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Cuidando de plantas em ambientes fechados

Por Eudênia Reis*

Um dos assuntos que preocupam muitos profissionais de facilities é a manutenção dos vasos de plantas e jardins das áreas internas. Antes, eu gostaria de esclarecer que não existem plantas desenvolvidas para ambientes fechados e que convivem facilmente com o ar condicionado, mas existem as que suportam mais tempo em um ambiente fechado. Entendendo isso, fica mais fácil saber que se não cuidar, vai perder. Mais cedo ou mais tarde, a aparência das plantas é comprometida até a sua morte, afinal são seres vivos.

Então, o que fazer? Primeiramente verificar se a planta adquirida não veio com doenças do viveiro, ao sinal de qualquer mancha amarela ou marrom, pontos brancos ou pretos em caules ou folhas, não aceitem, devolvam ao fornecedor. Exija que ao confeccionar os vasos o fornecedor use um fundo com argila para não acumular água nas raízes, manta para não escorrer terra para fora, e misture na terra vegetal, a vermiculita, para que com o tempo, a terra continue areada, facilitando o crescimento das raízes.

É muito comum cobrir a superfície do vaso para não aparecer a terra. Se você fizer essa opção, escolha a argila expandida, pois outro material, como a muito utilizada casca de pinus, é mais trabalhoso, pois a cada período tem de ser retirada para secagem ao sol para evitar o mofo.

A questão-chave da manutenção, ao meu ponto de vista, é sem dúvida “a fidelidade”. E o que seria isso? Eu explico! Sempre que possível nomeie um único responsável pelos vasos. Você já viu o ditado que diz: “Cachorro de vários donos passa fome...”? Com os vasos é assim, um joga para outro a responsabilidade dentro das obrigações do dia a dia e ai acontece o que mais vejo com plantas de escritórios: morrem de sede. Ficam sem água, insumo mínimo para qualquer ser vivo. Um único responsável saberá quando e quanto a planta foi regada.

Olha aí um tópico que deixa muitos profissionais de cabelo em pé, quando e quanto fazer a rega. Vamos entender que plantas com folhas “gordinhas” precisam de menos regas, pois acumulam mais água, plantas com folhas “magrinhas” precisam de mais água, pois desidratam mais rápido. Sendo assim, duas vezes por semana as magrinhas e uma vez por semana as gordinhas. O importante é a quantidade de água que se usa para cada rega, deve-se levar em consideração o tamanho do vaso e pensar que a água deve chegar ao fim do vaso molhando as raízes. Uma rega rápida, que só molha a superfície do vaso não funciona. Além disso, a água não deve ser o único alimento das plantas, devemos pelo menos três vezes ao ano fornecer nutrientes a terra. Lembre se que dentro do vaso as raízes ficam restritas a uma quantidade de terra para se alimentarem e que esses alimentos saturam com o tempo.

Um modo bem fácil de fazer isso é usar o adubo que contenha NPK que tem os principais macros nutrientes para uma planta. O nitrogênio (N) ajuda a planta na formação de caule e folhas, o fósforo (P) ajuda na floração e o Potássio (K) ajuda na formação da estrutura. A adubação aumenta a resistência da planta ajudando e muito contra as pragas, a possível falta de água e a temperatura do ar condicionado. 

O comum adubo NPK 10-10-10 traz uma quantidade igual dos nutrientes citados e serve muito bem para plantas já formadas e sem floração abundante. Porém, muito cuidado com a quantidade aplicada, e não se deve aplicar na raiz e sim nas bordas dos vasos, sempre depois das regas.

Outra coisa comum e não menos importante em plantas de ambiente corporativo é a poeira, as plantas precisam das folhas limpas para respirarem, se não temos a chuva para lavar, paninho úmido pelo menos três vezes ao ano ajuda muito.

Difícil cuidar das plantas? Não, né! O importante é não esquecer o que as plantas naturais nos trazem, beleza e tranquilidade ao ambiente, melhoria do ar que respiramos e principalmente, boas energias.

* Eudênia Reis é Paisagista – [email protected]


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