A Enel Brasil, maior grupo privado do setor elétrico no país, anunciou no início de outubro as mudanças na sede de suas empresas nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. A empresa atua no Brasil com geração, distribuição, transmissão, comercialização e serviços de energia por meio da Enel Brasil e suas subsidiárias. Em distribuição, o Grupo atende mais de 18 milhões de clientes em São Paulo, Ceará, Rio e Goiás. No segmento de geração, o Grupo Enel é o maior produtor de energia solar e eólica do país em capacidade instalada e portfólio de projetos com uma capacidade renovável total de 3,7 GW, dos quais 1.498 MW são eólicos, 979 MW solares e 1.269 MW hidrelétricos. No segmento de comercialização, o Grupo está entre as maiores comercializadoras de energia para consumidores finais no Mercado Livre no Brasil. Em meados de 2020, lançou a Enel Trading Brasil S/A, nova comercializadora de energia do Grupo no país.
A companhia está transferindo a sede da holding Enel Brasil, incluindo a presidência do Grupo no país, para a capital paulista. As novas instalações ficarão no complexo Parque da Cidade, na Avenida das Nações Unidas. Além da sede da holding, o espaço abrigará a empresa de serviços em energia da Enel, a Enel X, além da gestão da distribuidora Enel São Paulo, que anteriormente ficava localizada na cidade de Barueri/SP.
Com as mudanças no Rio de Janeiro, a companhia transfere suas instalações de Niterói para o edifício Aqwa Corporate, na Via Binário do Porto, no bairro Santo Cristo. A chegada da Enel na área central do Rio de Janeiro reforça a retomada da ocupação do Porto Maravilha, que vive nos últimos anos, mesmo com os recentes impactos da pandemia, uma profunda transformação, responsável por fazer da região um hub de inovação e atrair empresas e instalações culturais e turísticas. Os escritórios na capital fluminense vão receber principalmente a Enel Distribuição Rio, a comercializadora de energia Enel Trading, e a Enel Green Power, linha de negócios de geração renovável, líder em geração solar e eólica no país.
As mudanças estão alinhadas com o crescimento e a diversificação das operações da Enel no Brasil e consolidam a presença da multinacional de energia nas duas maiores capitais, que desempenham o papel de principal eixo econômico-financeiro do país e que abrigam historicamente importantes instituições ligadas ao setor elétrico. Os projetos dos novos escritórios foram criados pela Athié Wohnrath, renomada empresa de arquitetura, engenharia e construção, com 25 anos no mercado e mais de 130 milhões de m² implantados.
“Nossa empresa experimentou nos últimos anos o maior crescimento e a maior diversificação de negócios de sua história no país”, reforça Nicola Cotugno, Country Manager da Enel no Brasil. “Nos tornamos a maior empresa privada de distribuição em número de clientes e o principal player de geração solar e eólica em capacidade instalada. Também ampliamos fortemente nossa presença em comercialização de energia no mercado livre e na oferta de soluções em segmentos como mobilidade elétrica. Como parte desta trajetória, chegamos à maior capital do país, com a compra da Eletropaulo em 2018. Em paralelo ao crescimento do nosso negócio, as novas sedes refletem a atual necessidade da companhia de assegurar aos nossos colaboradores mais qualidade no ambiente de trabalho, em um espaço dedicado ao bem-estar e ao desenvolvimento das pessoas.”
“Vamos inaugurar no País um novo modelo de trabalho, onde o escritório funciona como um hubquarter, para atividades de integração, convivência, brainstorm de projetos. A pandemia provou que o trabalho pode funcionar de qualquer lugar e o melhor deles sempre será aquele em que as pessoas se sintam bem e se sintam parte. Estamos criando um espaço de convivência, que facilite o processo criativo, a diversidade e a inclusão”, levando em consideração resultados de um processo de escuta dos nossos colaboradores, iniciado no ano passado, e o alinhamento com as diretrizes globais do grupo, afirma Alain Rosolino, diretor de Pessoas e Organizações da Enel Brasil.
A empresa já iniciou o processo de certificação WELL para os dois novos escritórios, os primeiros do Grupo Enel na América Latina a buscarem a certificação. O sistema de certificação WELL é uma ferramenta pioneira no mundo criada pelo International Well Building Institute para fornecer indicadores e métricas claras para aferir a qualidade dos ambientes para a saúde e bem-estar dos ocupantes. O certificado avalia o desempenho do ambiente de trabalho em várias categorias como ar, alimentação, luz, movimento, conforto térmico, som, materiais e comunidade. “Os novos espaços reúnem o que há de mais moderno em engenharia corporativa e foram projetados para um modelo de trabalho híbrido, refletindo as atuais necessidades e as tendências do mundo do trabalho. As mudanças fazem parte da estratégia global da Enel de se instalar em edifícios aptos a obter a certificação Well, primeira certificação mundial centrada em pessoas e não em processos, o que auxilia a companhia a promover o bem-estar de seus colaboradores e de visitantes”, destaca Flavia Baraúna, diretora de Serviços da Enel Brasil.
Baraúna destaca ainda que o estudo de viabilidade consistiu na realização de um business case integrado, levando em consideração os dois projetos em conceito turn key, já que a análise comparativa (as-is x to-be) e de viabilidade englobavam desde a relocalização dos escritórios até a concepção e execução desses novos espaços. Dentro desse escopo, desenvolveram diversos cenários, sempre com o objetivo de tornar o projeto viável economicamente, destacando também os ganhos intangíveis das mudanças. Para isso, rodaram diversos modelos e os grandes desafios que estavam relacionados a repensar as premissas iniciais “fora da caixa”, como por exemplo:
- Calcular o nível de ocupação dos espaços (m2 locado) considerando 1 estação de trabalho por colaborador x % redução;
- Modelo de contratação de projeto e obra – tradicional x desing bulding;
- Realizar uma contratação única para execução dos dois projetos x contratar empresas diferentes.
Os espaços de trabalho são amplos, integrados e compartilháveis, sem estações fixas, favorecendo a integração entre pessoas de diferentes áreas. Os escritórios também terão salas agile, para reuniões e sessões de brainstorm, por exemplo. Além disso, haverá áreas de café, lounges e espaços com esteiras e bicicletas ergométricas junto das áreas de trabalho. Todos os ambientes possuem arquitetura focada em boas práticas de ergonomia, iluminação eficiente e qualidade acústica. A ocupação dos novos prédios será gradual e respeitará o cenário de evolução da pandemia no país.
Por fim e não menos importante, Baraúna destaca que grande parte desse estudo foi desenvolvido durante a pandemia, em um cenário complexo e de incertezas, onde absolutamente ninguém era capaz de prever qual seria o escritório “ideal” para atender às necessidades do tão falado “novo normal”, então parte relevante também foi considerar espaços flexíveis e com baixo custo para mudança, já que a única certeza do momento é a mudança constante.
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