PARTICIPE DA EDIÇÃO HISTÓRICA DO CONGRESSO INFRAFM
 

Acidentes evitáveis na manutenção

Uso obrigatório de EPI é capaz de evitar as quase 23 mil mortes por acidentes de trabalho registradas no país na última década. Entenda o porquê.

​Para assegurar a prevenção de acidentes no ambiente de trabalho, a Lei n.º 6.514/77 da CLT instituiu o uso obrigatório de Equipamento de Proteção Individual (EPI) em qualquer ambiente de trabalho que apresente fatores de risco à segurança e à saúde do colaborador, não apenas em áreas consideradas perigosas ou insalubres.

Fato é que muitos profissionais ainda apresentam resistência em cumprir a norma quando o trabalho não demonstra um risco aparente, como é o caso da manutenção e operação predial, durante a inspeção ou pequenos reparos de máquinas, por exemplo. Da mesma forma, ainda existem organizações que focam mais nas demandas salariais e menos na prevenção à saúde do colaborador. Por isso, é competência do Ministério do Trabalho e Previdência fiscalizar todas as atividades relacionadas à segurança e saúde laboral no território brasileiro, e é dever do empregador adotar todas as medidas de segurança exigidas por lei, como realizar a compra e a distribuição gratuita de EPIs para os funcionários.

Segundo os dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) compilados pelo Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, na última década, 22.954 pessoas morreram em acidentes de trabalho no Brasil. Nesse período, houveram também 6,2 milhões de comunicações de acidentes de trabalho (CATs) ao INSS, cenário que só não foi pior porque não considera a população que trabalha de maneira informal no País. 

Para evitar que o percentual de acidentes registrados continue elevado, cabe tanto a empresa como ao colaborador, a responsabilidade do uso apropriado dos EPIs. Além disso, a empresa deve oferecer treinamentos com informações sobre formas corretas de uso, mencionar o tempo de vida útil, cuidados com a manutenção e descarte dos equipamentos.

Identificar o tipo de risco que o profissional está sujeito e o EPI específico que a atividade exige, como barulho, poeira, cheiro forte, colaborador em postura antianatômica, risco por impacto, por objetos pontiagudos, de temperaturas extremas, ameaças biológicas, radiação, etc., é a única forma de conferir proteção suficiente para o colaborador. Como por exemplo, o equipamento de proteção auditiva de uma pessoa que opera uma fábrica de montagem de automóveis é diferente de um trabalhador da construção civil.

O empregador também deve aplicar uma advertência verbal ou escrita, suspender de suas funções ou, até mesmo, demitir por justa causa o colaborador que não fizer o uso do EPI.

Principais tipos de EPIs

Existe uma variedade de equipamentos de proteção individual, regulamentados pela NR6, que englobam as mais diversas áreas. Podemos elencar os principais:

- Capacete: há modelos específicos para proteger a cabeça do usuário contra impactos de objetos sobre o crânio, para proteção contra choques elétricos e proteção do crânio e face contra agentes térmicos.

- Óculos de segurança: usados para proteger os olhos e a face de partículas volantes, contra luminosidade intensa, com lentes escuras contra radiação ultravioleta e contra a radiação infravermelha.

- Protetor auricular: com diferentes modelos, estabelecidos conforme o nível de pressão sonora, o equipamento tem a função de proteger os ouvidos de ruídos excessivos. Existem os modelos tipo concha ou plug (de inserção);

- Respirador purificador de ar: independentemente dos modelos - descartáveis, com filtro ou máscara autônoma -, serve para proteger as vias respiratórias do usuário;

- Luvas: usadas para proteger as mãos de choques elétricos, queimaduras, materiais abrasivos, produtos químicos, agentes biológicos, contra agentes cortantes e perfurantes, agentes térmicos etc. Alguns modelos também protegem os punhos;

- Botas: protegem o usuário de torções, derrapagens, animais peçonhentos, quedas de objetos, agentes provenientes de energia elétrica, agentes térmicos, etc. Além disso, por terem a sola resistente, as botas também protegem o trabalhador caso ele pise em elementos cortantes ou que possam furar o sapato, e oferece proteção dos pés e pernas do trabalhador contra umidade proveniente de operações com uso de água e contra agentes químicos.

Envie os nossos conteúdos por e-mail. Utilize o formulário abaixo e compartilhe os link deste conteúdo com outros profissionais. Aproveite e escreve uma mensagem bacana.

Faça uma busca


PARTICIPE DA EDIÇÃO HISTÓRICA DO CONGRESSO INFRAFM

Mais lidas da semana

Mercado

Newset quer jogar luz sobre a "caixinha preta" da climatização corporativa

Educar para transformar a contratação de serviços de manutenção em ar-condicionado

Workplace

Swile reposiciona escritório com base em estudo de geolocalização

Empresa usou dados de deslocamento da equipe para escolher novo endereço e transformar escritório em ferramenta de bem-estar e engajamento

Operações

Em 2025, a linguagem que você precisa falar é a do ESG

Entender o vocabulário ESG não é mais diferencial, é necessidade estratégica.

Mercado

PodeSubir é um startup que transformou o “pode subir” em experiência digital

Com crachás digitais, reconhecimento facial e independência de hardware

Sugestões da Redação

Revista InfraFM

Por que o esg da Globo deveria estar no seu radar?

O Relatório ESG 2024 da Globo destaca avanços na agenda ambiental da empresa.

Revista InfraFM

Infraestrutura sob controle e os bastidores do Facility Management na cart

Por dentro da operação que garante eficiência, segurança e sustentabilidade em mais de 400 km de rodovias

Revista InfraFM

Prédio limpo, negócio forte!

Como a opinião do cliente final está moldando o futuro da limpeza profissional

Revista InfraFM

Infraestrutura Hospitalar como Pilar de Excelência

Como a gestão estratégica de Engenharia, Real Estate e Facilities contribui para consolidar o Hospital Israelita Albert Einstein como referência mundial

Operações

Monitoramento em tempo real otimiza produção em 18% na Visteon Amazonas

Ricardo Tanko Vasconcellos, Quality Manager da multinacional, fala sobre importância da sinergia entre áreas para um processo contínuo de melhorias.

Operações

Retrofit gera mais de R$3 milhões de economia para operação de shopping

Gerente de operações do Shopping Praça da Moça e coordenador de Operações do Grupo AD falam sobre desafios e resultados das implementações.

 
Dúvidas sobre os EVENTOS?
Fale com a nossa equipe pelo WhatsAPP