Veículo Aéreo Não Tripulado

Você sabe quem regulamenta esse assunto no Brasil?

Por Dane Avanzi*

Os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), popularmente chamados de drone (“zangão”, em inglês, em alusão a alguns modelos que lembram uma abelha), tiveram seus primeiros protótipos efetivamente implementados no ambiente militar. Embora os mais modernos, tal qual conhecemos hoje, tenham ficado conhecidos na Segunda Guerra Mundial, a princípio para serem alvos aéreos de aviões de combate tripulados, há registros de o iminente cientista Nikola Tesla haver previsto em 1915 o eventual potencial ofensivo de uma frota de drones.

Nesse contexto, ao longo do tempo os equipamentos se aperfeiçoaram muito, os custos de diversos componentes eletroeletrônicos baratearam e os VANTs foram se popularizando. Hoje, há modelos de todos os tipos, para todos os bolsos. O que pouca gente sabe é que nem todos os equipamentos disponíveis no mercado atendem às exigências técnicas estabelecidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).

Sim, existem três órgãos federais regulamentando o assunto cada um dentro de sua área de atribuição. Compete à Anac o registro da aeronave após avaliação dos requisitos técnicos estabelecidos pela lei. Uma vez registrado, o proprietário do VANT deve obter autorização junto ao Decea, que administra o espaço aéreo, antes de realizar o voo.

Para cada voo é necessária uma autorização. Já a Anatel, administra o uso das radiofrequências que possibilita a comunicação entre o controle remoto e o VANT. Por conta da importância extremamente vital para o controle do aparelho, faz-se necessário um processo de certificação do produto também pela Anatel com o fito de atestar se os parâmetros técnicos de radiofrequência, potência e raio de cobertura, atendem aos requisitos mínimos e às regras de segurança de voo previstas pelo Decea.

Cumpre salientar que tanto a Anac, como o Decea e a Anatel têm construído o arcabouço jurídico atinente ao tema, considerando boas práticas e padronização de equipamentos em âmbito global, uma vez que a tendência para o futuro é aeronaves tripuladas e não tripuladas compartilharem o mesmo espaço aéreo. Por conta disso, a responsabilidade de um piloto de um VANT, no que tange à ocupação do espaço aéreo, que é um recurso da União, administrado pelo Decea, equipara-se em muitos quesitos a de um piloto de aeronave regular.

Concluindo, o pleno conhecimento das regras que regulam o tema é de fundamental importância para o sucesso de qualquer empresa que queira utilizar essa tecnologia para otimizar seus processos produtivos.

*Dane Avanzi é Empresário, Advogado, Diretor Jurídico da Aerbras e Diretor Superintendente do Instituto Avanzi. Mais artigos sobre telecomunicações e tecnologia no seu LinkedIn.

Envie os nossos conteúdos por e-mail. Utilize o formulário abaixo e compartilhe os link deste conteúdo com outros profissionais. Aproveite e escreve uma mensagem bacana.

Faça uma busca

Mais lidas da semana

Operações

Carregamento de veículos elétricos em condomínios divide opiniões

Como equilibrar os custos e as preocupações dos condôminos de forma justa e transparente. Leia artigo exclusivo.

Carreira

Fábio Pace Adamo assume Real Estate Management da Volvo

Com mais de 20 anos de experiência, profissional assume gestão em nível nacional.

Mercado

Soluções de economia de água com o fim do desconto da Sabesp

Tecnologias e estratégias inovadoras tornam sustentável o consumo de água.

Workplace

Pinterest transforma escritório em oportunidade de novos negócios

Daiane Silva, Workplace Manager da multinacional, fala sobre gestão focada em clientes externos e cultura flexível.

Sugestões da Redação

Revista InfraFM

Diversidade de ideias no 10º Fórum InfraFM Hospitais & Ambientes de Saúde

Evento abordou sustentabilidade, cases de sucesso, otimização de gestão e outros temas em voga no setor.

Revista InfraFM

Guardiões do movimento

Assegurando o bem-estar dos colaboradores ao longo dos 14 mil quilômetros de ferrovias, que cortam nove estados brasileiros.

Revista InfraFM

Oportunidades e inovações no World Workplace 2024 da IFMA

Transformando o setor de FM com foco em tecnologia e sustentabilidade

Operações

Monitoramento em tempo real otimiza produção em 18% na Visteon Amazonas

Ricardo Tanko Vasconcellos, Quality Manager da multinacional, fala sobre importância da sinergia entre áreas para um processo contínuo de melhorias.

Operações

Retrofit gera mais de R$3 milhões de economia para operação de shopping

Gerente de operações do Shopping Praça da Moça e coordenador de Operações do Grupo AD falam sobre desafios e resultados das implementações.

 
Dúvidas sobre os EVENTOS?
Fale com a nossa equipe pelo WhatsAPP