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Quando sustentabilidade é DNA e ganha prêmio por isso

Como a Ascenty transformou um datacenter em referência global de sustentabilidade

Por Léa Lobo

Quando sustentabilidade é DNA e ganha prêmio por isso

Foto: Divulgação


Transformar infraestrutura crítica em símbolo de sustentabilidade parece utopia? Pois Silvia Godoy provou no RL Conecta 2025 que não só é possível — é realidade premiada. Com um discurso afiado e cheio de propriedade, a Facility & Workplace Manager da Ascenty apresentou o case do campus de Hortolândia, projeto vencedor do DCD Awards na categoria Sustentabilidade. O feito não veio por acaso: tecnologia de ponta, processos escaláveis e propósito claro foram os ingredientes da conquista.

Para quem ainda associa datacenter a uma "salinha de servidor", Silvia já começa desconstruindo: “A Ascenty não é uma empresa de TI. Somos uma empresa de infraestrutura crítica. A gente cuida da base que mantém o mundo digital funcionando.” E que base! Com mais de 30 datacenters no Brasil, Chile e México, a Ascenty é a maior do setor na América Latina — e está conectada a uma rede global com mais de 300 centros de dados.

Na contramão de operações frias e impessoais, Silvia defende a hospitalidade aplicada à infraestrutura: cuidar dos espaços, dos clientes e do planeta. O foco da palestra foi o campus de Hortolândia (SP), que exemplifica essa filosofia com números robustos e práticas surpreendentes:

- 34 mil m² de área construída, o equivalente a quase 8 campos de futebol
- Capacidade de abastecer uma cidade com 240 mil habitantes
- Processamento de trilhões de fotos, vídeos, transações bancárias e dados corporativos
- Carbono neutro desde 2021 e operando com 100% de energia renovável

A inovação não ficou só na operação: a obra do campus já nasceu sustentável. O projeto foi planejado com foco em escalabilidade e meta de "aterro zero", ou seja, 80% dos resíduos deveriam ter destino mais nobre que o lixo comum. Resultado? Meta superada ainda durante a entrega, com 88% de reaproveitamento de resíduos. Tudo isso com apoio de fornecedores parceiros de longa data, o que garantiu redução de desperdício e ganho de eficiência de até 40% em determinados produtos.

Silvia destacou também os indicadores que consolidaram o reconhecimento internacional:
- PUE (Power Usage Effectiveness): medição da eficiência energética
- WUE (Water Usage Effectiveness): otimização no uso da água
- Uso de inteligência de design para eficiência hídrica e térmica
- Adoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e práticas de ESG auditadas

A cereja do bolo foi o DCD Awards 2024, promovido pela Data Center Dynamics, que reconheceu a Ascenty como exemplo global de impacto ambiental positivo no setor de datacenters.

E o que tudo isso tem a ver com Facility Management? Tudo. Silvia fecha sua fala com um lembrete essencial: “FM é cuidar. Cuidar do espaço, das pessoas, da reputação e, cada vez mais, do planeta.” O case da Ascenty mostra que mesmo em ambientes altamente técnicos, a excelência operacional e a sustentabilidade não apenas coexistem — se fortalecem mutuamente.


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