A central de serviços que defende quem faz o Brasil funcionar

A importância dos prestadores de serviços especializados que move o Brasil

Por Léa Lobo

A central de serviços que defende quem faz o Brasil funcionar

A Cebrasse, fundada em 2004 e transformada em central sindical patronal em 2007, atua como o pulmão institucional do setor de serviços, um segmento que responde por cerca de 72% do PIB brasileiro (Economia centrada em serviços lidera com folga quase dois terços do PIB, incluindo aqui o comércio) e gera a maioria dos empregos formais no país. Com sua representação ampliada para cerca de 85 entidades patronais — incluindo federações, sindicatos e associações —, e associando diretamente 380 empresas, a Cebrasse legitima-se como uma das vozes mais influentes em arenas como o legislativo, o judiciário e a mídia.

Por que a entidade é essencial para o mercado de serviços?

  1. Força política robusta: reúne 86 entidades que representam cerca de 1,4 milhão de empresas formais, impactando decisões sobre temas decisivos — da Reforma Tributária à Administrativa.
  2. Protagonismo jurídico: atua como amicus curiae (amigo da corte) em ações no STF em defesa da terceirização, licitações e regras do mercado.
  3. Inovação econômica e tecnológica: oferece soluções aos associados — como clube de benefícios, planos de saúde e estudos sobre emprego e produtividade.
  4. Espaço estratégico de diálogo: organiza fóruns, eventos sobre ESG, missões internacionais (como exemplo, aos EUA em 2025) e encontros com lideranças.

Da associação à atuação, um projeto em constante evolução
Em entrevista à InfraFM, Maurício Lazzeri Antunes de Moraes, gerente executivo da Cebrasse, contou como a entidade passou de um fórum de entidades sindicais para uma central com musculatura institucional e inteligência de mercado.

Hoje, são cerca de 380 empresas associadas, além das 86 entidades, com influência direta sobre mais de 10 milhões de CNPJs. “Nossa sustentabilidade vem do que entregamos. Temos ações coletivas com impacto tributário real, benefícios corporativos e até um web app com inteligência artificial em desenvolvimento para assembleias, pautas e dúvidas jurídicas em tempo real”, detalhou.

A Cebrasse também se destaca pela postura firme em relação aos temas nacionais. Participou da construção da Lei da Terceirização, da Reforma Trabalhista, da nova Lei de Licitações e hoje atua diretamente no Congresso com projetos próprios — como o PL que busca o reconhecimento da Cebrasse como central sindical patronal, apresentado no Senado pelo senador Laércio Oliveira.

E há um diferencial: não depende de verbas públicas. “A gente pode bater quando precisa. Não temos dependência de defesa com governo nenhum”, reforçou Maurício. Com isso, mantemos o que muitos perderam: autonomia para representar os interesses de quem empreende, emprega e entrega.


Da base para o plenário é quando a voz do setor sobe o tom
O compromisso da entidade com a defesa do setor se manifesta onde a transformação realmente acontece: no plenário do Congresso. Exemplo disso foi a participação de João Batista Diniz Júnior, presidente da Cebrasse, na audiência pública sobre a Reforma Administrativa, realizada em 17 de junho de 2025, na Câmara dos Deputados.

Na ocasião, Diniz defendeu a ampliação das parcerias público-privadas e da terceirização, inclusive em áreas sensíveis como saúde, educação e segurança. Para ele, o setor de serviços tem plenas condições de entregar resultados superiores ao Estado em muitas frentes operacionais.

“Privatizações e PPPs trazem resultados eficazes para a economia e para a gestão dos serviços públicos”, afirmou Diniz, com a convicção de quem representa empresas que sabem entregar — mas precisam de ambiente regulatório, previsibilidade e valorização técnica.


O que isso tem a ver com Facility Management? Tudo.
A fala de João Diniz tem eco direto entre os FMers: limpeza, manutenção, segurança, alimentação coletiva, controle de acesso, climatização — todos setores que compõem a espinha dorsal da operação de grandes empreendimentos.

A defesa pública de um modelo onde quem entende, executa, e o Estado regula, abre caminho para contratos mais robustos, profissionalização da cadeia e investimentos em inovação. “O problema não é a terceirização. É a má gestão pública”, cravou Diniz.

Claro, o discurso gerou reações. Representantes de servidores públicos acusaram risco de precarização e perda de controle social. Mas Diniz não recuou: “O setor privado, quando bem regulado, entrega resultados melhores. O que não dá mais é fingir que o Estado dá conta de tudo.”

Na prática, a participação da Central no debate mostra que o setor de serviços não está apenas sobrevivendo — está se organizando, pautando e exigindo seu espaço.

Por fim, enquanto muitos ainda discutem o se, a Cebrasse já discute o como. O setor de serviços não quer favores. Quer respeito institucional, estabilidade jurídica e acesso real aos espaços de decisão.

Porque, no fim das contas, o futuro da gestão pública pode estar nas mãos de quem, hoje, ainda entra pela porta dos fundos: os prestadores de serviços.

E se depender da diretoria da entidade, eles vão entrar pela porta da frente — e com crachá de protagonistas.


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