Por Léa Lobo

De equipamentos que se autodiagnosticam a sistemas que entendem o uso dos espaços em tempo real, a inteligência artificial não é mais uma aposta futurista: é o presente — e já está transformando a gestão predial.
Você chega ao prédio e o portão já o reconhece por biometria. A iluminação ajusta-se ao fluxo de pessoas em cada andar. O sistema de ar-condicionado entende que hoje o clima está mais úmido, e regula automaticamente a ventilação para conforto térmico ideal. Parece cena de ficção científica? Pois saiba que essas são apenas algumas das aplicações reais da Inteligência Artificial no Facility Management — e elas estão acontecendo agora, em edifícios corporativos, hospitais, universidades e centros logísticos pelo Brasil e pelo mundo.
A era da IA chegou para tirar o FM da planilha e levá-lo à central de decisões estratégicas. Estamos falando de uma revolução silenciosa (mas profundamente impactante) que promete eficiência, sustentabilidade e inteligência operacional como nunca visto antes.
A aplicação da inteligência artificial começa com dados — muitos dados. E continua com a capacidade de interpretar esses dados de forma preditiva e autônoma. Abaixo, alguns exemplos práticos de onde a IA já está fazendo a diferença na rotina dos facilities:
Manutenção preditiva em sistemas de climatização
Sensores conectados a algoritmos identificam vibrações anômalas em motores, alertam para picos de consumo e indicam, com antecedência, quando determinada peça precisa de substituição. Resultado? Menos quebra, menos emergência e mais vida útil para os equipamentos.
A manutenção preditiva tem se consolidado como uma estratégia essencial para garantir a eficiência e a confiabilidade de sistemas de climatização. Utilizando sensores avançados e algoritmos de inteligência artificial, é possível identificar anomalias em componentes críticos, como motores e compressores, antes que ocorram falhas significativas.
Um estudo publicado no ESP International Journal of Advancements in Science & Technology detalha a implementação de técnicas de manutenção preditiva baseadas em IA em sistemas HVAC. A pesquisa destaca como sensores de vibração, integrados a modelos de aprendizado de máquina, foram capazes de detectar padrões anormais de operação, permitindo intervenções proativas. Os resultados indicaram uma redução significativa no tempo de inatividade dos sistemas e melhorias na eficiência energética.
Outro exemplo notável é a empresa canadense BrainBox AI, que desenvolveu uma plataforma baseada em IA para otimizar sistemas de climatização (HVAC) e reduzir o consumo energético.A solução da BrainBox AI utiliza algoritmos de aprendizado de máquina para analisar dados em tempo real de sensores instalados no edifício, como temperatura, umidade, ocupação e padrões de uso. Com essas informações, o sistema prevê as necessidades de climatização e ajusta automaticamente o funcionamento dos equipamentos para maximizar a eficiência energética.
Segundo a empresa, essa abordagem permite reduzir os custos de energia em até 25% e as emissões de gases de efeito estufa em até 40% . A empresa implementou sua tecnologia em mais de 14.000 edifícios em mais de 20 países, demonstrando a escalabilidade e eficácia da solução.
Enfim, a aplicação de IA na manutenção preditiva de sistemas de climatização representa um avanço significativo na gestão de instalações. Ao integrar sensores de vibração e algoritmos inteligentes, é possível não apenas antecipar falhas, mas também otimizar a operação e prolongar a vida útil dos equipamentos. Esse caso real demonstra o potencial da tecnologia para transformar práticas tradicionais de manutenção, alinhando-se às demandas de eficiência e sustentabilidade do setor.
Segurança com visão computacional
Câmeras com IA detectam movimentos atípicos, acesso indevido a áreas restritas e até quedas em ambientes monitorados. O alerta é instantâneo, e as ações de resposta ganham minutos preciosos — que podem salvar vidas.
A integração da inteligência artificial (IA) com sistemas de vigilância por vídeo tem transformado a segurança em diversos setores, permitindo a detecção proativa de incidentes e a resposta rápida a situações críticas.
No Reino Unido, lares de idosos como o KYN Bickley implementaram sistemas de monitoramento baseados em IA, como o Ally Cares, que utilizam sensores infravermelhos e acústicos para detectar quedas e comportamentos anômalos. Esses sistemas alertam os cuidadores em tempo real, permitindo intervenções rápidas e reduzindo significativamente o número de quedas e lesões graves.
Empresas como a Actuate AI desenvolveram soluções que transformam câmeras de segurança existentes em dispositivos inteligentes capazes de detectar acessos não autorizados a áreas restritas. Essas tecnologias analisam padrões de comportamento e identificam movimentos suspeitos, como loitering ou entradas fora do horário permitido, enviando alertas imediatos às equipes de segurança.
Instituições de ensino têm adotado sistemas de vigilância com IA para monitorar atividades em tempo real, detectando comportamentos anômalos, como aglomerações incomuns ou movimentos em áreas proibidas. Essas soluções contribuem para a segurança de alunos e funcionários, permitindo respostas rápidas a potenciais ameaças.
Na minha opinião, a aplicação da IA na segurança com visão computacional representa um avanço significativo na proteção de pessoas e ativos. Ao permitir a detecção precoce de incidentes e a resposta imediata, essas tecnologias não apenas aumentam a eficiência operacional, mas também salvam vidas. É essencial que os profissionais de Facility Management considerem a integração dessas soluções em suas estratégias de segurança.
Limpeza baseada em uso real dos ambientes
A integração da IA em serviços de limpeza está transformando a forma como ambientes corporativos e hospitalares mantêm a higiene e a eficiência operacional. Utilizando dados em tempo real sobre a ocupação e o uso dos espaços, sistemas inteligentes priorizam a higienização de áreas com maior circulação, otimizando recursos humanos e garantindo ambientes mais seguros.
Desde março de 2022, quatro hospitais do sistema New York City Health + Hospitals (NYCH+H) implementaram robôs autônomos de limpeza, como o modelo “Omega”. Esses robôs operam em áreas de alto tráfego, como saguões e corredores, utilizando menos produtos químicos e energia elétrica. Além de melhorar a percepção de limpeza pelos pacientes, os robôs contribuem para a sustentabilidade das instituições.
Empresas como a Kunber, Tennant Company e Kärcher possuem em seus portfólios robôs de limpeza equipados com IA que detectam automaticamente o tipo de superfície e ajustam o modo de limpeza conforme necessário. Esses robôs são capazes de navegar por múltiplos andares, operar elevadores e recarregar-se autonomamente, garantindo uma limpeza eficiente e contínua em ambientes corporativos.
Estudos de caso demonstram que a implementação de robôs de limpeza inteligente pode levar a reduções significativas nos custos operacionais. Por exemplo, um grande edifício de escritórios em Nova York observou uma redução de 30% nos custos de limpeza após a adoção desses robôs. Da mesma forma, um hospital em Singapura reduziu suas despesas de limpeza em 20% utilizando robôs para higienizar quartos de pacientes.
Otimização do uso de espaços
Softwares equipados com IA analisam dados de sensores de presença e ajudam a entender quais salas são subutilizadas, quais áreas precisam de redimensionamento e como reorganizar layouts para maior produtividade.
A gestão eficiente dos espaços corporativos tornou-se essencial, especialmente com a adoção do modelo de trabalho híbrido. Empresas como a Deskbee e a Neowrk têm se destacado ao oferecer soluções baseadas em IA que analisam o uso real dos ambientes, permitindo decisões estratégicas sobre a ocupação e o layout dos escritórios.
A Deskbee é uma plataforma que facilita a reserva de estações de trabalho e salas de reunião, oferecendo uma visão detalhada da ocupação dos espaços. Com dashboards e relatórios em tempo real, a ferramenta permite monitorar taxas de ocupação por prédio, andar e setor, identificando áreas subutilizadas e otimizando a alocação de recursos. Empresas como Raízen, XP Investimentos e Deloitte já utilizam a solução para aprimorar a gestão de seus ambientes de trabalho.
Já a Neowrk oferece uma plataforma completa que integra SaaS, Haas, IA e análise de dados para fornecer informações precisas sobre o uso e a ocupação dos espaços. Com o Neo.Office, é possível monitorar em tempo real fatores como conforto térmico, acústico, iluminação e qualidade do ar, além de analisar a ocupação efetiva dos ambientes. A solução já gerencia mais de 70 mil m², 46 mil mesas e 2 mil salas de reunião, impactando positivamente a experiência de mais de 200 mil colaboradores ao redor do mundo.
A aplicação da IA na gestão de espaços corporativos representa um avanço significativo na forma como as empresas utilizam seus ambientes de trabalho. Ferramentas como as oferecidas pela Deskbee e Neowrk não apenas promovem uma utilização mais eficiente dos espaços, mas também contribuem para o bem-estar dos colaboradores e para a sustentabilidade das operações. É essencial que os profissionais de Facility Management considerem a integração dessas soluções em suas estratégias para criar ambientes mais inteligentes e adaptáveis às novas demandas do mercado.
Controle de acesso preditivo
Sistemas que reconhecem padrões de entrada e saída podem prever fluxos e permitir ações como abertura automática de catracas nos horários de pico, envio de alertas em casos de comportamento suspeito
e integração com crachás digitais dinâmicos.
A gestão eficiente do acesso a edifícios corporativos e áreas restritas é essencial para garantir segurança e fluidez no ambiente de trabalho. Com a integração da inteligência artificial (IA), é possível antecipar padrões de entrada e saída, automatizar processos e responder rapidamente a comportamentos suspeitos.
Empresas especializadas em soluções de segurança têm desenvolvido sistemas que utilizam IA para analisar o fluxo de pessoas em tempo real. Esses sistemas aprendem os padrões de movimentação dos colaboradores, permitindo:
• Abertura Automática de Catracas nos Horários de Pico: Com base na análise dos horários de maior movimento, as catracas são programadas para operar de forma mais rápida ou permanecer abertas por períodos específicos, reduzindo filas e aglomerações.
• Envio de Alertas em Casos de Comportamento Suspeito: A IA identifica desvios nos padrões habituais de acesso, como tentativas de entrada em horários incomuns ou em áreas não autorizadas, gerando alertas imediatos para a equipe de segurança.
• Integração com Crachás Digitais Dinâmicos: Os crachás digitais são atualizados em tempo real, ajustando permissões de acesso conforme a necessidade, como mudanças de departamento ou projetos específicos, garantindo que cada colaborador tenha acesso apenas às áreas pertinentes.
Ao antecipar padrões e automatizar processos, as empresas não apenas fortalecem a segurança, mas também promovem um ambiente de trabalho mais fluido e adaptado às necessidades dos colaboradores.
Quando a gestão de refeições coletivas vira caso de inteligência
A inteligência artificial está invadindo a cozinha — e isso é excelente notícia para quem gerencia refeições coletivas em ambientes corporativos, hospitalares, logísticos ou industriais. Com ela, ganha-se precisão no planejamento, redução de desperdícios e um novo patamar de experiência para o colaborador.
Quem diria que um dos setores mais tradicionais da infraestrutura predial — o de alimentação — se tornaria um dos mais inteligentes? Pois é. A gestão de refeições coletivas está passando por uma verdadeira revolução silenciosa, impulsionada pela inteligência artificial (IA) e pelo uso de dados em tempo real.
O primeiro impacto da IA na cozinha é a previsão precisa de consumo. Com base em dados históricos, clima, calendário, escalas de trabalho e até eventos corporativos, sistemas inteligentes conseguem prever quantas refeições serão consumidas em um determinado dia — com margem de erro mínima.
Estudos como o do Arxiv.org mostram que algoritmos como LSTM (uma técnica de aprendizado profundo) vêm sendo utilizados para prever o número de refeições em estabelecimentos de grande porte, reduzindo desperdícios e otimizando compras e estoques.
Você sabia que existem lixeiras inteligentes que pesam, identificam e classificam os alimentos descartados? A startup Winnow, por exemplo, desenvolveu um sistema baseado em IA que usa câmeras e balanças conectadas para rastrear exatamente o que está sendo desperdiçado em cozinhas industriais. Com essas informações, chefs e gestores ajustam cardápios e quantidades, economizando até 20% no custo com alimentos.
Outro case impressionante é da Lumitics, que aplica sensores e visão computacional para analisar restos em tempo real em hotéis e aviões, otimizando a produção futura com base nos dados coletados.
Sistemas de IA também estão ajudando a criar cardápios mais eficientes — e inclusivos. Ao registrar preferências alimentares, restrições e padrões de consumo, as soluções inteligentes sugerem combinações mais assertivas, o que aumenta a satisfação dos usuários e reduz desperdícios.
Estudo da Food & Wine destaca como restaurantes e operadores de serviços de alimentação estão usando IA para ajustar não só os pratos, mas até a disposição dos itens no cardápio, com base no que realmente vende e agrada.
Na minha opinião, é hora de tirar o chapéu para o refeitório. A tecnologia chegou ali, e chegou bem. A inteligência artificial nas refeições coletivas não é só sobre comida — é sobre respeito ao tempo das pessoas, eficiência operacional e compromisso ambiental. No mundo ideal, ninguém deveria sair do prédio com fome — e nenhum quilo de alimento deveria sair da cozinha sem propósito.
Na minha visão, Facility Management de excelência começa no detalhe: uma refeição servida com inteligência, um estoque alinhado com a realidade e uma equipe que sabe, com dados, o que precisa ser feito amanhã. Isso é gestão estratégica no prato.
Se ainda parece exagero pensar em IA no restaurante corporativo, é bom lembrar: ela já está funcionando, aprendendo com cada refeição servida, analisando o que sobra, prevendo o que falta. E melhor: ajudando a servir mais com menos — e melhor.
Gestão de resíduos
A gestão de resíduos é um dos maiores desafios urbanos e ambientais do século XXI. Com o avanço da inteligência artificial (IA), surgem soluções inovadoras que transformam a maneira como lidamos com o lixo, promovendo eficiência, sustentabilidade e economia.
Sistemas de visão computacional, como o ConvoWaste, utilizam redes neurais profundas para identificar e classificar resíduos automaticamente. Com uma precisão de 98%, essa tecnologia separa materiais recicláveis de orgânicos, otimizando o processo de reciclagem e reduzindo a contaminação dos resíduos.
Empresas como a sul-coreana Ecube Labs desenvolveram lixeiras equipadas com sensores que monitoram o nível de preenchimento em tempo real. Esses dados são enviados para plataformas que otimizam as rotas de coleta, reduzindo custos operacionais em até 80% e diminuindo a emissão de gases poluentes.
A integração de modelos de machine learning com o Building Information Modeling (BIM) permite prever a quantidade de resíduos gerados em demolições. Um estudo recente utilizou o algoritmo XGBoost para estimar materiais recicláveis e de aterro, auxiliando no planejamento sustentável de obras.
A startup indiana Recykal criou um marketplace digital que conecta geradores de resíduos a recicladores, utilizando IA para rastrear e otimizar o fluxo de materiais. Desde sua fundação, a plataforma evitou que milhões de toneladas de resíduos chegassem aos aterros, promovendo a economia circular na Índia.
A empresa canadense Intuitive AI desenvolveu o Oscar, um assistente de reciclagem que utiliza IA para orientar os usuários sobre o descarte correto de resíduos. Instalado em locais como a sede da AT&T em Dallas, o sistema reduz erros de separação e aumenta as taxas de reciclagem.
Soluções como as da Winnow e Lumitics empregam IA para monitorar o desperdício de alimentos em cozinhas industriais. Câmeras e sensores identificam
os alimentos descartados, fornecendo dados que ajudam a reduzir o desperdício e os custos operacionais.
Ou seja, a incorporação da IA na gestão de resíduos não é apenas uma tendência, mas uma necessidade urgente. Ela oferece ferramentas poderosas para enfrentar os desafios ambientais, otimizar processos e promover a sustentabilidade. Como profissionais de Facility Management, devemos abraçar essas inovações para construir um futuro mais limpo e eficiente.
Sustentabilidade em movimento na gestão de frotas
A gestão de frotas é uma área estratégica que vem se beneficiando significativamente da inteligência artificial (IA). Com a integração de tecnologias avançadas, é possível otimizar operações, reduzir custos, aumentar a segurança e promover a sustentabilidade.
Empresas como Samsara e Geotab utilizam IA para analisar dados em tempo real, como tráfego, clima e padrões de entrega, otimizando rotas e reduzindo o consumo de combustível. Essas soluções permitem ajustes dinâmicos nas rotas, melhorando a eficiência operacional.
A Lytx oferece sistemas de vídeo telemática que, com IA, identificam comportamentos de risco, como uso de celular ao volante ou fadiga. Essas informações são utilizadas para treinamentos personalizados, promovendo uma condução mais segura.
A Amazon implementou inspeções veiculares automatizadas com IA, reduzindo o tempo de verificação de cinco para um minuto. O sistema identifica desgastes e danos, permitindo manutenções preventivas e evitando paradas inesperadas.
A Modular Mining Systems desenvolveu o DISPATCH, um sistema que utiliza IA para gerenciar frotas em minas, otimizando a alocação de caminhões e reduzindo o tempo de espera. Essa tecnologia
aumenta a produtividade e a segurança nas operações.
A Geotab lançou o Project G, um assistente virtual que, com IA, responde a perguntas sobre desempenho da frota, economia de combustível e uso de veículos, auxiliando gestores na tomada de decisões baseadas em dados.
A incorporação da IA na gestão de frotas não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para empresas que buscam eficiência, segurança e sustentabilidade. A tecnologia oferece ferramentas poderosas para enfrentar os desafios do setor, otimizando operações e promovendo uma gestão mais inteligente.
IA no transporte fretado de funcionários
O transporte fretado de funcionários é uma solução essencial para muitas empresas, especialmente em regiões com infraestrutura de transporte público limitada. Com a incorporação da inteligência artificial (IA), é possível otimizar rotas, melhorar a experiência dos colaboradores e reduzir custos operacionais.
Empresas como a alemã ioki, subsidiária da Deutsche Bahn, utilizam IA para criar sistemas de transporte sob demanda. Esses sistemas analisam dados em tempo real, como localização dos passageiros e condições de tráfego, para ajustar rotas e horários dinamicamente, garantindo maior eficiência e pontualidade.
A Via Transportation, com sede em Nova York, oferece soluções de microtransporte que utilizam IA para agrupar passageiros com destinos semelhantes, otimizando o uso dos veículos e reduzindo o tempo de viagem. Essa abordagem é especialmente útil para empresas que operam em áreas urbanas densas.
Sistemas equipados com IA podem monitorar o desempenho dos veículos em tempo real, identificando padrões que indicam a necessidade de manutenção preventiva. Isso reduz o risco de falhas inesperadas e aumenta a segurança dos passageiros.
Aplicativos integrados permitem que os funcionários reservem assentos, recebam notificações sobre o status do transporte e forneçam feedback sobre o serviço. Esses dados são analisados por sistemas de IA para melhorar continuamente a experiência do usuário.
A otimização de rotas e o agrupamento eficiente de passageiros contribuem para a redução do consumo de combustível e das emissões de gases poluentes. Além disso, algumas empresas estão integrando veículos elétricos em suas frotas, alinhando-se às metas de sustentabilidade corporativa.
A aplicação da inteligência artificial no transporte fretado de funcionários representa um avanço significativo na gestão de facilities. Ela proporciona uma operação mais eficiente, segura e alinhada com as expectativas modernas de mobilidade corporativa. Investir nessas tecnologias é investir no bem-estar dos colaboradores e na sustentabilidade da empresa.
Na minha opinião, o Facility Manager que ainda vê IA como luxo está, com todo respeito, atrasado na conversa. A inteligência artificial não é um robô que vai roubar seu emprego — ela é uma ferramenta para que você seja mais estratégico, assertivo e protagonista. Na minha visão, ela tira o FM do modo reativo e coloca no controle do jogo. Em vez de apagar incêndios (às vezes literalmente), passamos a antecipar riscos, otimizar recursos e entregar valor direto ao negócio.
É claro que a implementação exige adaptação: integração de sistemas, capacitação das equipes, nova cultura de dados e, principalmente, coragem de mudar. Mas quem mergulhar nesse processo com consistência vai colher os frutos. E rápido.
Rumo a um FM mais inteligente, humano e eficiente
Não se trata de substituir o olhar humano — mas de potencializá-lo com máquinas que pensam, aprendem e agem com base em dados concretos. A IA está nos ajudando a criar ambientes que cuidam das pessoas, que respondem ao contexto, que respeitam recursos naturais. E isso, meus amigos, é Facility Management no seu nível mais elevado.
Se o prédio já pensa, o que falta é o gestor pensar junto — e agir.