PARTICIPE DA EDIÇÃO HISTÓRICA DA EXPO INFRAFM - EDIÇÃO 2025
 

Cinco falhas que as instituições cometem na proteção contra incêndios

Cumprir normas e regulamentos não garante uma estrutura de proteção adequada, diz especialista

Notícia publicada em 22 de abril de 2019

O recente incêndio na Catedral de Notre-Dame, na França, destruiu um  dos patrimônios culturais mais relevantes para a humanidade. No Brasil, instituições como o Museu da Língua Portuguesa, Teatro Ouro Verde, Instituto Butantan e Museu Nacional, entre outras, também sofreram incêndios e perdas irreparáveis. Mas essas instituições poderiam ter tomado medidas preventivas para evitar os incêndios?

De acordo com o Diretor Comercial da Johnson Controls, Eduardo Abel, a principal falha ao implementar medidas de proteção é focar nos custos, e não na qualidade. "Esse investimento, de fato, não traz retorno imediato. Mas, se estamos lidando com vidas e patrimônio, não há economia que compense as possíveis consequências de um acidente desse porte", alerta o executivo. "Cumprir normas e regulamentos não garante uma estrutura de proteção adequada. É preciso investir em produtos certificados, projetos bem elaborados, equipes bem treinadas e manutenção regular", completa.

André Friscio, especialista em soluções contra Incêndios da Johnson Controls, identificou os 5 principais pontos em que as instituições brasileiras cometem deslizes ao implementar projetos de proteção e combate a incêndios.

Projeto: é preciso investir em projetos que levem  em conta o tamanho, a operação e a estrutura do local. "A falta de planejamento é um erro comum. Não é difícil encontrar estabelecimentos obstruindo os equipamentos de proteção contra incêndios e dificultando  a utilização destes em um possível incêndio", explica Friscio.

Produtos adequados: produtos certificados internacionalmente passam por testes e sofrem adaptações constantes  para garantir mais segurança. "O problema é que poucas empresas e instituições escolhem os produtos certificados, por  conta dos preços mais altos", diz.

Treinamento: os melhores e mais modernos equipamentos do mercado não garantem a segurança.  Uma equipe bem treinada, que saiba utilizá-los corretamente, é crucial para obter os resultados em caso de incidentes. "Sabe-se, por exemplo, que o alarme de detecção da Notre-Dame disparou uma primeira vez e nenhuma medida foi tomada. Um técnico bem treinado possivelmente teria investigado mais", explica.

Legislação - de acordo com a empresa, a legislação brasileira vem sofrendo diversas mudanças para aumentar a proteção e as normas são atualizadas constantemente. Mas apenas cumprí-las não garante um alto nível de segurança à estrutura contra incêndios.

Cultura - Mesmo com tantos desastres,  a população não busca se informar sobre a segurança dos locais que frequentam. "É preciso evitar locais inseguros,  pedir orientações em caso de emergência e instalar sistemas de detecção nas residências. Estamos falando de vidas", conclui.

Além das orientações acima, Abel considera a tecnologia uma importante aliada. Instalações que priorizam a segurança em vez da redução de custos optam por sistemas de combate ou supressão automáticos, por exemplo. "No mercado, já existem tecnologias que podem regular o nível de oxigênio no ambiente de forma que as pessoas consigam respirar, mas um incêndio não possa se propagar", diz Abel.  "A responsabilidade continua sendo o fator mais importante", conclui.

Foto do destaque: Banco de Imagens Pixabay

Envie os nossos conteúdos por e-mail. Utilize o formulário abaixo e compartilhe os link deste conteúdo com outros profissionais. Aproveite e escreve uma mensagem bacana.

Faça uma busca

Mais lidas da semana

Mercado

Newset quer jogar luz sobre a "caixinha preta" da climatização corporativa

Educar para transformar a contratação de serviços de manutenção em ar-condicionado

Workplace

Swile reposiciona escritório com base em estudo de geolocalização

Empresa usou dados de deslocamento da equipe para escolher novo endereço e transformar escritório em ferramenta de bem-estar e engajamento

Operações

Em 2025, a linguagem que você precisa falar é a do ESG

Entender o vocabulário ESG não é mais diferencial, é necessidade estratégica.

Mercado

PodeSubir é um startup que transformou o “pode subir” em experiência digital

Com crachás digitais, reconhecimento facial e independência de hardware

Sugestões da Redação

Revista InfraFM

Por que o esg da Globo deveria estar no seu radar?

O Relatório ESG 2024 da Globo destaca avanços na agenda ambiental da empresa.

Revista InfraFM

Infraestrutura sob controle e os bastidores do Facility Management na cart

Por dentro da operação que garante eficiência, segurança e sustentabilidade em mais de 400 km de rodovias

Revista InfraFM

Prédio limpo, negócio forte!

Como a opinião do cliente final está moldando o futuro da limpeza profissional

Revista InfraFM

Infraestrutura Hospitalar como Pilar de Excelência

Como a gestão estratégica de Engenharia, Real Estate e Facilities contribui para consolidar o Hospital Israelita Albert Einstein como referência mundial

Operações

Monitoramento em tempo real otimiza produção em 18% na Visteon Amazonas

Ricardo Tanko Vasconcellos, Quality Manager da multinacional, fala sobre importância da sinergia entre áreas para um processo contínuo de melhorias.

Operações

Retrofit gera mais de R$3 milhões de economia para operação de shopping

Gerente de operações do Shopping Praça da Moça e coordenador de Operações do Grupo AD falam sobre desafios e resultados das implementações.

 
Dúvidas sobre os EVENTOS?
Fale com a nossa equipe pelo WhatsAPP