Por Rodrigo Strey*
Na década de 1990, a Inteligência Artificial (Artificial Intelligence – AI) era considerada ficção científica e indicava que robôs seriam inteligentes e capazes de interagir com humanos. Hoje, com a informação cada vez mais acessível, entendemos que se trata de uma série de mecanismos e sistemas que podem ser integrados a diversas realidades e negócios.
A utilização de Inteligência Artificial começou em 1957 com os desenvolvedores Allen Newell e Herbert Simon e sua tentativa de programar o comportamento humano para resolver problemas universais (General Problem Solver – GPS).
Em maio de 2017, foi anunciada a criação da Associação Brasileira de Inteligência Artificial (Abria), que tem como objetivo mapear iniciativas brasileiras no setor de Inteligência Artificial, incluindo a formação de mão de obra especializada e os esforços entre as empresas nacionais. Esse movimento reflete que, atualmente, a AI está impactando diretamente a economia.
Com a evolução da tecnologia e principalmente pela acessibilidade de todos os dispositivos que estamos expostos, os produtos, os valores, as mensagens e a quantidade de pessoas interagindo criaram uma quantidade enorme de informações que se distancia muito da capacidade de absorção humana.
Um dos grandes responsáveis pela evolução da AI no Brasil é Eduardo Saverin, um dos fundadores do Facebook. Ele gerou um algoritmo, o Elo Rating System que cria um ranking de jogadores de xadrez. Dessa forma, a rede social pôde vincular usuários criando um ranking de ações, que, por sua vez, influenciou inicialmente na inteligência da rede social e impactou em como nos comunicamos hoje.
Esse conceito está cada vez mais acessível e, com a diminuição do custo computacional, várias empresas podem se beneficiar com a melhoria de seus processos, ampliando suas logísticas e gerando diferencial competitivo.
Atualmente, há um grande esforço de tecnologias de nuvem, como Microsoft Azure, Google e AWS, para oferecer soluções em AI. Dentre elas, destacam-se as de aprofundamento de aprendizado, robótica, assistentes pessoais digitais, processos de fila, processamento de línguas e capacidade de aprendizado por sensores, ou seja, a Internet das Coisas (Internet of Things – IOT).
Com a capacidade de reconhecimento de imagens e vídeos, podemos usar mais recursos de um dispositivo do usuário e de como ele navega pelo site captando os sentimentos, os comportamentos e a forma de comunicação. Isso permite que possam ser criadas realidades de aprendizado e de comportamento de navegação que se adaptam às necessidades. Esses algoritmos podem ser adicionados à lógica de sites e usados como ferramentas de mudança em layouts.
Mesmo com o avanço da AI, os seres humanos são indispensáveis. A inteligência é artificial, portanto deve ser estudada para ser assertiva. Quando bem composta resulta em inovação e maior absorção pelos usuários. Mas cuidado, leva tempo e especialização para compor uma inteligência eficiente. Não é “automágico”! Fazê-lo pensar custa, por isso, é importante alinhar sempre ao retorno do investimento da necessidade, pois as máquinas podem evoluir além da necessidade.
O mundo está se adaptando. Várias regras e estruturas de controle estão sendo estabelecidos para que não haja caos na sociedade. Como estamos em um fluxo crescente de produção e de maximização de resultados, a eficácia se tornou ponto chave para que não entremos em um colapso mundial de logística.
Dessa forma, alguns empregos serão melhorados e talvez extintos, mas outros surgirão, pois precisamos de controle e teremos de nos adaptar. Assim, podemos dizer que será breve a mudança, prova disso é que a tecnologia estava sempre vinculada a grandes cidades. Hoje, esse limite está rompido e cada vez mais todas as formas de trabalho terão uma evolução, do campo ao consumidor.
*Rodrigo Strey é Diretor de Serviços da AMcom, empresa especializada em serviços personalizados de tecnologia e que atua como consultoria, fábrica de projetos e de software, sustentação e alocação.