Notícia publicada em 6 de junho de 2019
Por Érica Marcondes
Lançar mão de tecnologias, inovação e criatividade para transformar prédios e espaços comuns em ambientes de aprendizagem é uma das principais missões da área de infraestrutura e serviços. E apesar dos muitos desafios, há equipes que têm feito muito mais que a lição de casa. Referência em ensino e pesquisa nas áreas de Administração, Economia, Direito e Engenharia, o Insper é um desses exemplos.
No último mês de abril, o tradicional campus localizado na Rua Quatá, 300, zona sul de São Paulo, ganhou um anexo à altura para aumentar em 50% a sua área útil e viabilizar a expansão da graduação. Estamos falando do novo prédio de 15 mil m2, seis andares e três subsolos, que abriga oito laboratórios, 15 salas de aula, espaço para estudos, em grupo e individual, e para convivência.
Criado a partir das demandas dos próprios alunos, o projeto é a soma das expertises dos escritórios de arquitetura Perkins+Will e Athié Wohnrath, construção da R. Yazbek e consultoria de sustentabilidade do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE).
Tobogã, rooftop, três formatos de salas de aula e muito mais
Se a ausência de grades e o desenho ovalado já chamam a atenção ao contemplar sua fachada, o prédio surpreende também pelos elementos incorporados nos espaços e nas tecnologias prediais que prometem muita eficiência, flexibilidade e conforto.
O térreo, projetado em infraestrutura aparente e pé-direito alto, conta com videowall na entrada, sala de reunião, áreas de estudos e coworking, café aberto ao público, Centro de Empreendedorismo (CEMP) e um tobogã para encurtar – de maneira lúdica – a distância até o segundo andar. Já no sexto pavimento estão três quiosques na praça de alimentação, espaço de convivência e o rooftop.
Nos demais pavimentos, há a Praça do Estudante, mais um espaço voltado para estudo e leitura, e as salas de aula 100% acessíveis e disponíveis em três formatos: tipo Harvard, convencionais e as chamadas planas (bastante flexíveis).
“Das 15 salas de aula, 14 são componíveis (com 60 lugares cada), ou seja, podem ser ampliadas ou diminuídas de acordo com seu uso, trazendo maior flexibilidade ao empreendimento. Todas são automatizadas, com sistemas de gravação, videoconferência e possibilidade de transmissão simultânea para todas as salas do prédio e para a internet”, detalha Silvia Regina Bassaglia, Diretora de Patrimônio e Hospitalidade – departamento responsável por liderar a empreitada.
Além disso, divisórias retráteis “escrevíveis”, mesas basculantes e cadeiras empilháveis (contribuindo para ganho de espaço), sofás com plugues embutidos e cabines estofadas são algumas das facilidades incorporadas quando falamos em mobiliário.
Outro ponto que merece destaque é a tipologia da lousa. Importadas dos EUA e com garantia de 50 anos, elas são confeccionadas em cerâmica esmaltada (material mais resistente) e quadros que deslizam, a fim de facilitar a exposição de várias telas ao mesmo tempo pelo professor. A instalação das 16 lousas, realizada pelo próprio fabricante, aconteceu em 15 dias.
Laboratórios e uso consciente de recursos
O quarto andar é dedicado aos laboratórios, sendo dois de Desenvolvimento Ágil, um de Arquitetura de Computadores, um de Redes e Supercomputação e um de Realidade Virtual. Já o de Pneumática e o de Automação e Controle ficarão no terceiro subsolo. Todos eles tiveram plantas desenhadas pelos coordenadores e professores do curso de engenharia, para que os ambientes pudessem gerar as melhores experiências para os alunos.
“Nosso projeto para o Insper seguiu os padrões de qualidade de ensino da instituição. Muito focado no aluno, teve como base a evolução do ensino, suas tecnologias e no comportamento das novas gerações que estão chegando. Os ambientes prezam por espaços de descompressão super adequados ao público; flexibilidade e versatilidade para todas as salas de aula; laboratórios ultramodernos e tecnológicos; e por um perfil muito mais atrativo às novas gerações”, ressalta o arquiteto Sérgio Athié, sócio-fundador da Athié Wohnrath.
O prédio aproveita a iluminação natural, do nascer ao pôr do sol, com vidros insulados que absorvem o máximo de luminosidade e bloqueiam o calor. “Para um uso mais consciente de água, há um sistema para reutilização do recurso, poço artesiano e sensores em torneiras e banheiros. Os geradores e os aparelhos de ar-condicionado são abastecidos a gás, garantindo maior eficiência energética com menor impacto ao meio ambiente”, explica Bruno Cruz, Gerente de Atendimento e Service Desk.
A rede do prédio contará com um sistema inteligente, intuitivo e adaptável, lançado em 2017 nos Estados Unidos e um dos mais atuais do mundo, correspondendo ao grau de excelência do ambiente. Já o sistema de automação foi pensado para permitir maior segurança e a gestão inteligente de todos os ambientes da escola. A Central de Segurança, que será responsável pelos dois prédios, terá uma série de recursos, como o monitoramento por câmeras e sensores capazes de identificar diversas situações de risco, dentro e fora do espaço, e linhas virtuais de barreira.
“Temos muito o que celebrar nesses 20 anos. Construímos um centro de estudos e pesquisa aos moldes das maiores e mais importantes universidades americanas, modelo que até então não existia no Brasil. Inovamos também no aprendizado, com cursos orientados para o desenvolvimento de competências necessárias para a formação de profissionais preparados, estimulando a resiliência, o trabalho em equipe e a diversidade”, destacou Marcos Lisboa, presidente do Insper, em seu discurso de abertura do evento de inauguração do novo prédio, que também marcou a comemoração de duas décadas da graduação.
O primeiro prédio continua ativo, com 30.967,97 m2, 11 andares, 45 salas, 11 laboratórios, atendendo a mais de 11 mil alunos, dos cursos de graduação, certificates, MBAs, programas avançados, mestrados, doutorado e educação executiva.
Fotos: Divulgação Athié Wohnrath
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