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Governança: tendências para Facility, Property & Workplace Management

Entre muitas informações e dados importantes, profissionais de FM precisam ser mais estratégicos e 2022 é a grande chance de se dar este salto

Por Léa Lobo 

Como vivenciamos, 2021 também foi um ano de grandes desafios e o setor foi drasticamente afetado, desde a adoção de novos procedimentos na contratação de facility services até na viabilização dos formatos de trabalho (presencial, híbrido, anywhere). Por esse motivo e para entender melhor o comportamento do nosso mercado fizemos a pesquisa “Governança: Tendências para Facility, Property & Workplace Management de 2022”.

A pesquisa foi realizada no período de 17 a 25 de janeiro de 2022 e contou com a contribuição de 256 profissionais. Acreditamos que, por meio desse retrato, vamos conseguir visualizar quais as principais mudanças no setor e o que devemos esperar para o futuro, considerando inclusive os impactos na carreira dos profissionais do setor.

A pesquisa é composta por mais de 30 questões e detalha dados como idade dos profissionais, salários, sites ocupados no Brasil, número de funcionários e terceirizados, tamanho da área de FM, movimento de real estate, bids contratados, perfil de serviços terceirizados, entre outras importantes informações do setor. 

Nós da InfraFM, em conjunto com o consultor Gessé Campos Camargo, diretor da Interface Consulting Facility Management, fizemos algumas ponderações sobre os resultados da pesquisa que agora compartilhamos com Você.

Alguns dados:

  • Maturação profissional com predominância de gestores na faixa 46 a 55, portanto com entrantes mais jovens (26 a 45 anos), que certamente trazem as novidades do mundo acadêmico e tecnologias recentes, que somadas a senioridade da outra ponta darão maior confiabilidade e segurança aos processos.
  • Um aumento da participação as mulheres, que são muito contributivas neste mercado, por seu capricho, que é vital para a qualidade dos processos e sua atenção e relacionamento com os usuários, que são a chave para uma atividade que se preocupa com pessoas. Independente de gênero, FM cada vez mais resulta de inteligência, visão e controle, virtudes comuns aos dois sexos.
  •  A titularidade dos cargos varia de acordo com cada empresa, mas é latente que os cargos refletem o grau de importância do setor na governança. E um dos grandes desafios é que ainda é necessário dar mais autoridade, responsabilidade e volume para o setor tornando-o estratégico na empresa.
  • O nível de terceirização de várias atividades, dentro do escopo de FM, também destaca que ainda há muitas áreas a serem integradas, mostrando o potencial de crescimento do setor, bem como a melhoria da organização empresarial quanto as temáticas que não são “core business”.
  • Diferente do que se pensa, há diretorias de FM, cuja equipe para atender a demanda do negócio, é superior a 20 profissionais que fazem parte deste time/equipe. Este dado também mostra, ainda que de forma tímida, a inclusão da área de FM dentro do organograma de diretorias.
  • Quando perguntado, quais serão as habilidades mais requeridas para o profissional de FM em 2022? Enquanto a maioria diz ser criativo, flexível e resiliente, apenas 46,3% acreditam citam que é ética é uma habilidade importante na gestão. E somente 30,6% pontua que precisam estudar mais. Nota-se também pouca interatividade nos relacionamentos (networking) premissa de grande valor atualmente.

 Conforme bem analisou Camargo, a pesquisa é composta por muitas questões e refletiu exatamente o estágio em que nos encontramos hoje e o quanto o crescimento ficou prejudicado pela crise dos últimos 2 anos, exceto recursos fornecidos para melhorar a comunicação entre pessoas em locais diferentes. Infelizmente, não foi possível apurar o impacto direto nos resultados econômicos e financeiros da descontinuidade de espaços e que sabemos aconteceu de forma expressiva.

“Para o futuro imediato, em que se espera a manutenção do trabalho remoto o grande desafio que se avizinha consiste na combinação equilibrada dos recursos físicos, dos sistemas operacionais inteligentes, e do modelo de gestão que supere a diferença do ambiente físico e ofereça aos profissionais as mesmas condições de participação, para não reduzirem a sua produtividade”, observa Camargo.

Por fim, concluímos que na pesquisa a autocobrança de competência e responsabilidade que tem que ser compartilhado com o conhecimento do mercado, seja via melhor aproveitamento das mídias especializadas, e muita interação com as Associações nos diversos segmentos que integram as áreas de FM, ainda precisa ser mais bem valorizado.  Além disso, um dos maiores obstáculos a ser superado é que ainda não se integrou, num único setor, Real Estate, Property, Workplace e Facility Management - Corporate Real Estate -, neste processo de convencimento nas suas organizações sobre a importância estratégica deste setor para os negócios.

A Pesquisa InfraFM 2022 está disponível para todos os interessados. Consulte as condições de adesão pelo e-mail: [email protected]

 

CONFIRA  AQUI A VERSÃO DIGITAL DESTA EDIÇÃO.

 

 

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