PARTICIPE DA EDIÇÃO HISTÓRICA DA EXPO INFRAFM - EDIÇÃO 2025
 

Você já ouviu falar do NPS 3.0?

Entenda o que é e quais empresas estão utilizando

De todos os meios que uma empresa pode utilizar para medir a satisfação de seu cliente, o NPS - Net Promote Score - é considerado uma metodologia indispensável por gestores de todo o mundo que lidam com a qualidade de produtos e serviços.

A métrica já existe há algum tempo, pois apareceu pela primeira vez em 2003, em um artigo da Harvard Business Review. Em "The one number you need to grow" (em uma tradução literal: "O número que você precisa crescer"), Frederick F. Reichheld, considerado o pai do NPS, descreve a pesquisa que conduziu e como as empresas com os maiores NPS acumulam consistentemente a maior parte do crescimento da indústria.

Mas o que significa NPS exatamente?

Net Promoter Score é uma metodologia de satisfação do cliente usada para medir o grau de fidelidade do público de uma empresa. Para entender, é aquela famosa pergunta que muito provavelmente você já respondeu: "Em uma escala de 0 a 10, qual a probabilidade de você recomendar nossa empresa para um amigo?".

O resultado da pesquisa ajuda organizações de todos os perfis a melhorarem o serviço, suporte ao cliente, entrega, processo de troca etc. Tudo isso para conseguir alcançar o objetivo, que é a conquista de clientes cada vez mais entusiasmados.

Entenda, ainda, que falar de NPS é tratar de uma métrica valiosíssima em nível estratégico. Isso porque, quando o Net Promote Score de uma empresa é maior do que a média do setor, significa que o relacionamento entre ela e seus clientes é saudável. Consequentemente, esses mesmos clientes possivelmente serão evangelistas da marca, farão propaganda boca a boca e, assim, contribuirão para um ciclo de crescimento.

Como funciona o NPS?

Após enviar aos clientes a questão - "Em uma pontuação de 0 a 10, qual é a probabilidade de você nos recomendar?" - os respondentes poderão ser agrupados em três categorias:

- Promotores (pontuação de 9 ou 10): são os clientes leais e entusiasmados que promovem a empresa sempre que surge a oportunidade. O ideal é procurar sempre aumentar o número de participantes desse grupo.

- Passivos (pontuação de 7 ou 8): aqui estamos falando de clientes satisfeitos, mas não entusiasmados o suficiente para promover os produtos/serviços da empresa.

- Detratores (pontuação de 0 a 6): são os insatisfeitos que muito dificilmente comprarão novamente da empresa. Além disso, podem fazer propaganda negativa e desencorajar colegas e amigos a comprarem o produto ou utilizarem o serviço. 
A fórmula para calcular o NPS é simples: 

NPS: % Promotores - % Detratores

Ou seja, basta subtrair a porcentagem de detratores da porcentagem de promotores. 

Para saber se o NPS da sua empresa é alto, o ideal é verificar como o indicador se comporta em outras organizações do mesmo segmento.

O NPS é suficiente para medir o grau de lealdade dos seus clientes? Conheça o NPS 3.0

Fred Reichheld, o criador do NPS, juntamente com Darci Darnell e Maureen Burns, apresentaram uma nova métrica no artigo "Net Promoter 3.0": earn growth. 

Em suma, esse novo indicador mede o crescimento da receita gerada por clientes recorrentes e suas indicações. Os autores sugerem usá-lo junto com o NPS como uma "métrica complementar rígida" que se baseia nos "resultados contábeis". 

Empresas como Amazon e Ikea já utilizam o earn growth. Para você adotá-lo aí no seu negócio, entenda que o indicador é composto de dois elementos:

- Retenção de receita líquida (NRR): mede a porcentagem da receita obtida com os clientes que já compraram da empresa. A métrica é comumente usada no universo do software como serviço (SaaS).
- Novos clientes conquistados (ENC): mede o quanto o crescimento da receita vem de clientes conquistados por meio de indicações de outros clientes.
Para determinar o earned growth é preciso somar as métricas NRR e ENC e subtrair por 100%.

Por que sua empresa precisa conhecer o NPS 3.0?

O NPS 3.0 - isto é, a métrica earned growth - avalia se a empresa está gastando muito dinheiro na aquisição de novos clientes que, a longo prazo, não se tornarão lucrativos. Em outras palavras, se a empresa está investindo na obtenção de clientes, mas não na retenção dos mesmos.

O time de CX terá um papel importante para ajudar a métrica a caminhar para o lado certo, uma vez que ele é o responsável por buscar soluções que melhorem a experiência dos clientes e, por consequência, a satisfação. 

Por isso, acredito que os profissionais de Customer Experience serão cada vez mais requisitados a apresentarem seus insights às empresas em que atuam para que todos possam trabalhar a fim de aumentar a lealdade do cliente. E você, o que pensa a respeito?


Marco Antonio da Silva é Product Manager na O20BOTS, pós graduado pela EPSM em Pesquisa de Mercado e Customer Experience.

Foto: Divulgação.


Veja também

Conteúdos que gostaríamos de sugerir para a sua leitura.

Envie os nossos conteúdos por e-mail. Utilize o formulário abaixo e compartilhe os link deste conteúdo com outros profissionais. Aproveite e escreve uma mensagem bacana.

Faça uma busca

Mais lidas da semana

Mercado

Newset quer jogar luz sobre a "caixinha preta" da climatização corporativa

Educar para transformar a contratação de serviços de manutenção em ar-condicionado

Workplace

Swile reposiciona escritório com base em estudo de geolocalização

Empresa usou dados de deslocamento da equipe para escolher novo endereço e transformar escritório em ferramenta de bem-estar e engajamento

Operações

Em 2025, a linguagem que você precisa falar é a do ESG

Entender o vocabulário ESG não é mais diferencial, é necessidade estratégica.

Mercado

PodeSubir é um startup que transformou o “pode subir” em experiência digital

Com crachás digitais, reconhecimento facial e independência de hardware

Sugestões da Redação

Revista InfraFM

Por que o esg da Globo deveria estar no seu radar?

O Relatório ESG 2024 da Globo destaca avanços na agenda ambiental da empresa.

Revista InfraFM

Infraestrutura sob controle e os bastidores do Facility Management na cart

Por dentro da operação que garante eficiência, segurança e sustentabilidade em mais de 400 km de rodovias

Revista InfraFM

Prédio limpo, negócio forte!

Como a opinião do cliente final está moldando o futuro da limpeza profissional

Revista InfraFM

Infraestrutura Hospitalar como Pilar de Excelência

Como a gestão estratégica de Engenharia, Real Estate e Facilities contribui para consolidar o Hospital Israelita Albert Einstein como referência mundial

Operações

Monitoramento em tempo real otimiza produção em 18% na Visteon Amazonas

Ricardo Tanko Vasconcellos, Quality Manager da multinacional, fala sobre importância da sinergia entre áreas para um processo contínuo de melhorias.

Operações

Retrofit gera mais de R$3 milhões de economia para operação de shopping

Gerente de operações do Shopping Praça da Moça e coordenador de Operações do Grupo AD falam sobre desafios e resultados das implementações.

 
Dúvidas sobre os EVENTOS?
Fale com a nossa equipe pelo WhatsAPP