de 2,9%, o mercado de trabalho seguiu trajetória positiva, impactado pela queda da taxa de desocupação. Além disso, as contas públicas do governo geral encerraram o ano com superávit primário de R$ R$ 57,1 bilhões, o primeiro do governo desde 2013. A inflação, ainda que tenha arrefecido, fechou o ano em nível incompatível com a meta em 5,79%. O mercado logístico se manteve em alta, especialmente nos ativos de melhor padrão, e o de escritórios mostrou fôlego, ainda que em um momento de definição do modelo de trabalho. Somente a região metropolitana de São Paulo, maior mercado do país, registrou mais de 625 mil m² locados de condomínios logísticos e 235 mil m² de escritórios corporativos alto padrão. As transações de compra e venda de ativos imobiliários corporativos somaram mais de 500 mil m², sendo 125 mil m2 em galpões e 372 mil m² em escritórios”, detalhou.

Para ele, a expectativa para 2023 é a estabilidade nas novas locações no mercado imobiliário corporativo, no mesmo padrão de 2022. Já as transações de vendas devem ser mais presentes. “Enxergamos oportunidades para investimentos em logísticos, especialmente na logística urbana dos grandes centros urbanos, e em algumas regiões menos óbvias, como sul e nordeste. O mercado de Minas Gerais deve seguir com destaque no crescimento, pois tem investido na diversificação da atração de todo tipo de indústria, operadores logísticos e varejo eletrônico”, esclarece.

O CEO destaca ainda que os escritórios corporativos devem manter o ritmo atual de locações, com alguns projetos pontuais de maior porte, seguindo as tendências mundiais de reorganização dos escritórios, adequação ao híbrido e a melhoria da experiência no local de trabalho. “Nosso objetivo é ganhar maior participação em negócios em 2023 e já nos estruturamos para isso. Temos uma completa linha de serviços estratégicos para suportar nossos clientes em seus processos de reorganização”, pontuou.

Segundo ele, especificamente para as áreas de operações da companhia, são pioneiros no Brasil nos serviços de Gerenciamento de Facilities e de Propriedades. “Os nossos quase 30 anos de atuação no mercado local nos proporcionou uma expertise importante para gerenciar todos os tipos de ativos, incluindo aqueles de maior complexidade, como data centers, por exemplo. Vemos muita oportunidade para continuar a crescer com nossos serviços de gerenciamento em todo o país”, completa.

Apesar de ter assumido em março deste ano, Faigenbaum diz que não haverá grandes mudanças na estratégia da empresa na sua gestão para 2023. “Meu objetivo é continuar promovendo o crescimento da empresa por meio de um trabalho integrado entre todos os países e todas as áreas da região, sinergia que temos implementado há vários anos. Isto nos permite continuar próximos dos nossos clientes, para que as novas empresas encontrem em nós um aliado fundamental para desenvolver o seu potencial e continuar a fazê-lo com excelência e profissionalismo, e de forma próxima, criativa e transparente que nos caracteriza”, finaliza.


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