Por Natalia Gonçalves
A natureza “desapegada” de Diego Mitrovich Rienzi, como ele mesmo se descreve, o levou a uma das maiores aventuras da vida: cuidar de todas as operações e do processo de expansão de uma nova empresa angolana. Na época, a guerra civil na Angola havia acabado há cinco anos. O conflito no país, que ocorreu entre 1975 e 2002, deixou cerca de 500 mil mortos.
Em 2007, quando Rienzi chegou ao país, as consequências da guerra ainda eram visíveis. Para fugir do trânsito nas ruas quase sem pavimentação, ele acordava às 5h e depois, quando não havia como contornar o trânsito, voltava às 23h para casa. Nas ruas, o cenário era caótico. Na empresa onde foi contratado, o contexto era de investimentos expressivos e expansão.
Enquanto em São Paulo, como Diego explica, o maior desafio da operação é a gestão de custos. Em Angola, ele presenciou algo completamente diferente, pois tinha “todo o dinheiro do mundo”. “Eles precisavam injetar muito dinheiro. Não se produzia nada no país, por exemplo, nem garrafa de água, pois era tudo importado”, lembra.
Com a necessidade de expansão da empresa, havia o reconhecimento da importância de investir. Deste modo, Rienzi conseguiu realizar todos os processos que sempre sonhou – desde ter um sistema estruturado de gestão operacional até a possibilidade de qualificar os colaboradores com projeto de educação em parceria com o SENAI de Salvador. A parceria resultou na implementação de um centro de treinamento em Luanda, na capital do país, e houve a capacitação de pessoas na manutenção mecânica, elétrica e de automação.
Foto: Arquivo pessoal/ Rua em Luanda, Angola |
Sem experiência ou parceiros em nova gestão
Entre as propriedades que Diego era responsável em administrar, se destacava um clube com infraestrutura parecida com o tradicional Clube Pinheiros, em São Paulo. Sendo a primeira vez do executivo na gestão de um clube, ele brinca: “às vezes, a piscina ficava tão verde que parecia ter um monstro dentro”.
Apesar de lembrar da experiência com bom humor, na época era motivo de preocupação. Sem parceiros, profissionais qualificados ou possibilidade de pesquisar na internet, que ainda era “embrionária”, Rienzi encontrou por acaso um futuro colaborador.
Um prestador de serviço, que realizava o tratamento de água de uma das torres corporativas onde Diego trabalhava, se prontificou a ajudar. “E eu lembro que quando a piscina ficou limpinha, a gente falou: ‘quem vai testar?’. O clube ainda não tinha sócios, então, no fim de semana, levei meus colegas para mergulhar e curtir”, conta.
Ao final do sábado de lazer, a sensação na boca, segundo Diego, era de ter tomado uma limonada forte. A piscina estava linda, mas um produto utilizado em excesso foi a causa do desconforto.
Foto: Arquivo pessoal/ Edíficio no centro de Luanda, onde Diego morou |
Equilíbrio entre vida pessoal e trabalho
Após um longo dia de trabalho, tomar banho de mar é um privilégio de poucos. Rienzi teve a oportunidade de viver essa experiência quando morou em cidades litorâneas. A primeira quando atuou na gestão operacional do Avenida Shopping em Fortaleza, Ceará - logo quando começou na área de Property Management e realizou a implantação da Vésper no norte e nordeste do Brasil. A segunda em Luanda, Angola, onde frequentava a paradisíaca praia de Cabo Ledo.
“Eu cheguei até a acampar com a minha esposa e com os meus filhos várias vezes. A gente vinha a São Paulo e comprava barraca, fogareiro e outros itens. Por quê? Porque essa praia se tornou nossa casa de praia”, recorda. Além da experiência em Angola ter sido marcante do ponto de vista profissional, trouxe recordações emocionantes de momentos com a família e amigos que Diego fez no caminho.
Agora, em São Paulo, Rienzi encontra o equilíbrio entre vida pessoal e profissional na paixão por carros. “Eu, dentro da área de Facility e de manutenção, me vi como um solucionador de problemas. Então, descobri que gostava de carros antigos. Eu faço parte de um grupo de amigos que cada um tem o seu carro ou mais do que um, e a gente se encontra em um espaço que é nosso, de carros V8”, conta.
“São Paulo é bastante duro com as pessoas, então, apesar da cidade oferecer muita oportunidade de trabalho, ela também extrai de você as oportunidades de lazer”, diz Diego ao avaliar a quantidade de atrações que existem, mas com preços elevados. Os domingos do executivo, ele ressalta, são reservados a família, um dia em que valoriza os parques e a diversidade gastronômica da cidade.
Foto: Arquivo pessoal/ Acampamento na Praia do Buraco, em Luanda |
Nova oportunidade no Family Office Ernesto Zarzur
Com bom relacionamento no mercado, Diego sempre encontrou facilidade em encontrar novas oportunidades. Na empresa onde atuava, foi sinalizado que o contrato seria encerrado dentro de seis meses e, então, ele começou a procurar outro trabalho. “De tantos relacionamentos, contatos e ligações, me surpreendi com uma oportunidade completamente distinta a que eu imaginava, no no Family Office Ernesto Zarzur”, compartilha.
Apesar de construtora e incorporadora do mercado residencial, a empresa precisava de um Property Manager para gerenciar os imóveis dos fundadores. “Para estruturar o Family Office, dedico o foco em Real Estate, aplico a gestão de Facilities, de Property, e a gestão administrativa e financeira”, afirma Rienzi.
No momento, o executivo realiza a estruturação patrimonial, que já existia de outra forma. “É um passinho de cada vez, então a ideia é potencializar o resultado financeiro. Se você tem, por exemplo, 10 apartamentos ou 10 terrenos, preciso que isso gere renda, não despesa. Quanto é o IPTU de um imóvel vazio? Dependendo da localização, a perda de dinheiro pode ser muito significativa”, explica.
Empolgado com o novo ciclo, Diego enxerga um oceano de oportunidades no Family Office Ernesto Zarzur. Mas, e você? Como se prepara para as novas oportunidades do setor de Facility, Property e Workplace Management? Se possui interesse em acompanhar as tendências do mercado e construir uma carreira de sucesso, confira a grade de palestras do Congresso InfraFM.