Por Léa Lobo
A Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação (Febrac) foi fundada no dia 7 de março de 1983 em Brasília/DF, com o principal objetivo de defender os interesses das categorias por ela representados, a partir do seu diploma legal, devidamente registrada no Ministério do Trabalho e Emprego.
A Federação tem a representação única e legal dos setores de Serviços de Asseio e Conservação, de Limpeza em Geral de Edifícios, de Móveis e Jardins, de Limpeza Urbana, de Preservação Ambiental, de Medições, de Hospitalidade, além dos terceirizados em geral, incluindo todas as atividades de multisserviços descritas na cartilha de orientação ao tomador de serviços.
Para conhecermos o “plano de governo” da entidade para a Gestão 2018-2022, a revista INFRA traz uma entrevista exclusiva com Renato Fortuna Campos (59), Presidente eleito para o quadriênio.
Faça um breve descritivo da sua carreira no mercado de limpeza/multisserviços no Brasil.
Estou há 25 anos no setor de vigilância e há 20 no setor de limpeza. Como líder sindical, atualmente, estou Presidente da Febrac – Gestão 2018-2022, Presidente do Conselho de Administração do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado de Minas Gerais (Seac-MG) – 3ª Gestão, Vice-presidente de Assuntos de Qualificação da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist), Diretor da Central Brasileira de Serviços (Cebrasse), Vice-presidente do Sindicato das Empresas de Segurança e Vigilância do Estado de Minas Gerais (Sindesp-MG) e representante do segmento de Asseio e Conservação no Movimento BH Novos Tempos, coordenado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH).
Como presidente da Febrac, qual será o seu “plano de governo”?
A minha gestão terá como base o Plano de Governança Sindical – Plansind, em que, neste primeiro ano, tem como principal projeto a fundação do Instituto Febrac, que buscará melhores condições para as instituições e para o segmento. Ao negociarmos em grande escala, teremos redução de custo dos insumos que o segmento venha consumir. Outro projeto que considero prioritário é a criação de uma base parlamentar mais forte aproximando a política da Febrac. E também, juntamente com entidades parceiras, promover encontros com os candidatos à presidência da República para que possamos apresentar as nossas demandas e pleitos.
Na sua opinião, quais serão os maiores desafios do mercado de limpeza daqui por diante?
Os empresários do setor precisam ficar atentos às possíveis mudanças na lei licitações para se adequar as novas regras e tem o desafio de cumprir as cotas de jovem aprendiz e pessoa com deficiência nas empresas, estabelecidas pelas Leis n. 10.097/2000 e n. 8.213/91, respectivamente. Precisamos da flexibilização de tais leis para que possamos cumprir as cotas sociais no setor administrativo da empresa e não na atividade-fim, por exemplo. Queremos trabalhar e oferecer trabalho, mas precisamos que o governo nos dê condições para a produtividade e a empregabilidade. Hoje, estamos afundados em uma alta carga tributária e em cumprimentos de leis que não possibilitam a reversão desse quadro crítico.
Como participante do Fórum Pulire América, qual é a sua percepção do tema: “Limpeza como valor absoluto”?
Precisamos buscar uma transformação ética no País, pois, quando uma sociedade está pautada em valores morais e éticos e as suas ações se voltam para a coletividade em detrimento dos interesses individuais, cria-se de imediato uma verdadeira estratégia de prevenção a atos de corrupção. Nesse sentido, “tornar limpo” é reorganizar e apoiar um processo de crescimento coletivo consciente que nos levará ao bem-estar geral e sustentável mundialmente.
Portanto, a limpeza deve ser um valor absoluto para todos nós.