Karina Spinelli
 

Executivos de RH e FM debatem sobre os seus modelos de trabalho

Flexibilidade, tecnologia e engajamento foram temas centrais no encontro promovido pela Woba.

Por Redação

Executivos de RH e FM debatem sobre os seus modelos de trabalho

Foto: Divulgação


No último dia 20 de setembro, a Fábrica de Dengo em São Paulo foi palco de um encontro estratégico que reuniu executivos de Facilities Management (FM) e Recursos Humanos (RH). Sob a organização de Roberta Vasconcelos, Co-founder e CEO da Woba, o evento teve como foco o debate em torno do retorno ao trabalho presencial, com o tema central: "Volta ao escritório: equilíbrio entre segurança, infraestrutura, conforto e produtividade". A ideia central do encontro era descobrir estratégias para tornar os diferentes ambientes de trabalho mais acolhedores e adaptados às novas expectativas dos colaboradores, garantindo que a volta ao presencial seja uma experiência positiva para todos.

A sessão foi mediada por Léa Lobo, diretora de conteúdo da InfraFM, e contou com a participação de duas painelistas: Carolina Morita, Head de Pessoas da Comgás, e Luciane Pizeli, Superintendente Executiva de Gente, Gestão e Performance da Cielo. O evento foi marcado por discussões profundas sobre as mudanças que o mercado corporativo tem enfrentado no cenário pós-pandemia, destacando o papel crucial da infraestrutura na adaptação dos ambientes de trabalho às novas demandas de flexibilidade e bem-estar.

A conversa destacou a necessidade de ambientes flexíveis. As painelistas trouxeram dados e exemplos práticos sobre como suas organizações vêm adaptando suas estruturas físicas e políticas internas para garantir um equilíbrio entre a segurança, conforto e produtividade dos colaboradores. Carolina Morita, por exemplo, mencionou que a Comgás adotou uma política de "3 dias no escritório e 2 em home office", enfatizando a importância de oferecer opções personalizadas para os funcionários, uma vez que nem todos possuem condições adequadas para trabalhar remotamente em suas residências.

Luciane Pizeli, da Cielo, compartilhou uma experiência similar, mencionando como a empresa adaptou escritórios regionais para atender as demandas de flexibilidade, destacando ainda o desafio de gerenciar múltiplas unidades espalhadas pelo Brasil. Ela ressaltou a importância de proporcionar ambientes acolhedores e adaptados às necessidades individuais, incluindo desde soluções tecnológicas até o design de espaços que promovem o bem-estar.

Outro ponto importante levantado foi o papel da tecnologia no aumento da produtividade e na facilitação do trabalho híbrido. As executivas compartilharam suas experiências com ferramentas tecnológicas que permitem agendamento de mesas, controle de espaços e integração de colaboradores, seja presencialmente ou remotamente. Luciane destacou que, após a pandemia, a produtividade aumentou consideravelmente, mas a saúde mental tornou-se um novo desafio a ser equilibrado. Ela contou que, na Cielo, os espaços de trabalho passaram por uma reformulação, com foco na criação de um ambiente que promova a colaboração, sem perder de vista a individualidade e a necessidade de interação social.

Carolina também destacou como a flexibilidade pode ser uma ferramenta para promover segurança psicológica no ambiente de trabalho. Ao permitir que os colaboradores escolham onde preferem trabalhar — seja em casa ou em um escritório compartilhado —, a Comgás conseguiu criar uma cultura de confiança, onde as pessoas têm liberdade para decidir o que funciona melhor para sua produtividade e bem-estar.

Uma discussão emergiu sobre como manter o engajamento e o sentimento de pertencimento em um modelo de trabalho híbrido ou remoto. Luciane enfatizou que o papel dos líderes é fundamental nesse processo, mencionando que muitas vezes as resistências vêm do próprio corpo de liderança, que pode estar acostumado com modelos mais tradicionais. Ela sugeriu que programas de treinamento e uma comunicação clara sobre as novas diretrizes podem ajudar a alinhar expectativas.

Carolina complementou dizendo que, na Comgás, o desafio foi manter o pertencimento dos colaboradores, especialmente em projetos específicos onde as pessoas precisam se afastar de suas áreas originais para se dedicarem exclusivamente a novos desafios. Ela compartilhou a experiência de um projeto de tecnologia, onde um novo espaço de trabalho foi criado com elementos da identidade da empresa, garantindo que os funcionários ainda se sentissem parte do todo, mesmo trabalhando em ambientes diferentes.

O evento foi concluído com uma reflexão sobre como as empresas podem se preparar para o futuro do trabalho, que, segundo as painelistas, será cada vez mais híbrido e flexível. Ambas concordaram que a chave para o sucesso está na escuta ativa dos colaboradores e na adaptação constante, com base em dados concretos e feedbacks contínuos. Roberta Vasconcelos encerrou o encontro agradecendo a participação de todos e destacando que o papel da Woba é justamente o de apoiar as empresas nessa jornada de transformação dos ambientes de trabalho.

Após o debate, os convidados puderam continuar a troca de ideias e experiências em um momento de networking, acompanhado de um café na aconchegante Fábrica de Dengo, onde todos também foram presenteados com chocolates.


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