11ª Expo InfraFM
 

Corporate Real Estate

A importância da visão holística de atuação do Corporate Real Estate na Cargill para traduzir os planos dos negócios em estratégias imobiliárias que otimizem o portfólio de imóveis e permitam o sucesso dos negócios

Corporate real estate

Foto: Divulgação

Por Léa Lobo

A Cargill ajuda o sistema alimentar mundial a funcionar para você, conectando agricultores com mercados, clientes com ingredientes e famílias com o essencial do dia a dia - desde os alimentos que eles comem até o chão em que pisam. Composta por 155.000 integrantes da equipe em todo o mundo inovam com propósito, capacitando parceiros e comunidades enquanto trabalham para nutrir o mundo de uma maneira segura, responsável e sustentável. Isso inclui 10.000 colegas no Brasil, onde atuam desde 1965 para tornar a visão global, uma realidade local. Desde rações que reduzem as emissões de metano até combustíveis renováveis baseados em resíduos, as possibilidades são ilimitadas. Frente aos valores da companhia, sempre colocam as pessoas em primeiro lugar, fazendo a coisa certa. E é assim que a Cargill atende às necessidades variáveis das pessoas que chamam de vizinhas e do planeta que chamam de lar - hoje e para as próximas gerações.

E partindo desta premissa da organização, também temos os colegas que cuidam das áreas de Real Estate e Facility Management. São eles Renato Fusaro que é o Head de Corporate Real Estate e a Carla Quintela, que cuida do Facility Management. Acompanhe nossa entrevista:

Renato Fusaro

Quem é o Renato Fusaro? 
Casado com Cintia, pai de Pedro (11 anos), além de sua carreira em Corporate Real Estate, Renato é um ciclista apaixonado e se diverte muito tocando e cantando com a família e amigos.
 
Um breve histórico profissional antes e na Cargill
Trabalhei por 5 anos na Johnson & Johnson (Corporate Real Estate & Strategic Planning – LATAM & Porto Rico), outros 5 anos na General Motors (Corporate Real Estate South America & Mexico) e 19 anos no Citibank, na maior parte na área de Real Estate para Brasil.
 
Como está a estruturação das áreas de Real Estate e Incentivos Fiscais Latam?
Desde janeiro de 2023, a área de Real Estate mudou na América Latina: saímos de uma estrutura, onde a área que estava junto com storage, negociando imóveis e serviços, para uma área de Real Estate junto com Facilities e Incentivos Fiscais mais aliado com a estratégia de gerenciar os ativos imobiliários da empresa. Atuamos desde a compra ou locação até a venda ou saída, em um grupo especializado em transações imobiliárias, site selection, gerenciar os serviços para os imóveis e criar um conceito de escritório para o futuro, o que eu costumo chamar de plan-build-run de nossos escritórios, plantas e galpões.

Fale um pouco sobre a sinergia da área de RE e Incentivos Fiscais que agora está no seu guarda-chuva?
A maior sinergia é quando fazemos site selection de novos locais de trabalho, sejam escritórios, galpões ou plantas. São muitos fatores que influenciam nessa decisão e o incentivo fiscal é muito importante.

Qual é o seu principal papel como executivo de Real Estate para adequar as diversas propriedades da companhia? 
Coloquei até no meu perfil do LinkedIn: Como executivo de Real Estate, minha maior função é traduzir os planos dos negócios em estratégias imobiliárias para otimizar o portfólio de imóveis e permitir o sucesso do negócio. Esse é o foco: todos os dias de forma sistemática.
 
Para atendar os colaboradores nos escritórios, o coworking acaba sendo uma estratégia de ocupação?
Coworking sempre esteve nos nossos planos. De fato, com a tecnologia que temos hoje e o que deve vir no futuro próximo, que permite cada vez mais a flexibilidade do local de trabalho, minha visão de futuro é que as empresas vão cada vez menos ter escritórios próprios ou alugados e as empresas de Coworking vão cada vez mais substituir as empresas, provendo o que chamo de “real estate as a service”. Faz muito tempo que tenho utilizado o coworking como uma solução para locais, onde a empresa não quer gastar seu capital com escritório, mas precisa de um espaço para reuniões e em alguns casos, um espaço exclusivo. 

É uma forma de retenção de talentos?
No futuro, as empresas vão cada vez mais entender que isso pode ser um fator de retenção de talentos: além do escritório e trabalho remoto de casa, ter uma opção de trabalho em Coworking em um modelo “pay per use”. Além disso, cada vez mais vemos opções de Coworking próximos dos bairros residenciais e não somente nos centros comerciais. Às vezes você quer fazer uma reunião, mas não pode ser na sua casa e nem sempre pode ser no escritório central.
 
No geral, os brokers nos países onde você atua atendem suas demandas imobiliárias?
A maior dificuldade com os brokers é abrangência e tamanho dos projetos. Nem sempre estão onde precisamos e nem sempre se “interessam” por todos os projetos com o mesmo afinco. Entendo a questão de brokers serem remunerados por comissão, mas as empresas precisam de suporte. Sempre uso a analogia de ter carne boa, mas tem alguns ossos para roermos junto, mas nem sempre isso acontece. Muitas vezes também somos mais um cliente para grandes empresas de serviços imobiliários e somos o maior cliente para pequenas empresas de serviços imobiliários. Isso faz muita diferença. Já trabalhei em modelos de um único broker para a região toda e geralmente não funciona como deveria.

O que esperar do mundo do trabalho daqui por diante e qual é o impacto no mercado imobiliário corporativo?
Cada vez mais flexibilidade no sentido de escolha por parte do funcionário em poder fazer o seu dia dentro de um balanço com a vida privada. E cada vez mais tecnologia nos auxiliando nisso. A tecnologia nos permitiu chegar até esse patamar, barateando a comunicação e transferência de dados. Tecnologia do século XXI mas carga horária do século XIX. O escritório cada vez mais será um local de encontro de pessoas e com a marca da empresa, de colaboração. Para isso ele precisa ser cada vez mais sedutor, interessante, motivando o colaborador a deixar seu lar, enfrentar o trânsito ou se acotovelar no transporte público para experimentar esse local. É um grande desafio!

Qual mensagem você deixaria para os incorporadores imobiliários?
Façam edifícios interessantes, atraentes. Pensem em como reter os clientes com edifícios que sejam mais do que lajes corporativas: quais serviços posso prover que vai atrair as empresas? Isso pode guiar nossas decisões daqui para a frente.

Carla Quintela

Quem é a Carla Quintela?
Carla é uma mulher forte, determinada e muito resiliente. Casada com Wilson, mãe da Lívia, apaixonada por viagens, encontro com amigos e tem como hobby cozinhar, além é claro daquele momento descontraído assistindo séries.

Um breve histórico profissional antes da Cargill?
Atuo na área de Facilities desde 2012, começando minha jornada numa grande construtora, que tem meu carinho profundo: Método Engenharia, passando posteriormente pela PWC e há 9 anos estou na Cargill. Atuei diretamente em mudanças grandiosas de layout e do prédio da Cargill de monousuário para um prédio corporativo em 2016, onde focamos na mudança, na experiência do cliente no novo espaço e na desmobilização do prédio anterior, além da mudança de conceito, terceirizando a operação que era mão de obra orgânica.

Como está estruturada a área de Facilities dos escritórios Cargill?
Como destacado pelo Renato Fusaro, recentemente ocorreu mudança na estrutura e temos a área de Real Estate, Incentivos e Facilities unificados na mesma diretoria, atuando e reestruturando o direcionamento da área de Facilities de nossos escritórios no que tange América Latina. Isso se alinha com a nossa estratégia de uma só Cargill, já que a empresa tem diferentes áreas e atua em diferentes mercados.

Quais adaptações foram realizadas nos espaços de escritórios, com o advento da pandemia?
Para nosso retorno pós-pandemia, optamos por incluir mais áreas colaborativas, desmobilizando salas de treinamentos e espaços pequenos em cada andar para implementar áreas de colaboração e de diferentes ambientes, além da implantação de um micromarket. Essas decisões se conectam com a busca constante da empresa em se atualizar e permitir que os colaboradores tenham uma estrutura que facilite o trabalho e bem-estar também dentro 
do escritório.

Como está organizado o formato de trabalho?
A empresa segue com a flexibilidade dos colaboradores atuarem com alguns dias desde casa, teletrabalho parcial e total, além de 100% presencial, esta tratativa é de acordo com a função e alinhamento com o gestor, a ocupação segue com aproximadamente 70% no meio da semana e 30 a 50% às segundas e sextas, deixamos de ter mesas fixas para todos e estamos atuando com sistema de agendamento de mesas, com reservas antecipadas.

O seu open space está estruturado “por departamentos”, certo? 
Nosso open space está estruturado por departamentos, facilitando a inteiração dos colaboradores e dando celeridade aos processos, principalmente às mesas de operação e comercial. Os líderes se sentam próximo aos seus times, podendo atuar em um entrosamento direto e estreitar as relações. Essa troca tem sido um dos grandes diferenciais que permitem não apenas o convívio entre as equipes e fomenta a troca de ideias. Ou seja, todo mundo sai ganhando!

 

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