O Grupo Facilities Hospitalar, braço brasileiro representando a International Facilities Management Association (IFMA), fez uma live na noite desta quarta-ferira (01/04), com 100 participantes via o aplicativo Zoom, para falar sobre como a Área de Apoio Assistencial tem trabalhado para minimizar os riscos do Covid-19.
Os painelistas foram: Tatiane Canero, Marcelo Boeger, Ana Paula Araújo e Lincoln Aragoni, todos participantes do Grupo Facilities Hospitalar. Entre os temas colocados na pauta, pontuamos alguns itens relevantes para compartilhar com outros profissionais do setor da saúde. São eles:
1) Com base nas curvas de crescimento do Covid-19, em nível mundial, alguns gestores montaram sua demanda de produtos e serviços necessários de acordo com o número de leitos disponível para atender estes pacientes. Portanto, planejar, planejar e planejar é essencial;
2) Toda a paramentação foi alterada e toda a comunicação para o treinamento de todos os profissionais envolvidos no atendimento e operação foram reorganizados. Um "adestramento" geral para preparar e conscientizar continuamente todas as esquipes no quesito segurança para não contaminação;
3) Separar os fluxos e organizar os acessos. Fluxo de controle de acesso para pacientes com Covid-19, de forma que o percurso seja o menos contaminante possível, incluindo também o fluxo do óbito. Alguns prestadores de serviços não entram no ambiente hospitalar e são criadas alternativas para a demanda de atendimento;
4) Outro ponto importante é fazer o mapeamento das áreas de maior toque para focar a limpeza e o procedimento mais seguro. Os prestadores de serviços de limpeza e manutenção, por exemplo, são uniformizados e protegidos conforme regras da OMS;
5) Sugestão para que haja uma operação de segurança que faça a triagem de acessos diferentes no hospital, para os atendimentos de Covid-19, Emergência, outros;
6) Cuidado com a parte emocional de todos os profissionais envolvidos que se preocupam em ser positivados e os cuidados com seus familiares. Há uma grande pressão para fazer responder a muitas incertezas da melhor maneira e com segurança. Entretanto é uma pandemia, não vivida recentemente. Para os funcionários positivados, alguns hospitais oferecem apoio psicossocial;
7) Intensivão de consciência, plantão a plantão, para todos os envolvidos nos cuidados com os pacientes. Parte deles instruídos ludicamente, a exemplo do pessoal da operação (limpeza e manutenção);
8) Rouparia, há um aumento de consumo, mas o sistema de lavagem é o padrão hospitalar;
9) Já os uniformes privativos tiveram problemas para aquisição e guarda. Têm aparecido sugestões comerciais de uniformes impermeáveis, mas precisam ser testados;
10) Outra dificuldade dos hospitais é que eles também têm em seu quadro profissionais na faixa de risco (profissionais com mais de 60 anos, com doenças pré-existentes). Com isso também tiveram uma baixa de colaboradores importantes;
11) Resíduos de Covid-19 são colocados em sacos leitos brancos com simbologia de infectantes, incluindo papéis sanitários;
12) As refeições são servidas em utensílios descartáveis e descartados após alimentação;
13) Os restaurantes privados dos hospitais foram fechados, conforme o decreto municipal;
14) Os restaurantes dos funcionários sofreram alteração de fluxo, layout e orientações para o não uso do celular nas ilhas de alimentação.
15) Para os hospitais que tenham redundâncias de áreas de tomografia e radiografia é indicado a segregação de uma das áreas para atendimento aos pacientes do Covid-19;
16) Atenção especial para acessórios e equipamentos nas áreas comuns para receberem desinfecção adequadas, como: cadeira de rodas, corrimões, dispensers;
17) Grande parte dos hospitais tem problemas com elevadores, reduzir fluxo, aumentar desinfecção e se tiver elevadores disponíveis, segregar um para Covid-19. Não esquecer de pensar a não utilização da posição de ascensorista;
18) As lavanderias hospitalares seguem o padrão legislativo para a desinfecção da rouparia, que é o mesmo para todos os tipos de rouparia hospitalar;
19) Quanto manter obras nos hospitais, depende da estratégia de cada gestor hospitalar em congelar ou postergar a obra, que também depende das demandas urgentes do hospital.
Quem tiver interesse em ingressar no grupo ou compartilhar experiências em FM Hospitalar em tempos de Covid-19, enviar mensagem para [email protected] ou no LinkedIn.