Por Larissa Gregorutti
Com a missão de melhorar o transporte aéreo de cargas do setor farmacêutico, a GRU Airport conquistou, após sucessivos investimentos em modernização e adequação das estruturas do terminal de cargas, a certificação global do Centre of Excellence for Independent Validators (CEIV Pharma) concedida pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (do inglês, International Air Transport Association – IATA).
O reconhecimento atesta os mais altos índices de segurança, conformidade e eficiência em instalações, equipamentos, operações e profissionais relacionados ao setor farmacêutico mundial. Com o certificado endossado pela IATA, o terminal está de acordo com as melhores práticas internacionais do setor aéreo.
Concessionária responsável por todo o complexo logístico e aeroportuário localizado em Guarulhos, a GRU Airport investiu mais de R$ 45 milhões, desde 2012, quando iniciada a operação do TECA, afirma Mônica Lamas, Diretora Comercial e de Cargas da concessionária.
“O transporte aéreo de produtos da indústria farmacêutica precisa trabalhar com métodos logísticos complexos para manter a integridade dessas cargas que são sensíveis ao tempo e variação de temperatura e, por isso, demandam equipamentos específicos, instalações de armazenamento, procedimentos harmonizados e, acima de tudo, uma forte cooperação entre todos os parceiros da cadeia fria para superar grandes desafios como treinamento insuficiente, infraestrutura inadequada e excesso de regulações”, explica Dany Oliveira, Diretor Geral da IATA no Brasil. O Executivo comenta ainda que as perdas anuais de produtos sensíveis à temperatura durante o transporte podem chegar a mais de US$ 12 bilhões devido à quebra dessa cadeia.
Segundo Liana Montemor, Validadora Independente da IATA CEIV Pharma, a certificação concedida pela IATA é uma das poucas ou a única certificação global que consegue trabalhar o trânsito de carga perecível.
A entidade representa comercialmente companhias aéreas de todo o mundo ou 82% do tráfego aéreo global e fomenta políticas aplicáveis ao setor aeronáutico de todos os continentes. A associação trabalhou em estreita colaboração com partes interessadas e os reguladores da indústria farmacêutica na criação do programa CEIV Pharma, que abrange todos os aspectos do transporte de cargas com controle de temperatura e sensível ao tempo incluindo o gerenciamento eficaz da cadeia fria e mitigação de riscos.
“O benefício assegurado no transporte aéreo desses produtos é garantir um serviço premium com velocidade, flexibilidade, confiabilidade, segurança e proteção da carga”, informou Liana.
Para Mônica, da GRU Airport, a expectativa é que o selo internacional influencie positivamente em toda a cadeia da indústria nacional de farmacêuticos. “O transporte de cadeia fria com padrão internacional é essencial para preservar a propriedade da carga de medicamentos de diferentes categorias e, como consequência, influencia os custos logísticos e operacionais de armazenagem e transporte terrestre, que chegam a ser embutidos no valor final repassado ao consumidor”, explica.
Atualmente, o Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de Guarulhos atende às principais distribuidoras e indústrias de medicamentos do Brasil e do mundo, como Abbott, Bayer, CEVA, DB Schenker, DHL, DSV, Expeditors Panalpina, Janssen, Kuehne + Nagel, Medley e Pfizer.
Para Gustavo Figueiredo, CEO da GRU Airport, esse é o início de uma nova caminhada por excelência, em busca de melhoria contínua dos processos e infraestrutura, trabalhando em quatro mãos com os parceiros estratégicos do negócio, como é o caso da cadeia de refrigerado. E completou, “A área de cargas da GRU Airport representa em torno de 30% a 35% do faturamento do aeroporto, e é absolutamente estratégica para o nosso plano de negócio. Hoje, somos um aeroporto de movimentação de cargas, mas temos o dever de virar um aeroporto industrial em um futuro próximo, e é para isso que estamos nos preparando”.
Nos últimos anos, a GRU Airport realizou melhorias operacionais e de infraestrutura, adiantando-se às exigências do setor de transporte de cargas. Os investimentos no TECA realizados desde 2013 já proporcionaram o aumento de 76% na capacidade de armazenagem. O aeroporto investe também na automação do seu processo, melhorando a eficiência dos prazos médios de desembaraço e a oferta de serviços de valor agregado para seus clientes.
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