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Como acelerar sua evolução na carreira em Facilities?

Carreira sólida se constrói com métricas, propósito e parceiros que entregam resultado, do ESG ao dia a dia da operação

Por Redação

Foto: Divulgação


No encontro do Grupo GAS Facilities, a combinação das falas de Hugo Pereira, diretor São Paulo do Grupo Órion, e de Léa Lobo, diretora de conteúdo da InfraFM, produziu uma síntese prática sobre como avançar na carreira em Facilities enquanto elevamos a barra técnica das operações. Hugo partiu do chão de fábrica do ESG: medir emissões com base no GHG Protocol, entender os escopos 1, 2 e 3 e, principalmente, reduzir antes de neutralizar. Léa levou o tema para o coração das pessoas, para transformar a carreira num projeto com destino claro, prazos, indicadores e storytelling, porque sem narrativa de resultado, promoção vira loteria.

Do lado operacional, a evolução da área já não é opcional: disponibilidade continua sendo obrigação, mas agora caminha junto com custo, impacto local, bem-estar e impacto planetário. O que isso significa no cotidiano? Significa usar dados para tomar decisões melhores: telemetria para achar vazamentos, contagem de fluxo para programar limpeza por uso, monitoramento térmico em tempo real para atacar desvios antes que virem pane. Significa atacar a carga térmica com telhados de alta refletância, películas e sombreamento, trocar conforto por precisão em TI crítico, migrar para compressores inverter onde fizer sentido e revisar setpoints com lógica por horário e ocupação. Significa tratar água como ativo escasso: descargas a vácuo ou dual-flush, captação de chuva, hidrômetros com alerta, manutenção preventiva que vale mais do que um caminhão de corretivas. E, sim, significa pensar na experiência: banheiros inteligentes reduzem papel, resíduos e retrabalho é ESG que o usuário vê e a planilha aplaude.

A neutralização entra depois, com governança. Plantios estruturados, como os realizados em parceria com o IBDN no Parque Ecológico do Tietê, engajam times, criam lastro público e fecham o ciclo de emissões remanescentes. Créditos de carbono também têm lugar, desde que auditáveis e vinculados a uma estratégia de redução contínua. Moral da história: eficiência vira número, número vira economia, economia vira case e case, bem contado, vira carreira.

É aqui que a provocação de Léa ganha tração. A pergunta não é apenas “que curso eu faço?”, mas “que problema eu quero resolver e para quem?”. A resposta reposiciona tudo: as competências que você aprofunda, os fornecedores com quem escolhe aprender, os projetos que você prioriza e até os eventos que frequenta. O mapa de oportunidades é maior do que o território corporativo tradicional. Hospitalar exige tolerância zero a falhas e domínio regulatório; hotelaria recompensa obsessão por experiência e disponibilidade; logística e galpões pedem inteligência de energia, segurança perimetral e manutenção enxuta; indústria cobra padrão de classe mundial; arenas e entretenimento exigem versatilidade operacional; agronegócio é um universo onde infraestrutura crítica convive com desafios de acesso a fornecedores; até cemitérios-parque, com suas demandas discretas e sensíveis, pedem gestão profissional. Em todos, habilidades de FM, contratos, SLAs, CAPEX/OPEX, conforto, ESG, segurança, automação, valem ouro.

A tecnologia deixa de ser fetiche quando carrega KPI no bolso. IA, gêmeos digitais, BMS, sensores, analytics e manutenção preditiva só brilham quando turbina kWh/m², litros por uso, MTBF, tempo de resposta, satisfação do usuário, qualidade do ar. Quer fazer a curva mais rápido? Traga o fornecedor para a mesa cedo, formule perguntas de engenharia (“qual o ganho energético no meu perfil de carga, em que faixa de operação, com que manutenção e em quanto tempo o payback aparece?”) e exija medição antes/depois. Bons fornecedores são o seu “pit crew”: reduzem paradas, encurtam a curva de aprendizado e colocam você na volta dos líderes. Resultado técnico com lastro de produto e serviço de qualidade é currículo em alta velocidade.

Tudo isso conversa com a sua vitrine. Projetos excelentes que ninguém conhece não viram promoção. Publique números, conte o racional da solução, explicite o payback e os co-benefícios. Use linguagem clara, sem jargão inútil. Sim, ortografia importa, um e-mail ruim derruba credibilidade em segundos. E sim, a IA ajuda a escrever melhor, a analisar dados e a montar um deck que convence. Não é atalho: é multiplicador para quem domina o assunto.

Para quem quer começar já, o caminho é direto. Primeiro, faça um diagnóstico honesto das suas competências: liste os sistemas que domina e as lacunas que travam sua próxima função. Depois, escolha dois setores-alvo e estude o básico regulatório e as dores típicas de cada um; converse com pelo menos um fornecedor sênior e um gestor do setor por mês, com perguntas preparadas e ouvidos atentos. Em seguida, rode um micro-projeto com impacto mensurável, por exemplo, dimerização de iluminação por luz natural ou limpeza por demanda com contagem de fluxo, e publique o “antes/depois” com números e lições aprendidas. Por fim, empacote isso num case de seis slides, leve a eventos (não só os de FM; os do seu setor-alvo também) e peça críticas duras. Esse ciclo de aprender, aplicar, medir e comunicar, acelera mais do que qualquer certificado pendurado na parede.

Do ponto de vista institucional, o encontro do GAS Facilities entregou um consenso precioso: o futuro da nossa área é sistêmico, preventivo, mensurável e humano. A operação tem que funcionar, custar o que deve, fazer bem para quem usa e não piorar o planeta no processo. Carreira que prospera é a que se conecta a esse propósito e mostra, com fatos, como faz isso acontecer. Se você trouxer dados, alianças e história bem contada, o mercado não apenas vai notar, vai disputar você.

Na minha visão, escolher fornecedores de qualidade não é detalhe; é estratégia de carreira. É o pit stop que garante que você volte para a pista entregando mais conforto com menos energia, mais segurança com menos fricção, mais limpeza com menos químico, mais confiabilidade com menos parada. Dá trabalho? Dá. Mas é exatamente esse trabalho que separa quem “toca a operação” de quem lidera o próximo ciclo do Facility Management no Brasil. Escolha o cockpit. Defina o destino. Traga bons copilotos. E acelere.

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