Notícia publicada em 11 de janeiro de 2019
Os últimos meses têm sido complicados para os brasileiros. Dados do IBGE apontam que existem 12,4 milhões de pessoas desempregados no País. Porém, as perspectivas são positivas: o mercado está otimista com a potencial retomada da economia, o desemprego vem apresentando queda e o CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), medido pelo Ministério do Trabalho, apontou a criação de 57.733 vagas formais em outubro, quarto mês seguido de saldo positivo.
Para quem está em busca de recolocação profissional, a jornada pode ser desafiadora e demorada. Depois de algum tempo procurando por uma vaga, o desespero começa a bater e já não se sabe mais o que fazer - ainda mais com um novo ano começando e a vontade de recomeço intensa no pensamento. Para ajudar quem está à procura de uma recolocação no mercado de trabalho, o gerente de carreiras da Randstad, Ricardo Fazanaro, elencou seis etapas essenciais. Confira:
1. Saiba quais são seus objetivos
Antes de começar qualquer busca por emprego, é necessário fazer uma lista de metas. Defina qual é o cargo que você deseja ocupar, o que quer fazer, onde pretende trabalhar e quando quer que isso aconteça, além dos possíveis caminhos para alcançar esse objetivo. Esta etapa será importante para entender se os prazos e caminhos são compatíveis, além de identificar os próximos passos a seguir.
2. Continue em movimento
Estar desempregado não é desculpa para ficar de preguiça dentro de casa. Tudo bem descansar por alguns dias logo após a demissão, mas não perca o timing. Se as entrevistas e processos seletivos estão em baixa, continuar estudando e se profissionalizando é a melhor coisa a fazer. Existem diversos cursos, até mesmo gratuitos, que permitem atualização e reciclagem do profissional. Ainda que os conhecimentos apresentados sejam superficiais, a agenda movimentada demonstrará ao recrutador que você é proativo e está aberto a mudanças.
Caso você tenha algum dinheiro guardado e queira aproveitar o momento livre, uma viagem de intercâmbio é excelente para conhecer novas culturas e praticar outros idiomas. Quando os recrutadores analisam o currículo, conta pontos ver que o profissional continua procurando caminhos e novos aprendizados!
3. Mantenha o currículo atualizado
Não se esqueça de adicionar ao currículo cada novo curso ou projeto realizado. É fundamental tê-lo atualizado para quando uma vaga surgir. Além disso, pode ser interessante ter mais de um currículo na mão, destacando habilidades essenciais para cada perfil de vaga que você gostaria de aplicar.
4. Não esqueça do bom e velho networking
Manter uma rede de contatos no mercado de trabalho é muito importante para qualquer profissional, mas principalmente para quem busca recolocação no mercado. O LinkedIn é uma ferramenta que deve ser muito usada nesse momento, pois é nesse ambiente virtual que você irá fortalecer seus contatos: adicione todos os colegas de faculdade, trabalho, professores e profissionais que você encontrou nos últimos anos, pois isso irá melhorar sua rede e visibilidade. Vale, também, marcar um café, almoço ou ir a eventos do setor para conversar, trocar cartões e circular entre executivos do mercado.
5. Busque vagas a todo momento
É bacana procurar por vagas pelo menos uma vez ao dia, especialmente na parte da manhã. Assim, quando surgir uma vaga nova, você pode ser um dos primeiros a se candidatar.
Não esqueça também de consultar canais de vagas especializados no setor que lhe interessa e, mais importante, não vá atrás de qualquer vaga: só aplique para aquelas que se encaixem no seu perfil. Apesar de ser tentador disparar o currículo para o maior número de oportunidades possível, você provavelmente será descartado se não cumprir os requisitos da posição, além do desespero pegar mal.
Nesse momento, vale também considerar vagas temporárias. Ainda que não sejam posições formais ou efetivas, elas ajudam a manter o profissional antenado e inserido no mercado, além de ter chance de efetivação após término do contrato.
6. Não se desespere!
Pode ser que a nova oportunidade demore um pouco para aparecer. Os meses de janeiro e fevereiro podem ser mais parados nas contratações, mas muitos processos seletivos começam nesse período. Se muito tempo se passar sem que você consiga um emprego, é momento de fazer uma autoanálise. Faça uma revisão de sua carreira, entenda se seu perfil é adequado às vagas para as quais se candidatou e se o seu setor não é muito específico. Pode ser uma boa buscar ajuda profissional com um coach ou consultoria especializada.
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