Com o fechamento do terceiro trimestre de 2017, a Buildings Pesquisa Imobiliária traz em primeira mão os números consolidados do mercado de escritórios. No segundo evento Buildings Exclusive, a empresa apresentou os destaques que aconteceram nesse período, como as principais transações, fatos relevantes, e as tendências do setor, em um evento na semana passada para mais de 150 executivos das principais empresas desenvolvedoras, proprietários, gestores de fundos, bancos e consultorias imobiliárias.
Um dos destaques detectados pelo estudo foi a queda da taxa de vacância dos edifícios classe A no mercado de São Paulo, que ficou em 19,94%, enquanto no segundo trimestre era de 21,49%. No Rio de Janeiro, o segmento corporate A também apresentou leve retração em relação ao período anterior, atingindo 47,01% no terceiro trimestre, embora a taxa ainda seja considerada alta. A média ponderada dos preços pedidos para edifícios padrão A no Rio também apresentou ligeira queda, de R$ 98,78 para R$ 97,31.
Top ocupações
Em São Paulo, o período do terceiro trimestre no mercado de escritórios corporativos foi marcado por transações expressivas, envolvendo empresas do segmento de tecnologia, comunicação e área financeira, entre outros. Uma das absorções mais significativas foi a ocorrida no Edifício São Paulo Corporate Towers (classe AAA), localizado na Vila Olímpia, ocupado pela Uber (7.498 m²), BNP Paribas (7.393 m²), Reckitt Benckiser (4.496 m²), FOX Channel (3.776 m²) e Cardif do Brasil (3.773 m²).
Outro destaque foi a ocupação pela 99 Táxi de 10.065 m² no Edifício Arquiteto Carlos Bratke (classe AAA), na região da Berrini. O TRT também ocupou 9.698,08 m² no Panamérica Park (classe A), no Jardim São Luiz. Na Vila Olímpia, o Edifício Continental Square (padrão AA) recebeu a Heineken (4.029,20 m²), Votorantim (920,00 m²) e FlexMedia (com 864,60 m²).
As empresas de coworking também representaram um importante incremento nas ocupações do terceiro trimestre. A Regus ocupou 1.171 m² no Panamérica Park (classe A), no Jardim São Luiz e também mais 1.928 m² no Torre Z, na região da Berrini. A Cubo Coworking Itaú pré-locou o Edifício Vicente Pinzon (classe AA), com 18.000 m², na Vila Olímpia. A WeWork também tem uma pré locação de 9.404 m² no Edifício Prime Boulevard Consolação (classe A), na Avenida Angélica, e ainda ampliaram sua locação, no Edifício CENU - Torre Norte (classe AAA), com 5.609 m².
Além das transações de locação, foram destacadas as aquisições feitas no período, como o caso do EZ Towers Torre B, adquirido pela Brookfield, Urbanity Corporate, adquirido pela H.I.G. Capital; Torre Sucupira, no Parque da Cidade, comprada pelo Grupo Fosun; e Centro Empresarial do Aço, opcionado para compra pela Barzel Properties.
Solo fluminense
No Rio de Janeiro, as principais movimentações do período foram realizadas pela Vale, com 14.550 m² na Torre Oscar Niemeyer - FGV (classe A), na Praia de Botafogo; pela AGU, que ocupou 5.208 m² na Torre Castelo (classe AA), no Centro; pelo Bradesco, com 3.664 m² na Torre 1º de Março (classe A), no Centro; pela M4U, com 2.791 m² no Centro Empresarial Mourisco (classe AA), na Praia de Botafogo.
Também no Rio as empresas de coworking foram responsáveis por ocupações expressivas, como as realizadas pela Regus, com 2.096 m² no Passeio Corporate (classe AAA), no Centro, e mais 1.156 m² na Bolsa de Valores (classe AAA), também no Centro. Já a WeWork realizou uma pré-locação de 1.974 m² no Edifício Visconde de Pirajá (classe B), na Zona Sul, nesse período.
Para a Buildings, a diminuição da taxa de vacância e dos preços pedidos em alguns mercados abrem uma janela única de oportunidades para o mercado imobiliário.
"Estamos vendo nesse final de ano, principalmente em São Paulo, sinais concretos de recuperação de mercado, com a manutenção de absorções líquidas positivas nos últimos trimestres, queda na vacância gerada por estratégias acertadas de desenvolvedores em postergarem suas entregas e expansão na ocupação de alguns setores. É certo que, do ponto de vista do investidor proprietário, ainda é cedo para falar de recuperação de preços, porém, muitos projetos que estavam on hold foram ativados, o que faz o mercado girar", afirma Fernando Didziakas, diretor da Buildings.