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Sinais de retomada

Queda na taxa de vacância de escritórios em SP reforça a perspectiva de recuperação e novas ocupações no RJ apontam as expectativas para 2018. Fique por dentro, também, dos endereços escolhidos pela Uber, BNP Paribas, FOX Channel, Reckitt Benckiser, Cardif do Brasil, Heineken, AGU, TRT, entre outras

Com o fechamento do terceiro trimestre de 2017, a Buildings Pesquisa Imobiliária traz em primeira mão os números consolidados do mercado de escritórios. No segundo evento Buildings Exclusive, a empresa apresentou os destaques que aconteceram nesse período, como as principais transações, fatos relevantes, e as tendências do setor, em um evento na semana passada para mais de 150 executivos das principais empresas desenvolvedoras, proprietários, gestores de fundos, bancos e consultorias imobiliárias.

Um dos destaques detectados pelo estudo foi a queda da taxa de vacância dos edifícios classe A no mercado de São Paulo, que ficou em 19,94%, enquanto no segundo trimestre era de 21,49%. No Rio de Janeiro, o segmento corporate A também apresentou leve retração em relação ao período anterior, atingindo 47,01% no terceiro trimestre, embora a taxa ainda seja considerada alta. A média ponderada dos preços pedidos para edifícios padrão A no Rio também apresentou ligeira queda, de R$ 98,78 para R$ 97,31.

Top ocupações

Em São Paulo, o período do terceiro trimestre no mercado de escritórios corporativos foi marcado por transações expressivas, envolvendo empresas do segmento de tecnologia, comunicação e área financeira, entre outros. Uma das absorções mais significativas foi a ocorrida no Edifício São Paulo Corporate Towers (classe AAA), localizado na Vila Olímpia, ocupado pela Uber (7.498 m²), BNP Paribas (7.393 m²), Reckitt Benckiser (4.496 m²), FOX Channel (3.776 m²) e Cardif do Brasil (3.773 m²).

Outro destaque foi a ocupação pela 99 Táxi de 10.065 m² no Edifício Arquiteto Carlos Bratke (classe AAA), na região da Berrini. O TRT também ocupou 9.698,08 m² no Panamérica Park (classe A), no Jardim São Luiz. Na Vila Olímpia, o Edifício Continental Square (padrão AA) recebeu a Heineken (4.029,20 m²), Votorantim (920,00 m²) e FlexMedia (com 864,60 m²).

As empresas de coworking também representaram um importante incremento nas ocupações do terceiro trimestre. A Regus ocupou 1.171 m² no Panamérica  Park (classe A), no Jardim São Luiz e também mais 1.928 m² no Torre Z, na região da Berrini. A Cubo Coworking Itaú pré-locou o Edifício Vicente Pinzon (classe AA), com 18.000 m², na Vila Olímpia. A WeWork também tem uma pré locação de 9.404 m² no Edifício Prime Boulevard Consolação (classe A), na Avenida Angélica, e ainda ampliaram sua locação, no Edifício CENU - Torre Norte (classe AAA), com 5.609 m².

Além das transações de locação, foram destacadas as aquisições feitas no período, como o caso do EZ Towers Torre B, adquirido pela Brookfield, Urbanity Corporate, adquirido pela H.I.G. Capital; Torre Sucupira, no Parque da Cidade, comprada pelo Grupo Fosun; e Centro Empresarial do Aço, opcionado para compra pela Barzel Properties.

Solo fluminense

No Rio de Janeiro, as principais movimentações do período foram realizadas pela Vale, com 14.550 m² na Torre Oscar Niemeyer - FGV (classe A), na Praia de Botafogo; pela AGU, que ocupou 5.208 m² na Torre Castelo (classe AA), no Centro; pelo Bradesco, com 3.664 m² na Torre 1º de Março (classe A), no Centro; pela M4U, com 2.791 m² no Centro Empresarial Mourisco (classe AA), na Praia de Botafogo.

Também no Rio as empresas de coworking foram responsáveis por ocupações expressivas, como as realizadas pela Regus, com 2.096 m² no Passeio Corporate (classe AAA), no Centro, e mais 1.156 m² na Bolsa de Valores (classe AAA), também no Centro. Já a WeWork realizou uma pré-locação de 1.974 m² no Edifício Visconde de Pirajá (classe B), na Zona Sul, nesse período. 

Para a Buildings, a diminuição da taxa de vacância e dos preços pedidos em alguns mercados abrem uma janela única de oportunidades para o mercado imobiliário.

"Estamos vendo nesse final de ano, principalmente em São Paulo, sinais concretos de recuperação de mercado, com a manutenção de absorções líquidas positivas nos últimos trimestres, queda na vacância gerada por estratégias acertadas de desenvolvedores em postergarem suas entregas e expansão na ocupação de alguns setores. É certo que, do ponto de vista do investidor proprietário, ainda é cedo para falar de recuperação de preços, porém, muitos projetos que estavam on hold foram ativados, o que faz o mercado girar", afirma Fernando Didziakas, diretor da Buildings.

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