Após dois meses de absorções líquidas negativas - em grande parte devido a saídas programadas, o mercado de escritórios de alto padrão de São Paulo teve a absorção líquida positiva de 8,4 mil m², relacionada principalmente à grande ocupação de 24 mil m² do edifício TEK Nações Unidas, por uma grande empresa do segmento da Saúde. Por conta disso, a taxa de vacância da cidade caiu em relação ao mês anterior, chegando a 19,5% (-0,2 p.p. MoM).
Os dados são do levantamento da Cushman & Wakefield, que também aponta a menor taxa de vacância desde 2014 da região da Marginal Pinheiros: 28,3% (-10,4 p.p. MoM). Por outro lado, a Berrini foi a região que apresentou o crescimento mais expressivo na vacância, fechando em 20.1% (+2,2 p.p. MoM). O movimento é justificado por saídas já programadas, o que deve ser compensado nos próximos meses com absorções positivas esperadas.
Os preços médios pedidos se mantiveram altos e acima da casa dos R$ 100, seguindo a tendência do mês passado, e chegaram a R$ 101,12/m². A região da Faria Lima ainda registra o maior preço da cidade, com a média de R$ 188,93/m². Não houve entrega de novos empreendimentos em agosto, porém é esperada a entrega de 24,4 mil m² até o final do ano, totalizando cerca de 130,6 mil m².
Rio de Janeiro registra desaceleração e expectativa é de melhora até o fim do ano por conta de novas ocupações
As principais regiões de negócio de classes A e A+ do Rio de Janeiro apresentaram uma desaceleração na movimentação de inquilinos no mês de agosto. O período atual mostrou uma absorção líquida negativa (-715 m²) devido à baixa atividade locatícia nos meses anteriores, além da saída de inquilinos na Zona Sul e Centro, aumentando marginalmente a taxa de vacância em 0,05 p.p. (MoM). Por outro lado, é esperada grandes ocupações nos próximos meses nas regiões do Porto Maravilha e Centro, o que trará um resultado positivo após alguns meses de incertezas devido a pandemia.
O preço médio pedido no Rio de Janeiro continuou na mesma tendência, e apresentou queda de 0,45% em relação ao mês anterior, principalmente devido diminuição no valor pedido em importantes edifícios na região central, chegando a R$ 93,22 o m²/mês.
Regiões de Embu, Barueri e Jundiaí registram as melhores absorções de agosto na indústria paulista
O segundo semestre de 2020 para o mercado logístico de São Paulo segue demonstrando que o setor reage positivamente a instabilidade que todo o país atravessa ao longo dos últimos meses. Em agosto, o Estado registrou a segunda maior entrega de novo estoque no ano, cerca de 125,3 mil m². Os novos empreendimentos estão localizados em Barueri e Jundiaí, regiões que junto com Embu registraram também as maiores absorções do mês, com 14,6 mil m², 13 mil m² e 13,2 mil m³ respectivamente.
Mesmo com uma absorção líquida total de 55,9 mil m², a taxa de vacância aumentou 0,5 p.p. se comparada ao mês anterior e atingiu 17,54% em agosto. O aumento da vacância influenciou na queda marginal do preço médio pedido, fechando o mês em R$ 18,62 mês/m², redução de 0,3% em relação a julho. As maiores quedas nos preços foram em Ribeirão Preto e Atibaia, com variações negativas de 5,7% e 4,7% (MoM), respectivamente.
Mercado industrial do Rio de Janeiro mantém estável a vacância
O mercado logístico de alto padrão do Rio de Janeiro sofreu uma desaceleração comparado aos meses anteriores. Depois de registrar absorções líquidas elevadas nos últimos 3 meses o estado obteve apenas 110 m² de absorção líquida em agosto. Apenas Duque de Caxias e Queimados/Seropédica registraram movimentações de inquilinos.
Desse modo, com uma absorção líquida baixa e sem novo estoque, a vacância continuou praticamente a mesma do mês passado em 20,20%. Entretanto, regiões como Queimados/Seropédica diminuiu sua vacância em 2,6 p.p. em relação a julho, pois houve uma ocupação recente de mais de 6 mil m². Por fim, o preço médio pedido obteve um ligeiro aumento de 0,1% em relação ao mês passado e fechou o mês de agosto em R$ 20,76 m²/mês.
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