11º INFRA Rio supera expectativas
Evento reforça a importância de experenciar, planejar e normatizar o Facilities Management, já que não é "o espírito santo quem paga as contas"Por Léa Lobo
A revista INFRA organizou mais um evento sobre FM, desta vez foi o 11º Infra Rio – Encontro Regional sobre Gerenciamento de Serviços e Infraestrutura de Espaços Prediais e Corporativos, no Rio de Janeiro. O encontro contou com a presença de 230 profissionais que atuam em Facilities Management, que puderam se atualizar a respeito dos principais temas que envolvem produtividade, redução de custos, inovação, sustentabilidade e competitividade em ambientes empresariais. Os participantes também tiveram a oportunidade de fazer três visitas técnicas nos empreendimentos: Torre Presidente JDK, Novocais do Porto e AQWA Corporate.
O encontro teve o patrocínio das empresas Engie, John Richard Aluguel de Móveis, Otis, Sodexo, Grupo Verzani & Sandrini (patrocínio prata) e Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional (Abralimp), Allia, CBRE, GranCoffee, inService, Regus, Vivante (patrocínio bronze) e das entidades Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi), Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura do Rio de Janeiro (Asbea-RJ) e Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado do Rio de Janeiro (Seac-RJ).
O Presidente de mesa do evento, Sandro Reis, que é o Coordenador do MBA Internacional em Gestão Estratégica de Compras e Vendas da Universidade Veiga de Almeida (UVA), deu as boas-vindas aos participantes e ressaltou a importância de em conjunto alavancarmos o FM para ser mais estratégico e ter voz ativa dentro das organizações. Acompanhe a seguir alguns insights que foram compartilhados pelos palestrantes:
Palestras:
Facility manager no comando
Léa Lobo deu as boas-vindas aos congressistas e disse que o tema do evento “Facility manager no comando” se deu porque em todo o Brasil tem uma quantidade imensurável de grandes equipamentos prediais, que precisam dar lucro aos seus proprietários e investidores. Lembrou que os donos de uma edificação almejam que o valor monetário do empreendimento renda tanto ou mais que o mesmo montante aplicado em uma instituição financeira. Por isso, a importância do FM estar no comando da sua área e administrar adequadamente seu site para que o negócio seja rentável e para proporcionar bem-estar aos ocupantes. Lobo apresentou uma parte do estudo do Global FM, denominado FM Market Sizing & Value, que apontou que o crescimento do Facilities Management no Brasil em 2016 foi de 9,3%: “O estudo dimensionou também que temos 25 milhões de profissionais de FM em todo o mundo e que US$ 1,1 trilhão é o impacto econômico anual do mercado global, portanto um mercado auspicioso”, finalizou Lobo.
Léa Lobo, Diretora de Redação da Revista INFRA
Normatizar o FM é preciso
“A importância do fator humano, do engajamento das pessoas, o impacto da tecnologia e da inovação constante são elementos decisivos para o sucesso empresarial. Entretanto, costumamos não planejar por falta de dinheiro, falta pessoas, falta de tempo, pela própria falta planejamento e precisamos integrar essas coisas. Então, pergunto: por que fazemos Gerenciamento de Facilidades? Para que as empresas operem corretamente. Temos que saber que o FM está agregando valor às atividades do core business”, inicia Moacyr A. da Graça. Fazendo uma alusão a forma de fazer gestão, lembrou de como funciona os jogos do Mario Bros: “Para jogar temos de conhecer a regra do jogo. Para jogar bem temos de ter habilidade e calma para jogar. Para ganhar o jogo temos de passar por todas as fases e se pularmos alguma delas não passamos para a outra fase e, assim, não conseguimos finalizar, nem ganhar o jogo. É assim que deve funcionar o FM, por fases planejadas”. Falou da definição de FM na ISO 41.011 e reforçou ser imprescindível normalizar as funções críticas para o FM. O Professor está liderando um grupo para normalizar o FM através da ABNT, com o apoio de conteúdo do IFMA.
Moacyr A. da Graça, Coordenador do MBA/USP – Gerenciamento de Facilidades.
Terceirização, agora é lei
José de Alencar abordou os aspectos de insegurança jurídica anteriores à promulgação da Lei n. 13.429/17. Lembrou das diversas discussões inócuas sobre a precarização de mão de obra, que atravancava a regularização da lei. Ponderou que um dos grandes questionamentos atuais é se é possível terceirizar a atividade-fim, que pode ser respondida de forma clara, por exemplo, com base no artigo 4º-A: “Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com sua execução” (alterado pela Lei n. 13.467/17, Reforma Trabalhista). Alencar apresentou sua definição, com base na lei que diz: A terceirização de serviços é uma estratégia de gestão administrativa adotada por qualquer empresa, e que consiste na transferência de uma determinada tarefa, seja ela acessória ou não, para um prestador de serviços especializado.
José de Alencar, Diretor Superintendente do SEAC-RJ, Diretor Executivo da AEPS-RJ
Reescrever a gestão
“Imaginem administrar 527 sites, sendo 405 deles alugados, em países diferentes, com legislação distintas, diferenças culturais, entre outras disparidades”, inicia Oldemar Bandeira. O palestrante passou uma visão geral do impacto de uma fusão da empresa que atua no segmento de óleo e gás e observou a importância da equipe de Corporate & Real Estate para o planejamento e integração das empresas e pessoas. O case da fusão da FMC Technologies x Technip, que agora é TechnipFMC, tem como premissas e estratégia global da governança: compliance; socialização; organização Lean, ou seja, pessoas certas no lugar certo, configurando uma questão de respeito; fazer a coisa certa da primeira vez, diminuindo assim o custo do retrabalho e a taxa de não conformidade/reconhecimento; processo, isto é, fazer questionamentos com relação a tudo; custo; e a reescrita da área, pois, com a fusão, a empresa pretende começar do zero e seus gestores terão oportunidade de escrever novas diretrizes. Disse que a maioria dos escopos de serviços não seguem as normas básicas do mercado brasileiro: “Está faltando expertise de alguns prestadores de serviços. As áreas comerciais precisam estar envolvidas com a operação. Sabemos que não há receitas de bolo, mas é possível fazer a coisa certa da primeira vez”, finaliza.
Oldemar Bandeira, Regional Facility Manager da TechnipFMC.
35% é a média de espaços desocupados
Tocando 127 projetos nas áreas de workplace da ABB, Teixeira mostrou pesquisa, em que se constatou que em torno de 35% dos espaços corporativos estão vazios ou temporariamente desocupados. “Quando pensamos em workplace, já partimos desta informação, o que consequentemente reduz o valor de projeto em pelo menos uns 40%”. Temos que observar pilares, como: visão dos líderes, análise de ocupação, oportunidades fiscais, oportunidades logísticas, eficiência de serviços (facilities), eficiência energética, tendência do negócio (crescer ou reduzir) e avaliação da satisfação. É preciso ter esta visão holística, pois todos esses pontos entram na conta quando você pensa na eficiência do layout”, enfatiza Alexandre Teixeira: “Precisamos estar embasados, pois o argumento técnico é muito difícil de derrubar.” Destacou, ainda, pontos do change management, que alia pessoas a processos e disse que é preciso entender a cultura local e global da empresa; criar senso de urgência para que o projeto não pare; desenvolver um plano de comunicação com a linguagem do negócio. “Um projeto não é fácil, ele é multidisciplinar e precisa integrar as áreas de RH, Business Communication, TI e Real Estate. Tudo tem valor e não é o espírito santo quem paga as contas”, sintetiza Teixeira.
Alexandre Teixeira, Global Head de Workplace e Corporate Real Estate na América do Sul da ABB.
Enfrentar a crise revendo contratos
O cenário político econômico brasileiro trouxe a necessidade de focar nas melhorias e na redução de custos na prestação de serviços e para a Shell, que além do Brasil também atua em 25 sites na América Latina, não foi diferente. Para tanto, a equipe de FM Shell teve de rever o escopo e passar um pente fino nos contratos, cujas características da data da contratação vão se perdendo ao longo do tempo. Os SLAs, que foram pactuados quando o barril de petróleo custava U$ 120 (2014) e não U$ 50 (atualmente) foram revistos, garantindo que não impactasse o HSE. “O valor que está sendo pago pelo serviço é o que o mercado pratica? Trabalhando com múltiplos fornecedores perdíamos também em escala, por isso, passamos a reduzir o número de empresas terceiras. Internalização de atividades e averiguar dentro dos contratos o que era subcontratações e que trazia bitributação”, elencou Ana Claudia Morrissy Machado. Outro ponto, segundo a gestora foi extrair informações do software de manutenção, onde conseguiram, por exemplo, 30% de redução de energia só com a melhor gestão dos equipamentos. Ações como engajar os stakeholders nas reuniões de liderança e fazer investimento em DI (Diversidade e Inclusão) foram outros pontos colocados por Machado.
Ana Claudia Morrissy Machado, Facilities Manager para todos os sites latino-americanos de Real Estate na Shell.
Tendências na administração condominial
Inicialmente Deborah O’Dena Mendonça falou da importância do trabalho da Abadi e sobre como as administradoras de condomínios, que administram expectativas de demandas e necessidades de cada público específico, os chamados stakeholders, estão se organizando para as novas tendências e necessidades da administração condominial, seja com tecnologia, processos, pessoas e finanças, dentro de um contexto sustentável. A pergunta era: como as administradoras estão diversificando seu portfólio? Segundo Mendonça: avançando na prestação de serviços e nas tecnologias, lembrando que a proposta de futuro deverá vir da convergência entre os avanços da gestão, da automação e da mobilidade, parceria colaborativa e adaptabilidade de serviços por meio do Design Thinking. A palestrante focou também na importância da formação, por meio do Núcleo de Formação e Excelência Imobiliária (Nufei) e da certificação periódica de serviços de administração condominial por meio do Procondo, programa da Abadi.
Deborah O’Dena Mendonça, Presidente da ABADI – Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis.
Facilities nos detalhes em prédio de 80 anos
Luis De Paoli falou sobre inovação a partir da conscientização do cliente sobre a importância de implantar novas ideias, já que o cliente – que ocupava um prédio de 80 anos – precisava apresentar-se de cara nova para o mercado, desafiando a administradora em oito objetivos: 1. Desenvolver um programa de necessidades com prazos e etapas; 2. Fortalecer a marca com sofisticação no atendimento; 3. Implantar um novo conceito hoteleiro e de gestão de facilities; 4. Implantar os processos operacionais de contratos e serviços. 5. Conectar princípios de sustentabilidade com uma ação social; 6. Apresentar projetos para redução de custos. 7. Aplicar ferramentas através de um software de gestão integrado; e 8. Atingir savings de no mínimo 20% do orçamento. Para alcançar o objetivo proposto pelo cliente foram utilizadas práticas modernas de gestão, supervisão de serviços via QrCode, vistorias de qualidade, elaboração de manuais com normas e procedimentos, manual de uso de uniformes, treinamento como uma cultura, disponibilidade de um portal de serviços e gestão dos espaços corporativos.
Luis De Paoli, Diretor da HFlex Empreendimentos com Serviços.
Multidisciplinaridade para ouvir e trazer resultados
“Para ser um profissional de FM que faça parte da estratégia do negócio, é importante que ele tenha uma relação multidisciplinar com outras áreas dentro de sua organização. Afinal, um facility manager não deve se preocupar apenas com a operação, ele precisa conhecer todas as atividades da organização”, inicia Diego Ribeiro França. Por isso, a preocupação da sua área de administração em entender as necessidades das outras áreas: comercial, marketing, TI, RH, entre outras. É interessante que a equipe de FM comece a trabalhar experencialmente em outras áreas para entendê-las e para poder entregar melhores serviços e conforto aos colaboradores. “Temos de crescer multiplicando e compartilhando conhecimentos e eliminando os egos dentro do ambiente de trabalho. França colocou cinco regras para melhorar o dia a dia: gestão de tempo, ou seja, definir prioridades; gestão do conhecimento, investir na capacitação das pessoas; gestão do resultado, definir metas, desafios e projetos; gestão de inovação, traçar caminhos para produtos diferenciados; e gestão de pessoas, cuidar para que a pessoa certa, esteja motivada no lugar certo.
Diego Ribeiro França, Facility Manager na MDS Global Insurance & Risk Consultants.
Depoimentos:
Tiago Araújo de Oliveira, da área de infraestrutura de prédios regionais da Petrobras Distribuidora
É a primeira vez que participo do Congresso INFRA e gostei muito da organização do evento, do contato com as outras empresas principalmente nos momentos de intervalo, e da troca de experiências com outros profissionais do setor.
Eu gostei de todas as palestras e acredito que é possível utilizar exemplos, conselhos e várias ideias que foram compartilhadas pelos palestrantes. Apesar de ser minha concorrente, a palestra da Ana Claudia Machado da Shell me chamou a atenção, pelos projetos aplicados por ela na área de facilities e que valeu muito a pena conhecer.
Às vezes, uma concorrente te dá uma boa ideia que, eventualmente, pode até ser melhor aplicado na sua empresa, fazendo mais ou menos sucesso e, dessa mesma forma, a minha área também pode trocar conhecimento com a outra empresa, e isso é muito legal. Aliás, momentos de crise servem para isso também: estimular a trocar de experiencias. Por isso, eventos como esse nos ajudam a encontrar novas ideias, sendo excelente participar.
Leandro Augusto Costa, Analista Administrativo de Infraestrutura da Atento
Eu fiquei sabendo do Congresso por intermédio da Atento e gostei muito de participar. Todas as palestras apresentadas foram importantes e tive a oportunidade de compartilhar conhecimento com as experiências de outros profissionais da área.
Acredito que é possível tirar proveito para a nossa realidade do conteúdo apresentado em todas as palestras. Um assunto muito discutido no evento, por exemplo, foi a redução de gastos. Sobre isso, é preciso buscar sempre por fornecedores que ofereçam uma melhor condição de preço, com qualidade de serviço dentro do padrão exigido pela empresa.
Sobre as visitas técnicas, observei que os edifícios têm uma infraestrutura muito boa e posso tirar proveito de tudo o que foi apresentado para a infraestrutura da empresa que atuo.
Bianca Magalhães, Analista de Serviços da Rede Globo
Todas as palestras apresentadas no Congresso INFRA foram muito boas, como a palestra do José de Alencar do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado do Rio de Janeiro (SEAC-RJ), por exemplo, sobre a nova Lei da Terceirização, que foi sem dúvida muito importante. Eu acredito que para manter a qualidade do serviço, é preciso motivar o terceirizado. E uma forma que encontramos para inserir esse profissional dentro das políticas da empresa foi através do processo de unificação.
Outra palestra que eu gostei bastante foi a da Ana Claudia Machado da Shell, que falou sobre o momento de crise enfrentado pela empresa. Nós da Rede Globo estamos passando por redução de custos, mas reconhecemos que é essencial mantermos a qualidade dos serviços prestados. Por isso, gostei bastante do tema abordado.
De modo geral, para não ficar para trás no mercado, a empresa tem buscado por inovações e por fornecedores que possam nos trazer novas tecnologias, oferecendo um processo de melhor qualidade.
Vinicius Machado, Arquiteto da Eletrobras
Essa é a segunda vez que participo do Congresso INFRA, pois acredito que é muito importante buscar conhecimento e se atualizar com o que está acontecendo no mercado para não ficar para trás. Eu tento sempre participar de eventos, conversar com pessoas de outras empresas e buscar informações que me tragam um leque de opções que eu possa selecionar e adaptar para a nossa realidade.
Uma empresa como a Eletrobras, às vezes, tem a tendência de ficar um pouco fechada, então é muito bom sair e ver o que está sendo feito no mercado.
Além do Congresso, gostei muito de participar das visitas técnicas, onde pude conhecer os prédios recém-inaugurados na região portuária, e ver toda a tecnologia aplicada. Com certeza, foi um ganho muito interessante para o evento.
Paulo Sergio, Coordenador de Manutenção do Grupo Fleury
Eu estou afrente de facilities somente há um ano, quando houve a fusão da área de manutenção com a área de facilities na empresa. Então, para o meu desenvolvimento profissional e para agregar valor junto à área, a empresa me indicou para participar do Congresso INFRA. Essa é a primeira vez que participo e gostei muito da interatividade com as outras empresas e do conhecimento que estou adquirindo com os palestrantes, que tem vasta experiencia na área.
Sobre a palestra do Alexandre Teixeira, da ABB, nós passamos por um cenário semelhante, pois há três anos a nossa sede era em Botafogo e nós trabalhávamos em salas. Hoje estamos no Corporate Nova América e adotamos a visão de ambiente de trabalho aberto, onde o diretor senta do lado de outro funcionário, e as áreas passaram a interagir mais. Então, como no case da ABB, hoje a nossa sinergia é muito maior e a reação dos colaboradores foi muito positiva com a mudança.
Camila Moura Rodrigues, Analista de Compras Pleno da L’Oréal Brasil
Fui convidada para participar do Congresso INFRA por um fornecedor da L’Oréal e estou bastante satisfeita e surpreendida positivamente com o evento. Para me atualizar, eu busco informações referente à área que atuo e procuro entender como o mercado vem trabalhando para conseguir trazer novas tecnologias, vantagem competitiva e diferenciais para a empresa.
Como sou da área de compras, nós mapeamos o mercado para trazer empresas com inovações. Por isso, entendendo que o escopo técnico de facilities aliado a uma boa negociação de compras, é capaz de conseguir uma boa redução de custos sem perder a qualidade do serviço. Sobre esse assunto, gostei bastante da palestra do Oldemar Bandeira sobre o mercado de óleo e gás. Ele explicou bastante sobre a área de facilities, como é feita a gestão de facilities services e de properties também.
Ovídio Maia, Diretor da Ovídio Maia Imóveis
O objetivo de participar do 11º INFRA RIO foi conhecer os prédios corporativos da região, os novos lançamentos, fazer networking e entender também como funciona o mercado de facilities. Eu atuo com locação e venda de imóveis, mas entendo que quem atua com serviço imobiliário tem que conhecer a gestão e a inteligência dos prédios, para que possa prestar um bom serviço ao seu potencial cliente.
Eu assino a newsletter da INFRA e já conhecia a revista há muito tempo. Então, quando fui convidado para participar do Congresso, logo me inscrevi e agora percebo que fiz uma grande escolha. Todas as palestras foram de alto nível e adorei participar. Tudo está sendo uma novidade, pois estou conhecendo a experiencia de profissionais que atuam no segmento e que compartilham o conhecimento daquilo que eles aplicam na prática com muita competência, e não apenas a teoria.
Carla Vaz, Gerente de Arquitetura do Shopping Leblon
Esta é a primeira vez que participo do Congresso INFRA, eu já tinha ouvido falar do evento, mas essa foi a primeira vez que tive a oportunidade de participar.
Para não ficar para trás no mercado em que atuo, tenho buscado me atualizar e executar o trabalho com excelência. Baseado nas experiências anteriores que tive em outras administradoras, procuro sempre os melhores parceiros e fornecedores para executar o trabalho no shopping.
A palestra sobre terceirização foi bastante esclarecedora, pois mostrou em até que ponto o empreendimento pode ser afetado com a nova lei. Hoje, a terceirização é fundamental para o shopping e eu não acredito que seja possível executar todo o trabalho de forma orgânica. Por isso, nós temos excelentes parceiros que são fundamentais para a realização do trabalho com qualidade.
Visita guiada
Torre Presidente JDK é LEED Gold
O evento INFRA-Rio 2017 começou com uma série de visitas técnicas a prédios notáveis da Cidade Maravilhosa. Na primeira delas, cerca de 50 profissionais de facilities tiveram a oportunidade de observar cada detalhe do edifício Torre Presidente JDK, concebido com base nos conceitos de certificação LEED Gold e administrado pela RV Gestão. A programação começou com um café da manhã no lobby principal do empreendimento, localizado na Avenida Presidente Vargas, a cerca de 500 metros do Boulevard Olímpico, o melhor ponto do Centro do Rio de Janeiro.
Na sequência da visita, os convidados foram divididos em grupos com pulseiras coloridas e levados pela equipe da RV Gestão até uma laje corporativa, no 6 andar do prédio. Neste local, observaram as prumadas / shafts de ar condicionado, elétrica e de telefonia em espaços de aproximadamente 700 m2.
Em outra etapa, os grupos foram direcionados à cobertura para verificação das torres, chillers, casa de máquinas dos elevadores além dos espaços individuais destinados às condensadoras de cada unidade. O prédio tem nove elevadores inteligentes, sendo três para a zona baixa, três para a zona alta, dois para área de estacionamento e um destinado às atividades de serviço.
A CAG é composta de quatro unidades refrigeradoras a água, cada uma com capacidade de 150 TRs. Essas unidades funcionam com quatro torres de resfriamento; cinco bombas de condensação (quatro principais e uma reserva); cinco bombas primárias (quatro principais e uma reserva) e duas bombas secundárias. Os grupos também puderam observar os quatro trocadores de calor com isolamento térmico que melhoram a renovação do ar reduzindo o consumo de energia.
Na etapa seguinte, os visitantes foram ao mezanino onde viram a sala de controle de automação predial (sistema predial BMS). Deste local é possível monitorar os sistemas de ar condicionado; observar o CFTV com as câmeras instaladas nas partes comuns (inclusive as câmeras que ficam dentro dos elevadores) além do sistema contra incêndios.
A visita técnica terminou no subsolo do edifício Torre Presidente. Lá, foram observadas as “eco-vagas”, destinadas a veículos de baixa emissão de poluentes. Essas vagas também possuem preparação especial para o abastecimento de veículos elétricos. Também está no subsolo do prédio a Estação de Tratamento de Água de Reúso (Etar). Esta estação capta água da chuva, dos lavatórios, chuveiros e drenos de ar condicionado. Após tratamento, a mesma água é reutilizada nos vasos sanitários e mictórios do prédio.
Edifício Novocais do Porto é certificado LEED Gold
O Edifício Novocais do Porto está inserido no Complexo Porto Atlântico, primeiro grande complexo multiuso da revitalizada região portuária do Rio de Janeiro. O empreendimento possui 11 andares comerciais com 13.321 m² de área locável e capacidade para até 1.500 pessoas. Além disso, existem seis lojas com 1.059 m², destinadas à alimentação, serviços e conveniência dos usuários do edifício. O empreendimento é um Triple A certificado LEED Gold pelo Green Build Council na categoria Core & Shell, implantando com as melhores tecnologias disponíveis para edificações comerciais, com um compromisso fundamental de otimizar a utilização dos recursos naturais e maximizando a experiência do usuário dentro de seus ambientes e do seu entorno.
E falando em entorno, desde o início da concepção do projeto foram avaliados diversos fatores através de um diagnóstico de sociólogos e antropólogos que serviu de base ao desenho da estratégia de relacionamento do empreendimento com o território. Foram três pilares de atuação: ativação, desenvolvimento e qualificação, mas nestes três pilares um assunto é transversal e vital, a conexão com o lugar, o antigo e o novo, o tradicional e o inovador.
“O empreendimento já possuía a pré-certificação LEED nível Silver, o que atestava os critérios de sustentabilidade aplicados na concepção do projeto, durante a construção e após a entrega. Agora, passados mais de dez meses de sua ocupação, o Novocais do Porto eleva-se à categoria Gold, após passar por uma análise criteriosa do Green Building Council (GBC)”, informa Cesar Durão, Diretor de Incorporação e Construção da OR no Rio de Janeiro.
De padrão Triple A, o projeto arquitetônico do Novocais do Porto tem as assinaturas da Raiar Engenharia e da Königsberger Vannucchi Arquitetura. A edificação possui lobby com pé-direito triplo, fachadas com vidros de alto desempenho termoacústico, ar condicionado central, pé-direito livre de 2,80 m (com previsão para piso elevado de 15 cm), elevadores com antecipação de chamada e regeneração de energia (sendo um pressurizado e integrado ao sistema de emergência), sistema de reaproveitamento de água, 100% das lâmpadas em LED, entre outros itens, características que lhe garantiram a conquista da certificação.
AQWA Corporate tem projeto do escritório Foster+Partners
A Tishman Speyer reforça a atuação no mercado do Rio de Janeiro com a entrega, em 19 de outubro de 2017, de mais um ícone imobiliário na região do Porto Maravilha, o AQWA Corporate, que conta com diferenciais que vão da localização privilegiada aos detalhes arquitetônicos e tecnológicos que tornam o edifício único.
O AQWA Corporate é o primeiro do Brasil a ser projetado pelo escritório Foster+Partners, do renomado arquiteto Norman Foster. O design arrojado, aliado ao paisagismo de autoria de Pamela Burton, incorpora o empreendimento à região do Porto Maravilha, um dos maiores projetos de revitalização urbana do mundo. O complexo fica em um terreno de 19 mil m2 entre as Avenidas Rodrigues Alves e Oscar Niemayer (Via Binário do Porto, 299), no coração da Zona Portuária, com acesso à rede de transportes (ônibus, metrô e VLT). Também está próximo das atrações turísticas e centros culturais, como a Orla Conde, a Praça Mauá, o Museu do Amanhã, o Museu de Arte do Rio (MAR) e o AquaRio.
Os diferenciais do edifício começam pelo térreo, constituído por uma ampla área cívica pensada para o convívio, composta por praça, galerias de lojas, um parque linear e 400 metros de ciclovia que se conectam ao Boulevard Olímpico. O controle de acesso ao complexo está instalado em um sky lobby, que fica em um nível elevado em relação ao térreo, funcionando como um mirante de toda a região, com vista privilegiada para a Baía da Guanabara.
O empreendimento conta com a pré-certificação LEED Gold de sustentabilidade. Seus 22 andares totalizam 136 mil m2 de área locável, com lajes corporativas de até 3,8 mil m2, que possibilitam a criação de layouts mais eficientes e otimizados, com densidade acima da média em relação aos edifícios tradicionais. Os andares contam com iluminação natural e ventilação adequada, proporcionando bem-estar, qualidade de vida e, conseqüentemente, mais produtividade às equipes. Todos os pavimentos ainda proporcionam uma vista única, de 360 graus, para toda a cidade e seu patrimônio natural e turístico, como a Ponte Rio-Niterói, o Pão de Açúcar e o Corcovado.
“Estamos entregando mais um importante projeto que contribui para o desenvolvimento do Porto e reforça a nossa visão de longo prazo em relação ao mercado do Rio de Janeiro. Com as obras de infraestrutura já entregues, esta é a região da cidade que atrairá as empresas que buscam trocar seus endereços atuais por espaços mais modernos e eficientes”, disse o Presidente da Tishman Speyer no Brasil, Daniel Cherman.
O desempenho ambiental do edifício visa ao conforto do usuário, aliado ao uso racional de recursos energéticos e hídricos. Um exemplo é o sistema de captação e reaproveitamento de 80% da água das chuvas e de condensação de ar condicionado, para irrigação dos jardins e banheiros, além de uma Estação de Tratamento de Esgoto. Os 18 elevadores sociais funcionam através do sistema de Antecipação de Destino de Chamadas (ADC), que permite a otimização de até 25% na performance.
O AQWA Corporate amplia a atuação da Tishman Speyer no mercado imobiliário do Rio de Janeiro, especialmente na região do Porto Maravilha, onde a empresa já havia inaugurado, o Port Corporate Tower. Os investimentos realizados na cidade ainda incluem o desenvolvimento do Ventura Corporate Towers, o retrofit do Edifício Galeria e o Edifício Virtus Corporate Offices, todos na região central.
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