O mercado corporativo CBD A e A+ de São Paulo registrou em setembro um dos melhores resultados deste ano. De acordo com os números apurados pela Cushman & Wakefield, a taxa de vacância caiu pelo segundo mês consecutivo, fechando em 20,66% (uma queda de 0,46 p.p. em relação ao mês anterior). "O destaque vai para a região da JK, que registrou uma redução de 49% na taxa de vacância, fechando o mês em 2,75%", destaca Jadson Mendes Andrade, Head de Pesquisa e Inteligência de Mercado para América do Sul.
A ocupação de 7 mil m² no edifício São Paulo Corporate Towers pela Microsoft refletiu positivamente nos índices de absorção líquida, fazendo com que o mês de setembro se tornasse o segundo mês do ano neste quesito - ao todo, foram absorvidos 14,6 mil m². Este também foi o segundo mês consecutivo em que a Cushman & Wakefield registrou alta no preço pedido por m². "Fechamos setembro com o valor médio de R$ 90,41, o maior desde outubro de 2018, impulsionado principalmente por regiões consolidadas, como a Paulista (+1%) e Faria Lima (+7%)", afirma.
O mês de setembro foi de surpresa no mercado logístico de classe A de São Paulo, que pela primeira vez neste ano registrou uma absorção líquida negativa. As principais regiões responsáveis pelo índice (que fechou em -31,7 mil m²) foram Cajamar e Atibaia, onde algumas saídas já eram esperadas pelo mercado. Sem nenhuma entrega de novos empreendimentos, a absorção fez com que a taxa de vacância aumentasse apenas em 0,4 p.p., alcançando 17,9% ao final do mês. "Também é interessante observar que o preço pedido subiu para R$ 19,26/m², um acréscimo de 0,9% se comparado ao mês de agosto, uma vez que as novas áreas desocupadas apresentam um valor pedido maior à média do mercado", explica Jadson Andrade.
Se em São Paulo os índices mostram um aquecimento do mercado corporativo CBD A e A+, no Rio de Janeiro eles ainda evoluem de forma tímida. Segundo os índices apurados pela Cushman & Wakefield em setembro, o mercado carioca apresentou uma absorção líquida positiva de 15,6 mil m2. O destaque vai para a região do Porto Maravilha, que sozinho absorveu 10,4 mil m². Isso fez com que a taxa de vacância caísse pelo quinto mês consecutivo, atingindo 36,18% - o menor valor desde outubro de 2016. No entanto, o indicador ainda é considerado alto, e segue impactando os índices gerais da cidade. "O Rio de Janeiro ficou mais um mês sem receber um edifício classe A e A+ nas suas principais regiões de negócio. Quanto ao preço médio pedido, a capital fluminense segue em tendência de queda, encerrando setembro em R$ 95,48 o metro quadrado", informa Jadson Andrade.
Já o mercado logístico do Rio de Janeiro seguiu o movimento do mercado de São Paulo e, mais uma vez, registrou absorção líquida negativa - só que, neste caso, pela terceira vez consecutiva. As desocupações de Duque de Caxias fizeram com que a absorção atingisse -6,25 mil m², comparado aos -1,4 mil m² de agosto. Considerando este índice, mais o fato de que a região não apresentou novas entregas ao estoque, houve um pequeno aumento na taxa de vacância de 0,3 p.p. em comparação ao mês anterior, alcançando 25,9%. O preço pedido do Rio de Janeiro atingiu R$ 20,88 o m² no final de setembro (um acréscimo de 0,2% se comparado ao mês anterior). "Não há mudanças significativas no preço pedido do Rio de Janeiro desde março, e a tendência é que isso se mantenha por mais um tempo", diz Jadson.
Destaques (setembro/2019):
>> 20,66% Taxa de vacância no mercado de escritórios de SP (classes A e A+)
>> 10,4 mil m² Absorção líquida positiva no mercado de escritórios da região do Porto Maravilha (Rio de Janeiro)
>> -31,7 mil m² Absorção líquida negativa, pela primeira vez neste ano, do mercado logístico de SP (classes A e A+)
>> -6,25 mil m² Absorção líquida negativa, pelo terceiro mês consecutivo, do mercado logístico do RJ (classes A e A+)
Divulgação: Cushman & Wakefield