A energia elétrica é uma das principais instalações dos hospitais e clínicas. A interrupção do sistema de fornecimento realizado pelas concessionárias pode prejudicar a continuidade de procedimentos cirúrgicos e colocar a vida do paciente em risco. Para assegurar o funcionamento ininterrupto, o Ministério da Saúde prevê que todas as organizações hospitalares devem contar com planos de emergência para enfrentar missões críticas.
De acordo com o Manual de Segurança no Ambiente Hospitalar, desenvolvido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em situações de ausência total ou parcial da energia elétrica, o padrão de funcionamento precisa ser mantido com energia auxiliar e segura como a fornecida pelos Grupos Geradores.
"Em um momento de interrupção, o Grupo Gerador é ativado em poucos segundos viabilizando que procedimentos cirúrgicos e assistenciais continuem em andamento, assim como aparelhos considerados vitais para os pacientes continuem ligados", descreve Maurício Garcia, Diretor da Unidade de Energia da Sotreq, empresa com 76 anos de atuação no mercado e uma das maiores provedoras de soluções, produtos e sistemas Cat®.
Missão Crítica
De acordo com Garcia, a companhia seleciona o tipo de mecanismo de suprimento para o hospital de acordo com avaliações realizadas por engenheiros. "Existem dois aspectos fundamentais levados em consideração pelos profissionais para a escolha do gerador: o tamanho e a potência. Nesse caso, a quantidade de aparelhos que será alimentada pelo dispositivo de emergência são fatores determinantes para garantir sua operação com segurança", informa.
Além de permitir que os aparelhos presentes nos Centros Cirúrgicos e nas Unidades de Terapia Intensiva, como os de respiração mecânica, carros de emergência com desfibrilador e dispositivos de monitoramento cardíaco não parem de funcionar, eles também possibilitam que elevadores, sistema de climatização e demais estruturas continuem operando sem interrupções.
Tipos de combustível
No mercado de emergência, as versões que utilizam o diesel são as mais buscadas devido à resposta transiente, que é quando o motor atinge uma carga mais rapidamente em um momento de falha da energia fornecida pelas concessionárias. "Hoje, muitos hospitais contam com monitoramento on-line da quantidade de diesel do tanque e que emite alerta quando o nível do mesmo está em baixo, garantindo maior disponibilidade do gerador", afirma o diretor.
Contudo, outras opções têm conquistado os clientes, como é o caso do sistema Bi-Fuel que se baseia na mudança de combustível da usina, passando de motor a diesel para uma mistura de diesel e gás. "É uma solução que viabiliza a operação dos geradores, inclusive, diariamente no horário de ponta, gerando uma economia na conta de luz e também uma redução na emissão de CO2", descreve.
Nesse sistema, o gerador trabalha, simultaneamente, com 70% de gás natural e 30% de diesel. Vale salientar que a instalação do kit Bi-Fuel não gera impacto na funcionalidade do motor já que a transição entre os combustíveis é feita dentro dos limites seguros de operação. Além disso, o gás é modulado de acordo com a variação de carga e necessidade de potência, proporcionando maior controle, segurança, monitoramento e proteção.
Novidade no mercado
Recentemente, a Sotreq, em parceria com a Caterpillar, apresentou ao setor de energia o Grupo Gerador, o modelo G3512, movido 100% a gás natural que dispõe de melhor capacidade transiente, viabilizando sua utilização em operações de emergência (stand by), além de oferecer diversos benefícios como menor custo de geração de energia - quase metade do custo de geração a diesel -, menos intervalos para manutenções e, consequentemente, menores despesas operacionais.