Condor
 

Qualidade na infraestrutura

Conhecendo um pouco mais sobre a melhoria contínua e o funcionamento da infraestrutura no Programa de Qualidade e Excelência (PEX) da Azul Linhas Aéreas Brasileiras

Por Léa Lobo

Rita Laruccia, Gerente de Qualidade & Excelência dentro da Vice-presidência de Clientes da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, conta a partir de agora um pouco de sua vivência profissional até chegar ao PEX (Programa de Qualidade e Excelência), que está sob sua gerência na companhia aérea. Laruccia é uma Executiva atuante, determinada e que procura mostrar cada vez mais resultados, liderando pelo exemplo e capacitação. Acompanhe:

Comente sobre sua experiência profissional.

Sou formada em Direito e em meados de 1985 dividia meu tempo trabalhando paralelamente na Varig (Viação Aérea Rio-Grandense), quando optei pela carreira no segmento de aviação civil. Na época, iniciamos então um projeto de Qualidade Total dentro da empresa, onde fiz vários cursos voltados para a Gestão de Qualidade, inclusive o de Gerenciamento de Projetos (em inglês, Project Management Institute – PMI). Por ter um perfil crítico, passei a exercer também a função de coordenação para todas as necessidades de benfeitorias, de processos e a aparência visual de nossos escritórios era um item o qual me incomodava muito. Foi então que passei a coordenar todas as necessidades de manutenções prediais, estendendo-se para a limpeza e abastecimento das Salas Vip, dentro de nossos escritórios no Aeroporto Internacional de São Paulo. Então, fui escolhida para cursar o Seis Sigma, em Cincinatti, Ohio, na GE Avionics, junto com um grupo de 17 profissionais, dentro de toda a empresa, quando me certifiquei como Green Belt, permitindo-me, como agente transformador, trabalhar em projetos Lean Seis Sigma.

E com a falência da Varig quais foram seus novos passos?

Com a falência da Varig, trabalhei em outras companhias aéreas, mas recebi o convite para a Gerência da Qualidade com foco em produtos perigosos em uma transportadora. Após quatro anos, em 2011, retornei para a aviação, também como Gerente da Qualidade em Aeroportos, já com foco em qualidade visual e facilitadora de melhorias prediais, após cursar Gestão e Otimização de Serviços Hoteleiros e Gestão e Controle de Instalações e Manutenção Predial. Com isso, fui convidada a trabalhar na área de Infraestrutura da Azul Linhas Aéreas como Gerente de Infraestrutura de Aeroportos. Nesse cargo abri três vagas para coordenação regional de aeroportos domésticos e desenvolvi uma rede de fornecedores locais a fim de agilizar o serviço e diminuir custos. Em contrapartida, acumulei o cargo de Gerente do PEX, onde pude unir os aspectos de manutenção no programa.

Comente sobre o objetivo do Programa de Qualidade e Excelência da Azul?

A área de Infraestrutura da Azul começou a ter maior visibilidade aos olhos dos gestores quando o setor de serviços gerais – manutenção e limpeza predial –, responsável pelos BackOffice dentro dos aeroportos da Azul de todo o Brasil passou a ser auditado no PEX.

O objetivo do programa é assegurar que a Experiência Azul encante todos os nossos clientes, por meio de uma auditoria estruturada, que estimule a aplicação prática dos princípios da nossa companhia. Nossas instalações nos aeroportos são chamadas “bases”, às quais são classificadas em quatro categorias de aeroportos, conforme a quantidade de clientes e voos que possui: A, B, C, D/E. Nessas bases, auditam-se também as áreas de cargas, manutenção de aeronaves, terceiros contratados e lojas de vendas de passagens.

Como são avaliados os programas nessas bases?

São avaliados todos os processos, divididos em quatro pilares: OPA (Olhe, Perceba e Atenda); Conhecimento (conhecimentos básicos operacionais de legislação e atendimento); Gestão (itens de controles administrativos de responsabilidade do gerente); e Apresentação Visual (estrutura física do ambiente de trabalho e apresentação dos funcionários).

Detalhe o pilar Apresentação Visual.

É nesse último pilar que a infraestrutura se adéqua nas verificações dos ambientes (adequações elétricas, hidráulicas e civis), bem como o mobiliário e uso correto da marca, através do preenchimento de uma autoavaliação prévia à auditoria. É nesse momento que as ações preventivas tomam um lugar de destaque, melhorando a gestão do processo.

As solicitações de adequações de área e reparos prediais são executados mediante envio de e-mail para a central de chamados de infraestrutura. Uma vez registrado, será direcionado ao coordenador regional responsável que, por sua vez, fará uma avaliação técnica local pela equipe de manutenção predial.

Então, a base de Apresentação Visual é que dá dinâmica à área?

O pilar Apresentação Visual da base é o que move os gestores a fazer o acompanhamento sem interrupções, girando o ciclo do PDCA (do inglês: Plan – Do – Check – Act ou Adjust), uma vez que as auditorias acontecem de uma a três vezes ao ano, dependendo da categoria da base. Com isso, a área de infraestrutura pode tomar ações constantes com chamados direcionados, diminuindo altos custos, pois ainda são de leve impacto. A equipe de projetos e obras também pode ser acionada, caso a necessidade seja a construção ou um reparo de maior grandeza.

Envie os nossos conteúdos por e-mail. Utilize o formulário abaixo e compartilhe os link deste conteúdo com outros profissionais. Aproveite e escreve uma mensagem bacana.

Faça uma busca


MAKITA

Mais lidas da semana

Operações

Qual é o impacto dos painéis solares de titânio na operação predial?

Nova tecnologia desenvolvida pela Universidade de Tóquio promete até 1.000 vezes mais eficiência que o silício

Operações

IFM de alta complexidade no condomínio Empresarial Senado

Inovação, segurança e melhoria contínua marcam a gestão de Gustavo Nicacio

Operações

Aeroportos adotam energia limpa para reduzir CO²

Solução elétrica substitui equipamentos a diesel, corta emissões e traz ganhos de segurança e eficiência para operações em solo

Carreira

Evasão de engenheiros e lacuna global: os riscos para o Facility Management no Brasil

A falta de profissionais técnicos é um desafio mundial que ameaça infraestrutura, inovação e sustentabilidade. No Brasil, o impacto sobre o Facility Management exige respostas rápidas

Sugestões da Redação

Revista InfraFM

Pessoas, espaços e dados: nova rotina na gestão de Facilities da Roche

Da horta colaborativa ao projeto K6, inovação e propósito movem a área de operações

Revista InfraFM

20º Congresso e 12ª Expo InfraFM 2025

A 12ª Expo e o 20º Congresso InfraFM consolidam o posto de maior encontro do setor na América Latina. Três dias de evento, 165 palestras pulsando inovação e conteúdo estratégico, 136 expositores e 5 patrocinadores.

Revista InfraFM

11º Prêmio Indicados InfraFM 2025

O reconhecimento que move e inspira o setor do Facility, Property & Workplace Management

Revista InfraFM

Expo InfraFM 2025 é onde o futuro da gestão acontece

O Expo Center Norte foi palco da maior reunião de soluções, ideias e conexões para o setor de Facility, Property e Workplace Management da América Latina. A 12ª Expo InfraFM reuniu 136 expositores que mostraram, na prática, como tecnologia, sustentabilidade e inteligência de dados estão redesenhando

Revista InfraFM

Por que o esg da Globo deveria estar no seu radar?

O Relatório ESG 2024 da Globo destaca avanços na agenda ambiental da empresa.

Revista InfraFM

Infraestrutura sob controle e os bastidores do Facility Management na cart

Por dentro da operação que garante eficiência, segurança e sustentabilidade em mais de 400 km de rodovias

 
Dúvidas sobre os EVENTOS?
Fale com a nossa equipe pelo WhatsAPP