Notícia publicada em 6 de junho de 2019
Por Léa Lobo
A Schneider Electric, líder global na transformação digital em gestão da energia elétrica e automação, e a Unwork, consultoria especializada nas novas formas de trabalho, lançaram o Smart Working, um relatório que expõe as vantagens dos edifícios inteligentes para os seus ocupantes e para os desenvolvedores de propriedades imobiliárias comerciais. O relatório também identifica os principais facilitadores tecnológicos e demonstra como os edifícios inteligentes contribuem para transformar os ambientes de trabalho e o panorama urbano.
O investimento em sistemas de construções inteligentes cresceu consideravelmente nos últimos anos. A despesa global aumentou em 5.816 milhões de euros em 2015. Para o ano de 2019, prevê-se que esse número chegue aos 14.460 milhões de euros, segundo dados do International Data Corporation (IDC), o que reflete a sensibilização cada vez maior que as empresas têm sobre os benefícios que esse tipo de edificações pode agregar: melhoria do rendimento do negócio, atração de novos talentos, entre outros.
No relatório, estabelece-se um novo modelo orientado para os resultados que avalia até que ponto um edifício é inteligente, o modelo Activ8, que detalha os oito benefícios que um prédio deve ter para poder ser considerado como tal. Assim sendo, o edifício inteligente é sustentável e evolutivo, uma vez que proporciona informação de valor sobre o edifício e permite agir com base nos resultados, obtendo melhorias em eficiência energética. Também é flexível, permitindo instalar modelos de trabalho mais ágeis, dinâmicos e saudáveis. Tais modelos de trabalho contribuem para que haja progressos na experiência dos utilizadores e para maior eficácia e produtividade. Além disso, graças à utilização avançada de dados e análises, os edifícios inteligentes são mais colaborativos.
Segundo o relatório da Schneider Electric e da Unwork, as soluções inteligentes de gestão de energia adotadas nos edifícios inteligentes permitem otimizar o rendimento dos sistemas e dos consumos, conseguindo alcançar a eficiência energética. Além disso, a geração de energia on-site, em conjunto com um software avançado de analítica e os novos tipos de materiais de construção inteligentes permitem que alguns edifícios sejam fornecedores de energia para as companhias elétricas nacionais.
Devido às tecnologias emergentes como a Internet das Coisas (IoT), o Big Data e a Inteligência Artificial, os edifícios inteligentes podem detectar e diagnosticar de forma eficaz possíveis falhas, melhorar a segurança de seus ocupantes e usuários, medir o nível de saúde organizacional da empresa, entre muitos outros benefícios.
Sete passos para criar um edifício inteligente
O relatório Smart Working: os edifícios inteligentes e o futuro do trabalho indica os sete passos que um desenvolvedor deve seguir para construir um edifício inteligente. Esses passos começam idealmente no mesmo momento da conexão do projeto e expandem-se desde a identificação dos especialistas que ajudarão a tornar a ideia real, até a escolha dos parceiros que a implementarão, passando pelo estudo dos aspetos básicos como a oferta e a procura de eletricidade, o iBMS ou os sistemas construtivos resilientes interconectados, até à eleição das tecnologias e componentes que serão incluídas no projeto, ou os dados que devem ser recolhidos e tratados para alcançar os objetivos.
Cubo Itaú: um case de edifício inteligente
Mais do que um edifício moderno, a nova sede se desenvolve para ser um organismo vivo por meio da autorregulação. E para atingir esse objetivo, o edifício que abriga o maior hub de fomento ao empreendedorismo tecnológico da América Latina passa a contar com mecanismos de automação predial.
Com 14 andares e capacidade para mais de 1.250 residentes, o edifício ganhará inteligência com o EcoStruxure™ Building Operation, da Schneider Electric, plataforma aberta e colaborativa de IoT para smart buildings da multinacional francesa. Dentre as soluções inovadoras para todo o ecossistema predial estão: controle de seis sistemas de ar-condicionado; 60 km de cabos para conectividade; controle de persianas; sistema de gestão de água, jardinagem e letreiros; controle de iluminação; software de realidade aumentada para manutenção; e estação meteorológica localizada no rooftop, que permite, por exemplo, abrir ou fechar as janelas.
Ar-condicionado democrático
Atrelando a automação predial com a atmosfera de colaboração e bom convívio, intrínseca ao conceito de ambientes de coworking, a Schneider Electric desenvolverá para o Cubo uma página na web para controle do ar-condicionado via votação. Dessa forma, em vez de acionar uma central pedindo a mudança de temperatura, os usuários do espaço podem acessar o site para votar a favor do clima que mais os agrada. De acordo com o resultado, o sistema regula automaticamente o ambiente. Além do ar-condicionado interativo, haverá em algumas salas um interruptor multitouch que permite compor cenários de iluminação conforme a vontade de quem estiver ali.
“Estamos desenvolvendo soluções que permitem ao Cubo Itaú o máximo de autonomia predial, casando as necessidades do edifício com a automação. Hoje, são mais de mil produtos instalados que possibilitam uma autorregulação do empreendimento”, afirma Klecios Souza, Vice-presidente de Building da Schneider Electric Brasil.
Gerenciamento de energia
A fornecedora ainda apoia o Cubo Itaú na gestão da energia elétrica. Graças ao EcoStruxure™ Power, sistema de distribuição elétrica da Schneider Electric para arquiteturas de média e baixa tensão, o prédio ganha eficiência na operação e na economia de energia, dirigindo uma infraestrutura quatro vezes maior, com um consumo de carga menor.
“A expansão do Cubo Itaú para um espaço quatro vezes maior foi um grande desafio e contar com um grande parceiro como a Schneider Electric tem sido estratégico no fomento ao ecossistema de empreendedorismo brasileiro”, afirma Reynaldo Gama, Head de Corporates do Cubo Itaú. Segundo o Executivo, a aproximação e toda a expertise tecnológica do novo parceiro fortalecerá a troca de conhecimento entre as startups residentes no hub.
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