A Corteva, Inc. (NYSE: CTVA) é uma empresa global de capital aberto e 100% agrícola que combina inovação líder do setor, elevado envolvimento com o cliente e execução operacional para fornecer soluções lucrativas para os desafios agrícolas mais urgentes do mundo. A Corteva gera preferência de mercado vantajosa por meio de sua estratégia de distribuição exclusiva, junto com seu mix equilibrado e globalmente diversificado de sementes, proteção de cultivos e produtos e serviços digitais. Com algumas das marcas mais reconhecidas na agricultura e um pipeline de tecnologia bem-posicionado para impulsionar o crescimento, a empresa está comprometida em maximizar a produtividade dos agricultores, enquanto trabalha com stakeholders em todo o sistema alimentar, cumprindo sua promessa de enriquecer a vida daqueles que produzem e daqueles que consomem, garantindo o progresso para as próximas gerações.

E para garantir a perenidade do negócio a equipe de Facility Management é peça importante neste processo. Agora, o leitor acompanha um pouco sobre o projeto de modernização de uma das unidades da companhia, que teve concepção arquitetônica do Studio BR Arquitetura e Gerenciamento da obra pela Sempre Engenharia. Já o projeto foi liderado pela Arquiteta Milena Morales Timerman, Líder de FS&RE para a América Latina, que possui pós-graduação MBA em Mercados de Capitais, com mais de 20 anos de experiência no mercado de Real Estate e Facilities Management. 

Qual a importância da área de FM dentro da organização?

A área de Facility Management é essencial como gestor e concatenador de projetos desta magnitude, por ter conhecimento técnico da infraestrutura, conhecer o uso dos espaços e como integrar as necessidades e aplicar soluções que atendam às necessidades dos usuários e do negócio, de forma sustentável. 

Quais foram os desafios deste projeto de modernização?

Os desafios para o desenvolvimento de um projeto desta magnitude são muitos: desde a concepção até provar sua sustentabilidade na organização e traduzir a cultura da empresa no design do projeto. A quantidade de pessoas envolvidas é enorme e foi essencial ter excelentes profissionais liderando o dia a dia da execução do projeto e da obra, de forma que o prazo fosse atingido com qualidade e segurança. No retorno ao escritório tivemos outro grande desafio: foram mais dois anos trabalhando no modelo remoto e, ao voltarmos em um modelo de trabalho totalmente diferente do que estávamos acostumados, tivemos que conduzir um importante trabalho de acolhimento das pessoas neste momento de tantas transformações.

Quando surgiu a necessidade de renovar o Workplace?

A Corteva é uma empresa independente e 100% agrícola que resultou da fusão das divisões agrícolas da DuPont e Dow Chemical, processo concluído em junho de 2019. Desde a nossa formação, sentimos a necessidade de ter um espaço que refletisse a nossa cultura: uma empresa jovem e flexível, privilegiando a integração entre as equipes. A pandemia foi um divisor de águas nesse processo, acelerando a necessidade de mudança e, consequentemente, levando à decisão de mudar para um novo local. 

Como foi feito o estudo de viabilidade?

Primeiro, analisamos como seria a nossa ocupação no antigo escritório e o espaço necessário frente aos novos conceitos de trabalho. A partir desses resultados, decidimos buscar um novo local e, ao longo do processo, realizamos estudos sobre a melhor região para a nossa empresa considerando a residência de nossos funcionários e a facilidade de acesso para os colegas de outras unidades e clientes. Identificamos que a melhor opção para atender os requisitos que queríamos seria permanecer em Alphaville e iniciamos a busca do imóvel que atendesse a nossa necessidade. A avaliação dos prédios foi muito criteriosa, feita por nossa equipe técnica e envolvendo engenheiros, arquitetos, profissionais de TI, Recursos Humanos e Segurança. 

Como foi o trabalho das equipes de Arquitetura, Gerenciamento de obras e Facility Management para propor o melhor projeto?

A Corteva é formada por profissionais extremamente técnicos, com um time interno envolvendo as principais disciplinas que seriam contempladas no projeto. FM coordenou todo projeto, formando um time de trabalho com os profissionais de Arquitetura, Engenharia, IT, Segurança e Compras. Também tivemos o apoio de uma empresa que nos ajudou no processo de Change Management junto aos funcionários, uma atividade que envolveu um time multidisciplinar interno para formatar o conceito contemplado no novo escritório, refletindo a nossa forma de trabalhar. A liderança da companhia teve um papel importante ao longo de todo o processo, validando os conceitos e ajudando no cascateamento das informações junto aos times. 

Diferenciais do projeto de arquitetura?

Queríamos um espaço que fosse possível vivenciar a cultura Corteva, que fizesse a conexão entre a cidade e o campo e, ao mesmo tempo, refletisse a inovação que carregamos em nosso portfólio e processos. O projeto de arquitetura foi desenvolvido para atender estes requisitos, rompendo as divisões hierárquicas, privilegiando a tecnologia para a realização de reuniões híbridas e comtemplando acessibilidade e inclusão em 100% dos espaços. Criamos um escritório acolhedor, acessível e que estimula a integração entre os times e consequente desenvolvimento de novas ideias/projetos.

Comente sobre soluções utilizadas no novo projeto?

O projeto foi concebido para ser sustentável, desde a concepção, escolha dos materiais, construção até a operação, priorizando materiais sustentáveis. O carpete utilizado, por exemplo, foi confeccionado a partir de redes de pesca coletadas dos oceanos. A iluminação prioriza a luz natural e a iluminação artificial tem controle centralizado. Já os espaços de trabalho não são assignados e foram pensados para comportar diferentes formas de trabalho e tamanhos de times, evitando constantes mudanças de layout. Os resíduos oriundos da construção e da mudança tiveram a destinação correta, separados entre entulho e recicláveis. Inclusive, durante o processo de mudança reduzimos em 60% o volume de documentos e, consequentemente, de necessidade de arquivos. Reaproveitamos cadeiras e destinamos para outras unidades da companhia parte dos móveis que não íamos utilizar no novo escritório, além de doação. No dia a dia, abolimos o uso de copos plásticos, oferecendo canecas a todos colaboradores e copos de papel para visitantes, seguindo com o descarte seletivo de resíduos de forma centralizada e adequada. Além disso, disponibilizamos transporte fretado aos funcionários, minimizando as emissões e o impacto no trânsito.

Por fim, mas não menos importante, temos um espaço externo destinado a encontros, reconexão e descompressão dos nossos colaboradores. 

Diferenciais de acessibilidade?

O novo escritório tem 100% de seus espaços acessíveis. Além de atender a norma de acessibilidade, buscamos a certificação do Guia de Rodas para garantir que, além dos requisitos legais, tivéssemos uma vivência totalmente inclusiva, processo que também contempla o treinamento de todos os funcionários para garantir a acessibilidade atitudinal e avaliação dos espaços. 

O que foi modernizado e o que foi implantado de novo?

Destaco a mudança do formato de ocupação. Nosso novo escritório é totalmente flexível, desde as estações de trabalho - que não mais são designadas a um colaborador específico e sim reservadas para o dia de trabalho - até as salas de reunião, que além de serem equipadas com sistema de áudio e vídeo de última geração, são componíveis para atender vários tipos e tamanhos de reuniões. Além disso, o espaço é monitorado por sensores que vão gerar dados de utilização para entendermos como o escritório está sendo ocupado, permitindo melhorias contínuas. 

Novas tecnologias foram utilizadas, se sim, quais?

Sim. Relaciono as principais abaixo: 

l    Sistema de reserva de estações de trabalho;

l    Sensores de presença para estações de trabalho e salas de reuniões;

l    Sistema de reserva de salas de reunião que permitem: reservas instantâneas, check in e check out e controle de reservas pelo Outlook;

l    Sistema de Vídeo Conferência em todas as salas de reuniões e espaços colaborativos

l    Lockers com sistema de senha digital;

l    Monitores e painéis de Led para comunicação interna; 

l     Todas as estações de trabalho são compostas por equipamentos que permitem a conexão de qualquer tipo computador; 

l    Automação do sistema de iluminação e
ar-condicionado;

l    Controles de acessos com reconhecimento facial; e

l    Building Information Modeling (BIM) que foi utilizado para a execução do projeto e continuará sendo usado para operação, manutenção e controle de ativos. 

Qual o benefício da modernização para os colaboradores e para o negócio?

A qualidade do sistema de áudio e vídeo das salas de reunião faz com que as interações no formato híbrido (presencial + virtual) ocorram com mais facilidade e que todos participem das discussões e não apenas os que estão fisicamente presentes na sala.

Ter um ambiente acolhedor com várias opções e formatos de trabalho, faz com que o espaço seja mais bem utilizado em sua total capacidade, proporcionando melhor integração das equipes e autonomia para os colaboradores escolherem onde trabalhar dentro do escritório.  

Para o negócio, além de ser um espaço que proporciona mais fluidez na comunicação entre as equipes, o novo escritório está preparado para atender eventuais expansões por seu formato híbrido.

A obra foi executada pela Sempre Engenharia, e seu CEO Eduardo Senra, destaca “foi uma grande alegria materializar este projeto arrojado e inovador, contando com uma imensa variedade de equipamentos, produtos e materiais que, além de harmonizar cada ambiente cumpriam uma função técnica específica, certificada na conclusão da obra. Atender à todas as especificidades dentro de um cronograma tão curto e rigidamente controlado em cada etapa planejada, foi um grande desafio e um marco importante de nossas realizações”.

O PROJETO COM O OLHAR CONCEITUAL DA ARQUITETURA

“O projeto se destaca por um design fortemente biofílico, em que formas organizas e curvas desenhadas em pisos e forros conduzem o colaborador em uma jornada de descoberta de cada um dos espaços. A iluminação em led personalizada reforça os caminhos e o encantamento de cada área, elevando o bem-estar e o engajamento. A escolha de espaços e elementos com formas predominantemente curvas visa elevar também a percepção do conforto no projeto, uma vez que as formas orgânicas representam muito da concepção da própria natureza e como ela se desenvolve. Todas as áreas são envoltas em circulações e trajetos amplos e que conectam os espaços de maneira fluida, quase inexistindo corredores fechados neste projeto.

A temáticas de todas as tipologias por nós projetadas está ligada ao pilar que criamos para este design: TRAZER O CAMPO PARA A CIDADE. Em nossa visão, a CORTEVA está presente não apenas no cotidiano das pessoas, mas também em uma jornada de colaboradores e rede de produção que está no campo, longe das cidades, por isso a intenção de trazer o campo para dentro do espaço corporativo foi fortemente trabalhada neste projeto. 

Como parte da estratégia de trazer o campo para o espaço, alguns espaços receberam design de celeiros, atrelando a vantagem da amplitude de celeiros do campo à função destes espaços que precisavam ser flexíveis e integráveis. Grandes divisórias ajudaram a criar este cenário de campo. Outros materiais como tijolos aparentes, forros em madeira e baffles acústicos compõem estes espaços coletivos. 

Para elevar a inovação, espaços de reunião circulares e semiabertos foram projetados para inspirar os colaboradores como áreas circundadas por cordas naturais e cordas iluminadas em led, áreas circulares com balanços para reuniões informais, áreas circulares para reuniões rápidas com grandes painéis translúcidos com impressão dos cultivos do cliente, arquibancadas circulares para reuniões de múltiplos tamanhos de equipe, entre outros. 

Ainda apoiados nas formas encontradas na natureza, escolhemos forros acústicos em formato de colmeia para a área de staff, elevando a acústica destes espaços. Também no âmbito de proteções acústicas, aproveitamos a rusticidade da laje aparente para selar este elemento com jateamento acústico rugoso, garantindo performance excelente nos ambientes coletivos. 

Os forros baffles foram fixados de forma linear com seus conjuntos formando amebas orgânicas sobre as mesas dos workcafés, neste espaço a mesa também é orgânica e o forro atua como uma replicação flutuante do mobiliário. 

Na grande sala oval que fica no pavimento 7, criamos dois cenários de uso e ocupação, permitindo que uma ou duas reuniões estratégicas ocorram ao mesmo tempo. Este espaço cria circulações variadas e perimetrais no layout e possui grande imponência em sua posição na laje. No interior temos um mobiliário muito flexível que forma mesas redondas de 12 ou 24 lugares, apoiadas por bancos que aumentam ainda mais a capacidade do evento em seu interior. Os forros baffles deste espaço representam velocidade e fluidez, posicionados de maneira assimétrica entre si. Todas as salas de reunião possuem mobília estratégica para seu adensamento e para garantir a acessibilidade dos espaços.

Já no pavimento 6, criamos uma grande praça, conectada aos terraços, em que espaços de reunião flexíveis e amplos se unificam e formam um grande auditório que possui inclusive uma arquibancada para maior visibilidade das apresentações. Unificam-se a estas áreas ambientes como estúdio de gravação e cantina de alimentação, formando realmente o conceito de praça. 

Os terraços selam de forma estratégica o conceito de campo na cidade, através de projeto de jardins e bancos curvos mixados com mobiliários de trabalho para áreas externas, e mobiliários de descompressão para jardins todos contornados por floreiras biofílicas integradas às floreiras-bancos. Jogos para áreas externas como fut-bilhar e churrasqueira para eventos configuram a oportunidade destes terraços atenderem eventos de cunho corporativo e festivo.